domingo, 31 de julho de 2011

FARSA,ENGODO,MENTIRAS E UM SINAL DE ALERTA.

postado: Arturius Maximus
BLOG visão panorâmica



Você é dos que acreditam na autossuficiência de petróleo?

Você é dos que acreditam que o etanol brasileiro vai mover o mundo?

Você é dos que acreditam numa economia forte em nosso país?

Você é dos que acreditam que a dívida externa foi paga?

Você é dos que acreditam que a inflação está caindo?

Se você respondeu “sim” a pelo menos uma dessas perguntas, caro leitor, saiba que você está se deixando influenciar pela propaganda político-partidária do governo e pela desinformação. Não acredita? Eu te mostro. Como sempre usando informações do próprio governo facilmente obtidas por qualquer cidadão.

Autossuficiência de petróleo:

O governo Lula foi o primeiro a apregoar o tão sonhado status de autossuficiente. Infelizmente, mesmo que em números isso seja uma realidade; é mais uma verdade usada para disfarçar mentiras e mascarar uma realidade que expõe a incompetência e da leviandade com as quais o governo Dilma (e antes, Lula) conduz o país.

Graças a completa ausência de investimentos e a política errônea de estatização aplicada a Petrobrás (em relação ao Pré-Sal); a empresa perdeu quase um quarto do seu valor de mercado e, mesmo diante de novas descobertas quase diárias; vê suas ações desvalorizadas e fuga de investidores. Tal fato obrigou o governo a vender ativos da empresa e praticamente abandonar as ações de ampliação da capacidade de refino.

Como resultado, hoje a Petrobrás tem (pela segunda vez) que importar gasolina em grandes volumes para atender a demanda interna.

Etanol movendo o mundo:

Da mesma forma que a gasolina, a falta de investimentos em infraestrutura e ampliação da capacidade de produção (e criação de estoques) fará com que o Brasil passe a importar etanol dos EUA para suprir a enorme carência que ameaça parar o país. Pois é. Lembra quando Lula corria o mundo oferecendo nosso etanol? Bons tempos de sonho aqueles…

Economia Forte:

Todo avanço econômico obtido pelo Brasil na “Era Lula” deveu-se exclusivamente ao crédito abundante e fácil, a um mercado interno carente de tudo e sedento por melhorar suas condições de vida que abraçou o crediário e incendiou o país movendo a máquina da economia a todo vapor. Contudo, a falta de reformas necessárias e urgentes, a ausência de investimentos em infraestrutura, o abandono à própria sorte de nosso parque industrial e a uma política irresponsável de gastos públicos; o país foi levado, no início do governo Dilma, a beira de um colapso econômico.

Hoje, a inadimplência aumenta; a capacidade de endividamento da população está perigosamente perto de se esgotar; nosso parque industrial vem sendo reduzido drasticamente e estamos cada vez mais dependentes do capital especulativo internacional.

Só para se ter uma ideia, hoje o Brasil não possui mais nenhuma fábrica de elevadores. Éramos exportadores e disputávamos “pau a pau” o mercado com grandes empresas internacionais. Depois da “Era Lula”; restaram apenas duas ou três indústrias (compradas por conglomerados estrangeiros) que foram reduzidas a montadoras e não produzem mais nada em nosso solo. Com a derrama de capital internacional, necessária para bancar as benesses assistencialistas, os gastos inexplicáveis com países estrangeiros, carga tributária extorsiva e a irresponsabilidade fiscal do governo; o câmbio é valorizado artificialmente e nosso pátio de empresas é sistematicamente destruído. Tornando o país um deserto industrial.

Vivemos meramente de nosso potencial de produção de commodities; ao menor sinal de turbulência nos preços internacionais o país corre o risco de mergulhar numa crise nunca antes vista “nessepaís”.




Dívida externa e interna:

Nossas dívidas não foram pagas e, muito pelo contrário, explodiram graças à necessidade do governo de bancar os programas sociais que só incham e não permitem que nenhum assistido deixe de integrá-los – sob pena de retornar imediatamente para a miséria – uma vez que as causas da pobreza não foram combatidas.

Da mesma forma, a necessidade de financiar benesses aos países vizinhos para assegurar o “beija-mão” de Lula, faz com que o governo despeje rios de dinheiro nesses países – a fundo perdido – sem nenhuma perspectiva de vantagem econômica ou social para nossos cidadãos.

Os altíssimos juros pagos pelo país, a necessidade de financiar e rolar essas dívidas nos transformaram em reféns do capital especulativo internacional e são uma ameaça constante de lançar o país numa crise como a experimentada ao final do governo FHC. Qualquer “interferência” no delicado equilíbrio entre gastos e arrecadação levará o Brasil para uma situação como a experimentada pela Grécia de forma rápida e devastadora.

Inflação caindo:

Você se lembra do discurso unânime e ensaiadinho do governo sobre a inflação? Até as eleições, no fim do governo Lula, a inflação era mínima e parecia que o país estava tranquilo. Bastou findarem as eleições e os números – miraculosamente – começaram a mudar “do nada”. Índices deflacionários ou ínfimos começaram a inchar e a crescer com uma velocidade nunca antes vista.

Claramente manipulados, devido o período eleitoral, os índices de inflação saltaram “de repente” para patamares que beiravam os 13% ao ano (IGP-DI em janeiro de 2011). A inflação voltou a atormentar os brasileiros e a rondar a cesta básica com a fome de sempre. Diante do precipício, o Governo Dilma anunciou que haveria “um pouco de inflação este ano”. Mas, no ano que vem (2012), tudo estaria de volta ao lugar.

Faltou Dilma explicar que o ataque inflacionário tinha a ver com o jeito desastroso com o qual o governo Lula geriu a economia e os gastos públicos em seus dois últimos anos; com a mais pura irresponsabilidade fiscal e com Lula gastando muito mais do que podia, visando assegurar a eleição de Dilma. Deixando as contas públicas em frangalhos e propiciando o surto inflacionário que quase abateu o país.

Mesmo que os aumentos nos supermercados, impostos e serviços públicos se mantenham muito acima da inflação; o governo Dilma voltou a apresentar índices decrescentes de inflação e afinou o discurso de um 2012 tranquilo e calmo.

Infelizmente, a realidade acertou em cheio a farsa do governo e mesmo com índices claramente manipulados e fantasiosos o governo foi obrigado a informar aos cidadãos que, em 2012, a inflação também será elevada e apenas em 2013 as coisas “voltarão ao normal”. Levando a deduzir que a coisa é muito pior do que parece.

Conclusão:

Como você pode perceber; todas essas informações são produzidas pelo próprio governo. No entanto, quer pela ausência de interesse da população, quer pela manipulação das massas ou mesmo por uma campanha de desinformação aplicada por alguns setores da mídia; os dados parecem ser colocados de forma a não permitir ao cidadão desatento formar uma opinião que não seja a de apoiar e aplaudir um governo que conduz o Brasil para o mesmo abismo que já visitamos no passado.

Preocupados em garantir sua perpetuação no poder e assegurar uma falsa imagem de bonança e prosperidade sem limites; o governo e seus apoiadores ignoram as reformas urgentes de que precisamos e recusam-se a combater o sucateamento e a destruição de nosso parque industrial; fazendo com que o Brasil, mesmo antes de beber na fonte do Pré-Sal, já sofra de graves sintomas da terrível “doença holandesa” (veja aqui. link abaixo).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_holandesa

Em menos de dez anos, deixamos de ser líderes (na América Latina e até no mundo) em diversos setores produtivos. Passamos de grande exportador de manufaturas a grande importador. De país do sonho do combustível verde para importador de etanol e gasolina. Abdicamos da autossuficiência de gás natural apenas para bancar o governo boliviano que, sem nossa contribuição, não conseguiria manter os “rega-bofes” que ainda sustentam Evo Morales no poder.

Mesmo com alguns avanços conquistados; é importante ressaltar que tudo pode ser perdido rapidamente se continuarmos sofrendo com o descaso administrativo, a manipulação de índices e a criminosa sanha de poder que coloca interesses partidários e particulares acima dos interesses da nação e de nosso povo.

Pense nisso.

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