Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Inconformado com a anulação de provas da Operação Boi Barrica, que investiga supostos crimes financeiros atribuídos ao empresário Fernando Sarney, o deputado e delegado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou requerimento na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado para que os ministros da 6 ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsáveis pela decisão, deem explicações em audiência pública no Congresso.
Também serão convidados a depor os delegados federais e membros do Ministério Público Federal que atuaram no caso e em outras três operações mutiladas por anulação de provas pelo mesmo tribunal. Acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, entre outros crimes, Fernando é filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele nega as acusações.
A sentença do STJ anulou os diálogos telefônicos interceptados na operação e o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectou movimentações financeiras atípicas do empresário em 2006, fazendo a investigação voltar à estaca zero.
A audiência pública, cuja data ainda será marcada, abordará também a anulação de provas das operações Dallas, que investigou fraudes no porto de Paranaguá - envolvendo um irmão do ex-governador Roberto Requião e Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, além da Castelo de Areia, que desmantelou um esquema de propina atribuído à construtora Camargo Corrêa. "Esses episódios estão mal explicado e precisam ser esclarecidos", disse Francischini. "A sociedade paga a polícia para investigar e a justiça para que não deixe criminosos impunes", observou.
A anulação das provas da Boi Barrica causou grande polêmica nos meios jurídicos porque tirou força de dois instrumentos importantes de investigação policial: as interceptações telefônicas e os relatórios do Coaf, instituição que controla as movimentações bancárias e financeiras e alerta às autoridades sempre que detecta operações atípicas com indícios de crime.
A decisão animou os advogados de outros réus famosos que aguardam julgamento na corte. Entre eles há altos dirigentes acusados de corrupção e desvio de dinheiro público, como os ex-governadores José Roberto Arruda (DF), preso na operação Caixa de Pandora e Pedro Paulo Dias (AP), apanhado pela Operação Mãos Limpas, além dos envolvidos na operação Voucher, que derrubou a cúpula do Ministério do Turismo.
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RELEMBRE: STJ anula provas da PF contra família Sarney
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,camara-quer-que-stj-explique-anulacao-de-provas-contra-filho-de-sarney,776664,0.htm
é que o sanery falou assim pro supremo , ou vc's regeitam tudo ou eu abro a boca , o pc farias eles mataram alias o partido matou , agora imagina se o sarney abre a boca , adeus supremo , senado e muitos orgão publicos de rabo preso com a corrupção
ResponderExcluirAFINAL OS INVESTIGADOS COMETERAM CRIMES OU NÃO? PORQUE TANTO INTERESSE EM SALVAR A PELE DOS MESMOS? ACORDE BRASIL! NÃO É PRIMEIRA VEZ QUE O STJ INVESTE CONTRA QUEM DE FATO CUMPRE A LEI.
ResponderExcluirSao decisoes como estas que leva o cidadao comum de bem que a justica ESTA MANIETADA para esses "monstros" que dilapidam o erario publico de todas as formas e, ao final, ficam impunes, com todo o patrimonio ilicito que tem, rindo da cara do ze povinho! Temos visto que o crime comum aumentou muito. Os bandidos comuns assaltam,matam, sequestram, estupram, etc e eles tambem sentem-se impunes, pois nao ha justica para punir com rigor essa bandidagem. Me pergunto: quem e quando chegara o dia que teremos um judiciario digno, sem ter rabos presos com politicos e compadres, para por fim a essa vergonha para o Brasil? Se aqui houvesse justica de verdade, a maior parte dos politicos e outros tubaroes corruptos que assaltam o pais por decadas, estariam presos e perdido todo o patrimonio ilicito. Mas estamos no Brasil... O MUNDO AGORA ESTA DE OLHO NO BRASIL. Senhores Juizes tenham vergonha na cara e punam esses criminosos...
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