sexta-feira, 30 de setembro de 2011

POLITICA DO BRASIL


A Justiça Eleitoral em Campos dos Goytacazes (RJ) condenou nesta quarta-feira a prefeita Rosângela Rosinha Garotinho e seu marido o deputado federal Anthony Garotinho por "abuso de poder econômico em razão de uso indevido de veículo de comunicação social". A sentença determina a cassação dos mandatos dos envolvidos e sua inelegibilidade por três anos, a contar da eleição de 2008. - por Amarildo

Política do Brasil como vou acreditar nesta política onde se auto protegem isto e o Brasil ..
política a arte de enganar e mentir para o seu eleitor..
voto facultativo já

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Desviou, ou roubou?

Fernando Bandeira - Engenheiro Químico e jornalista
fernandoluizbcosta@yahoo.com.br

A mídia, por precaução, usa alguns termos como: desviou, subtraiu, e por aí vai, para definir um ladrão de colarinho branco. Se algum político (tá na cara) subtraiu uma fortuna em verbas públicas, ele é simplesmente ladrão. Ou não? Alguém contesta? Mas, com um agravante: ele rouba do rico (às vezes conivente) e, principalmente do pobre, do assalariado; daquele que nem sabe que foi roubado.
Estamos vivendo um verdadeiro cinema western, também popularizado sob os termos “filmes de cowboys” ou “filmes de faroeste”. Alguém duvida? A diferença é que, naquela época não existiam computador, câmaras fotográficas escondidas, repórteres especializados etc.
Não me lembro de, em um só governo, em poucos meses (e enquanto escrevo), serem trocados tantos ministros por roubo; falei roubo, e não improbidade administrativa. O que acontece: o ministro demitido do Dnit - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot (por exemplo), nomeia sua diretoria porque sabe que ela será conivente com suas falcatruas - está feito o roubo; nós pagamos por isso, revoltados e inoperantes – por enquanto.
De certa maneira, a presidente, Dilma Rouseff, tem culpa no cartório. Quem mandou se submeter às indicações do PMDB? Apelo: nossa Presidente, nós brasileiros, estamos presenciando um dos maiores aconchavos políticos jamais visto nesse país. A mídia não só critica, mas também, mostra os caminhos da independência na arte de administrar. Que moral tem o PMDB para indicar ministros ou os garis para o Senado ou Câmara? Devo ressaltar que, em toda regra há exceção, ou seja, ainda há políticos honestos – apenas, gostaria que me apontassem para que eu pudesse ‘parabenizá-los’ por estarem apenas cumprindo com suas obrigações. Enfim, ser honesto não é uma virtude, mas sim, um dever, uma obrigação de todo ser humano. Virtude, é tirar do seu próprio bolso, para matar a fome de quem necessita e, não tirar dos nossos já minguados bolsos para encher os da própria família.
Será que eles, os políticos, pensam que todo brasileiro é analfabeto, alienado e corrupto? Não! Em absoluto. No Brasil existem homens e mulheres (a maioria), que se acordam às quatro horas da manhã para trabalhar e, ganham menos que um salário mínimo, mas não roubam. O mais importante: têm mais conhecimento e estudo do que alguns Deputados Federais que foram eleitos nas últimas eleições. Portanto, não nos subestimem - ou vocês se esqueceram do impeachment de Collor de Melo? Somos mansos, porém, não covardes.
Os Sites de relacionamentos estão agitados, o povo brasileiro está revoltado e indignado com vocês, xerox não autenticadas de políticos. Olhem a reação do povo contra a corrupção em alguns países árabes! Não subestimem o ser humano; paciência, como tudo na vida, tem limite.
Uma nação só prospera quando, seus mandatários são honestos, competentes e, se preocupam e agem para combater a ladroagem política e a fome que assola uma grande parte da população. O resto se resume em histórias de pescador que, são mais reais do que a fama de muitos políticos deste país, que posam de honestos, mas não passam são de verdadeiros bandidos (estou cansado de falar em exceções). Será que existem? Mostrem-nos! Apareçam e combatam a fome, as situações calamitosas da saúde, da educação e da segurança pública.
Espero que, algum dia, nossos filhos, netos… e, por aí vai, possam dizer: amo o meu País: Brasil, pátria amada! Sem palhaços e sem jogadores de futebol, todos eles (maioria), despreparados para exercerem uma função tão nobre - zelar pelo povo brasileiro. Agora, lançar candidato porque é admirado em sua profissão de origem e, totalmente despreparado para exercer cargos públicos de alta relevância, não tem perdão. Deixem que eles façam aquilo que realmente sabem fazer: palhaçada, jogar futebol e lutar boxe.

Bandeira Costa

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ficou mais difícil combater a corrupção oficial’

Amaury Portugal, presidente do sindicato dos delegados federais em São Paulo: ‘Ficou mais difícil combater a corrupção oficial’

Aiuri Rebello
Fernanda Nascimento

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado de São Paulo desde 2005, Amaury Portugal, 60 anos, ingressou na instituição aos 20. Nunca mais se afastou: depois da aposentadoria em 1998, continuou a defender a lei e a PF como dirigente sindical.

Nos últimos tempos, amparado na ampla experiência acumulada na investigação de crimes contra o patrimônio público, tem criticado reiteradamente a impunidade dos corruptos oficiais.

Nesta semana, Portugal não escondeu a frustração provocada pela decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça que praticamente engavetou as descobertas feitas pela PF durante a Operação Boi Barrica, algumas das quais transformam em candidatos a pesadas punições os integrantes e amigos da família Sarney.

Na entrevista, o delegado trata das dificuldades que impedem o combate a quadrilhas engravatadas, comenta o uso de algemas e aponta os problemas enfrentados pela instituição. Mas avisa que a batalha pela moralização dos costumes não será paralisada.

O senhor achou estranha a decisão do Superior Tribunal de Justiça sobre a Operação Boi Barrica?

Costumamos dizer na Polícia Federal que colarinho branco e gravata não combinam com algemas nem com barras de prisão.

Quem analisar acontecimentos recentes envolvendo o crime organizado, banqueiros e políticos poderosos verificará que ninguém continua preso. Foram presos em certo momento, mas já não estão. Se considerarmos as provas que a Polícia Federal colocou dentro do inquérito, a decisão do tribunal não se justifica. Mas é preciso ressalvar que o magistrado não anulou as provas. Disse que a fundamentação das autorizações para a quebra de sigilo não são suficientes. Neste caso, anula-se o processo, mas as provas não desaparecem. Serão analisadas novamente na primeira instância. Começa tudo de novo na Justiça.

Como fica a Polícia Federal nessa história?

Vai continuar agindo. Se houver necessidade de colher mais provas, investigará mais. O inquérito foi feito da melhor forma possível. No caso da Operação Boi Barrica, há uma família poderosa e influente. A Polícia Federal não errou, tudo foi feito corretamente. O que acontece é que estamos no país da impunidade. Aquele processo, para chegar ao ponto a que chegou, levou dois, três, quatro anos.

Quando derruba um processo desses, o que acontece?

Começa tudo outra vez. Os envolvidos ganham tempo. Os acusados são beneficiados pelos prazos de prescrição. Dificilmente veremos um desses indivíduos atrás das grades. Essa é uma das fórmulas que levam à impunidade.

Há muita frustração entre os policiais?

É grande o desânimo na corporação.

Nos crimes de desvio de dinheiro público, a maioria dos impunes é favorecida pela prescrição. O país vive um momento muito difícil na questão da moralidade, porque os casos de corrupção não são punidos. Refiro-me à corrupção no poder publico, em ministérios. É um absurdo o que fazem os corruptos. E ainda há quem reclame da colocação de algemas nos bandidos. A gente vê cada coisa …

Desvio de merenda escolar, por exemplo. Roubam de crianças, de doentes hospitalizados. Um sujeito que faz essas coisas… A gente fica muito triste com essa situação. É revoltante.

A corrupção tem crescido muito?

É preciso ressalvar que a corrupção sempre existiu. Ocorre que hoje o crime é mais organizado. Existem quadrilhas agindo em ministérios. Um exemplo é o Ministério dos Transportes.

O prejuízo do estado foi, só ali, de 700 milhões de reais. Daria para reestruturar totalmente a Polícia Federal, que necessita com urgência de mais verbas, mais pessoal e equipamentos modernos. O combate ao crime organizado seria muito eficaz.

Hoje é preciso tomar muito cuidado para investigar. Não se pode tomar certas medidas que seriam normais numa investigação. Não se pode, por exemplo, esbarrar em quem tem força política, em gente com muito poder.

Convém investigar pelas beiradas, até o momento de fechar o cerco. Ficou muito mais difícil investigar a corrupção oficial. Como são pessoas com dinheiro, posses e influência politica, elas se blindam. E também existe a interferência de alguns poderes da República.

O caso da Boi Barrica é uma demonstração dessa força a que me referi. É grande a ingerência nos tribunais.

O que o senhor acha da controvérsia sobre uso de algemas?

Esse problema começou faz muito tempo, com um ministro do Supremo Tribunal Federal que se queixou do uso de algemas na prisão do ex-prefeito Celso Pitta.

Também houve queixas quando o empresário Daniel Dantas foi algemado.

Quer dizer, são senhores acima de qualquer suspeita, intocáveis. O coitado do cidadão comum pode ser algemado sem que ninguém proteste. Mas o mafioso, o banqueiro, o político, esses não podem ser tocados.

Isso dificulta muito a atuação do policial, que pode ser acusado de coagir o preso, de recorrer à violência. Querem criar uma conotação, que nunca existiu, entre algema e violência. Algema-se o preso porque a lei determina que se faça isso.

Quando um policial dá voz de prisão a alguém, o Estado passa a ser responsável pela integridade daquele indivíduo. Esse detalhe sempre é esquecido. É necessário usar algemas em nome da segurança do preso, de quem prende e de terceiros.

A relação entre a Polícia Federal e a Justiça é conflituosa?

Não, de forma nenhuma. Além das decisões que vêm dos tribunais superiores de Brasília, temos os tribunais intermediários, os regionais. A convivência é muito boa e muito saudável com os juízes federais de primeira instância. Essa ligação é menos forte com Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça. Acho que a Justiça precisa ser reformulada.

A Polícia Federal tem autonomia?

Temos autonomia na investigação e na coleta de provas. Ninguém é doido de dizer a um policial que não investigue fulano, ou que faça alguma coisa com determinada prova. Houve uma evolução institucional na Polícia Federal, muito mais em consequência da própria formação dos delegados do que do sistema. Posso garantir que quem tentar envolver um delegado federal em alguma irregularidade, ou forçá-lo a atender a algum pedido inconveniente, estará perdido. Mas existem outras formas de pressão.

Os tribunais superiores comprometem o trabalho da policia?

Sem dúvida. Volto ao caso da Operação Boi Barrica: a decisão do Superior Tribunal de Justiça foi um absurdo, pelo amor de Deus! É isso que gera a impunidade. O Brasil é o pais da impunidade.

Ministros de tribunais superiores também são influenciados por interesses pessoais e pressões políticas?

Não sei. Mas que estão julgando mal, estão. Não sei se os ministros atendem a interesses espúrios, não posso fazer tal afirmação. Mas que estão julgando mal, isso estão.

Rubens Lima
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3240882

domingo, 25 de setembro de 2011

COMO VAI A SUA SEGURANÇA PÚBLICA?

charge ilustartiva da internt

Fabio Leandro in Estudo - L'espion, 07/09/2011

A Segurança Pública no Brasil está ultrapassada. Para quem não sabe o atual Sistema remonta das décadas de 30 e 40, portanto: arcaico e ineficiente.

Antes da Constituição Federal de 1988 não existia um Sistema de Segurança Pública. As Constituições anteriores tratavam o tema “Segurança” sob o prisma de proteção do Estado, jamais do cidadão. Neste enfoque, as Polícias Militares eram uma força reserva das Forças Armadas, sendo fiscalizadas e reguladas pelo Exército Brasileiro.

E como é hoje?

Você não sabe?

Nada mudou.

O constituinte de 1988 não se atreveu a mexer na Segurança Pública!

A Constituição Federal de 88 possui 250 artigos, e apenas um é sobre a Segurança Pública. Na prática, o constituinte de 88 apenas formalizou o velho sistema, e hoje, as forças policiais, em especial a Polícia Militar, possuem ainda o foco na proteção do Estado e não do cidadão.

A nossa Polícia Militar por exemplo, possui servidores nos mais diversos órgãos do Governo, há policiais militares na Secretaria da Educação; em Departamentos Municipais; na Secretaria da Fazenda; na Assembléia Legislativa; a segurança privada ou particular dos governadores sempre foi exercida por policiais militares e não por agentes de segurança concursados e especializados. Há ainda policiais militares no Tribunal de Justiça; no DETRAN; na EPTC; em outras localidades da Federação como Brasília; São Paulo e Rio de Janeiro; e pasmem: no Departamento de Limpeza Urbana (lixo).

Qual a razão? A ciência política dirá que a razão é justamente o reflexo de um Sistema ultrapassado que visa a proteção do Estado em detrimento da proteção do cidadão, eu digo que não, pois graças a este Sistema ultrapassado e anti-democrático; as forças policiais se desvirtuaram para o campo da “politicagem”.

Lembrando que no Brasil não existe “Política”, mas “politicagem”, que é o uso da Política para prover interesses pessoais.

Neste passo, as polícias se contaminaram. Não existe democracia dentro das Polícias, logo, jamais um policial poderá tratar com respeito ou dignidade um cidadão. É impossível dispensar à alguém algo que você não conhece. E dentro das Corporações, seja Brigada Militar, Polícia Civil ou SUSEPE, os agentes de Segurança Pública trabalham num ambiente que não gostam; em que não há respeito (salvo exceções), ou dignidade.

Não estou falando aqui de respeito e dignidade à pessoa, ou ao profissional, mas ao trabalho deste servidor. Muitos agentes de Segurança Pública realizam tarefas durante anos, sabem o que fazem e como fazer, mas são ignorados por serem subalternos.

São ridicularizados, e sistematicamente forçados a fazer o contrário porque um superior que chegou ali ontem simplesmente quer mudar.

E porque isto ocorre?

É um efeito cascata originado das tais “indicações políticas”. Muda o Governo, muda a Chefia de Polícia; muda os chefes de departamentos e com eles uma “chuva de idéias” para mudar o mundo!

Novas posturas, novos programas que mais atrapalham o serviço diário do que trazem de fato soluções, e em menos de um ano, invariavelmente, tudo volta a ser como era, no que concluímos que hoje, a principal característica de um agente de Segurança Pública é ser paciencioso.

Esta indicação; esta nomeação de Comandantes-Gerais e dos Chefes de Polícia por ato do Governo Estadual corrói a cada ano este Sistema, na medida em que, o nomeado não tem comprometimento com a sua Instituição, muito menos com a população, devendo explicações e satisfações unicamente ao
Partido Político que o colocou ali. Ou seja, ele serve à apenasuma parte da sociedade (Partido), e tão somente.

Neste quadro, ou neste cenário, ser, ou pertencer, ou dominar a cúpula da Segurança Pública tornou-se um jogo de interesses políticos pessoais em que não se observa jamais a capacidade técnica, a postura pessoal, a firmeza de caráter, e o equilíbrio emocional.
O que vale é agradar o Partido, fazer coisas para o Partido e torcer que ele fique no Poder.

Um exemplo bem prático que temos aqui no Rio Grande do Sul é a nomeação de coronéis para exercerem o Comando-Geral da Brigada Militar sem o mínimo de condições técnicas.
Já tivemos Comandantes-Gerais que choravam no gabinete; que gritavam; que achavam que estavam sendo seguidos; que mandaram abrir as paredes do prédio em busca de escutas inexistentes; que não sabiam o que era um pen drive; que não sabiam operar um e-mail; que davam chutes em portas; que precisam ser olhados e admirados uma vez por mês por seus oficiais; e a Segurança? E ações de Segurança Pública?

Nada.

É por isso que você cidadão, é insistentemente vitimado por roubos, furtos, homicídios, tráfico de drogas. Por que a sua Segurança Pública é gerenciada por pessoas assim.

Como vai a sua Segurança Pública?

MATÉRIA INDICADA PELO CEL MACEDO.
copiado do blog da insegurança
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=2023661727026495612

sábado, 24 de setembro de 2011

Trabalhador demitido por beber cerveja da concorrência soube da indenização por site de notícia

Foto ilustrativa da Internet

Moisés Barcelos Cordeiro vai ganhar R$13 mil de empresa da Grande Florianópolis

Um ex-promotor de vendas da Vonpar, na Grande Florianópolis, distribuidora das cervejas Kaiser e Sol, soube nesta sexta-feira que tem direito a indenização de R$ 13 mil pelo site do clicRBS. Moisés Barcelos Cordeiro, 26 anos, foi demitido há três anos quando sua chefe o viu bebendo cerveja da marca Skol fora do expediente.

A decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial. O ex-empregado conta que ele estava em um bar aguardando com colegas de trabalho para ir a uma convenção da empresa em Porto Alegre. Segundo ele, as cervejas distribuídas pela empresa acabaram e ele começaram a beber Skol. Para disfarçar, chegou a colocar a lata dentro do isopor de marca da empresa, mas foi visto pela supervisora.

Entre o flagra e a demissão se passaram menos de duas semanas. Outros três funcionários teriam sido demitidos após testemunharem a favor de Moisés. A empresa negou que aquele tenha sido o motivo da demissão e justifica que o promotor se dirigiu aos supervisores de forma agressiva e desrespeitosa.


DIÁRIO CATARINENSE
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18§ion=Geral&newsID=a3500390.xml

Câmara quer que STJ explique anulação de provas contra filho de Sarney

Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Inconformado com a anulação de provas da Operação Boi Barrica, que investiga supostos crimes financeiros atribuídos ao empresário Fernando Sarney, o deputado e delegado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou requerimento na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado para que os ministros da 6 ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsáveis pela decisão, deem explicações em audiência pública no Congresso.

Também serão convidados a depor os delegados federais e membros do Ministério Público Federal que atuaram no caso e em outras três operações mutiladas por anulação de provas pelo mesmo tribunal. Acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, entre outros crimes, Fernando é filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele nega as acusações.

A sentença do STJ anulou os diálogos telefônicos interceptados na operação e o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectou movimentações financeiras atípicas do empresário em 2006, fazendo a investigação voltar à estaca zero.

A audiência pública, cuja data ainda será marcada, abordará também a anulação de provas das operações Dallas, que investigou fraudes no porto de Paranaguá - envolvendo um irmão do ex-governador Roberto Requião e Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, além da Castelo de Areia, que desmantelou um esquema de propina atribuído à construtora Camargo Corrêa. "Esses episódios estão mal explicado e precisam ser esclarecidos", disse Francischini. "A sociedade paga a polícia para investigar e a justiça para que não deixe criminosos impunes", observou.

A anulação das provas da Boi Barrica causou grande polêmica nos meios jurídicos porque tirou força de dois instrumentos importantes de investigação policial: as interceptações telefônicas e os relatórios do Coaf, instituição que controla as movimentações bancárias e financeiras e alerta às autoridades sempre que detecta operações atípicas com indícios de crime.

A decisão animou os advogados de outros réus famosos que aguardam julgamento na corte. Entre eles há altos dirigentes acusados de corrupção e desvio de dinheiro público, como os ex-governadores José Roberto Arruda (DF), preso na operação Caixa de Pandora e Pedro Paulo Dias (AP), apanhado pela Operação Mãos Limpas, além dos envolvidos na operação Voucher, que derrubou a cúpula do Ministério do Turismo.

Veja também:
Processo que anulou provas da PF correu em tempo recorde
STJ desprezou parecer do MP e decisões de outros tribunais
ÁUDIO: Ministra do CNJ afirma que desconhece o processo
'A Polícia Federal agiu absolutamente dentro da lei', diz ministro
RELEMBRE: STJ anula provas da PF contra família Sarney

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,camara-quer-que-stj-explique-anulacao-de-provas-contra-filho-de-sarney,776664,0.htm

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

DISTORÇÕES DAS LEIS DO HOMEM


Na maioria das vezes as leis promulgadas pelo homem são distorcidas mesmo antes das suas criações e edições, visto que os legisladores procuram sempre deixar uma ponta sem nó, a fim de que as mesmas não possam os alcança-los no futuro quando aprontam e se complicam criminalmente.
Existem milhares delas em vigor, que nem os governantes e autoridades cumprem.
Apenas para ratificar as minhas afirmações e melhor elucidar este texto, estou citando abaixo algumas dessas leis. Obs.: Embora saiba não mencionarei os artigos dos diplomas legais, posto que ache desnecessário.
O congresso nacional votou com galhardia e efusão a legislação que permite os silvícolas e os menores de idade [dezesseis anos] possam ir às urnas, votar e decidir pela vida da nossa nação.
No entanto,
Perante a lei os índios (silvícolas) são considerados inimputáveis civil e criminalmente, por não terem discernimento das coisas. Segundo a legislação não sabem ou não tem conhecimento do que fazem. Claro que a linguagem jurídica é outra e aqui eu quis ser o mais primário e concreto possível.
Igualmente os menores de dezoito anos, acima de dezesseis foram contemplados com o direito de votar.
Numa cidade onde a população de adolescente nessa faixa de idade for maior do que a dos demais, eles decidem qual o prefeito, o vereador [legislador municipal], o governador, os deputados estaduais [legisladores estaduais], o presidente da república, os deputados federais, os senadores [legisladores da república federativa do Brasil] vão ocupar os seus cargos após a próxima eleição.
Mas para responder por seus crimes hediondos, assaltos à mão armada, estupros, etc. esses mesmos adolescentes menores de idade são consideradas incapazes e também inimputáveis,
Não podem tirar suas carteiras de habilitação, mas podem fazer protestos e algazarras por todo quanto é canto, em nome da democracia, sem serem alcançados pela justiça.
Se você é devedor ao município, ao estado ou ao País, esses credores lhe cobram veementemente, usando toda máquina e infra-estrutura governamental, inclusive cobrando os juros mais do que injustos, multas e correções monetárias de todas as formas possíveis e imaginárias. Hipótese: Se a sua divida era de quinhentos reais e demorou três anos, você vai pagar mais ou menos entre hum mil e quinhentos a dois mil reais.
Mas se o credor for você meu amigo, aí está lascado. Esses mesmos governos protelam tudo o que for possível para não pagar. Em última instância colocam o teu crédito na fila dos precatórios e fazem demorar uns vinte anos; deixam as dívidas para o próximo governo e ainda assim só pagam o principal sem qualquer correção. Falo isso com conhecimento de causa, pois na minha área profissional de cartorário [escrevente de tabelião e de registro de imóveis] e consultor jurídico para assuntos imobiliários, já trabalhei em diversos casos idênticos.
Eu disse que trabalhei em casos idênticos. Porém depois de mais de quarenta e cinco anos de exercício da minha profissão, já aos sessenta e seis anos de idade, ainda não vi um único caso concreto em que o credor de algum órgão público tenha tido sucesso no recebimento de um desses precatórios. A maioria dos que conheci já morreu sem receber nada, deixando seus créditos para os herdeiros e sucessores.
O que eu argumentei é para explicar que as autoridades não cumprem as leis e suas obrigações.
Para inscrever-se em um concurso e concorrer a um cargo público, ainda que seja de lixeiro, dependendo da cidade e local, o cidadão tem que ter escolaridade compatível, no mínimo primeiro grau completo e comprovar tudo, posto que lhe seja exigido a apresentação do seu curricunlun escolar, endereço fixo, quitação para com o Serviço militar, Justiça eleitoral, ficha limpa nos cartórios de distribuições cíveis, criminais, de protestos, etc. e tal.
Em alguns casos, eu já passei por isso quando concorri a um concurso para tabelião. Dentre tantos requisitos um dos principais itens exigido era: NUNCA TER SIDO PRESO E NEM PROCESSADO.
Mas para candidatar-se a qualquer um desses cargos já citados, nada disso é exigido. Haja vista o caso desse artista comediante [nada contra ele pessoalmente], que somente depois de eleito e diplomado verificou-se que o mesmo é semi-alfabetizado. Não completou sequer o primário. Penso eu que ele não freqüentou nenhuma escola.
Uma boa parte dos políticos candidatos a cargos eletivos tem folha corrida maior do que uma lista telefônica, cem por cento negativas. Já foram processados, enquadrados em alguns crimes e condenados pela justiça comum. Vocês lembram de um cidadão que esteve preso por uns meses, foi caçado e condenado e hoje é deputado federal? Eu me lembro pelo menos de uns cinco. Lembram de um que foi caçado ? Outro que circulava com U$ 4.000.000,00 numa mala, pelo planalto [congresso nacional]? Por enquanto só os bananas e alguns laranjas foram encontrados mas não punidos.
Agora, políticos ladrões, mentirosos contumaz, corruptos e até presidentes e deputados já condenados pela justiça estão aí impunes eleitos e no exercício dos seus cargos. Alguns até pousam de bonzinhos. Uma vergonha pra gente.
Todos democraticamente eleitos por nós, os bobos da corte.
Quando adquirimos um veículo somos obrigados a comprovar com documentos [conta de luz, de telefone, de água e esgoto e outros] corretamente o nosso endereço [ domicílio]. Para tirar o título de eleitor o cidadão perecia igualmente comprovar o seu endereço. No entanto um determinado senador, que já foi presidente, é natural de uma cidade do Estado do Maranhão, mora em outra cidade, com endereço comprovado e tudo e foi eleito senador, salvo engano, pelo estado do Amapá. Estou enganado? Como pode um cidadão ter domicilio residencial em dois lugares diferentes? Se alguém me explicar um dia e me convencer...
Enfim, dentre milhares delas eis algumas das distorções das leis do homem.

MEU PENSAMENTO:

Penso eu, na minha rudez e ignorância que só existem as leis feitas pelos homens. Não existem leis Divinas, posto que Deus nunca fez nenhuma lei para nos punir, tamanho É O SEU AMOR POR NÓS. Ele só nos prescreveu orientações, ensinamentos e doutrinas amorosas, necessárias ao nosso crescimento moral e espiritual.

\\\\\\\\clementinomusico
Enviado por \\\\\\\\clementinomusico em 23/09/2011

Soldados aceitam proposta do governo, mas protestos seguem


Fonte: Dico Reis / Rádio Guaíba ,correio do povo. 23/09/11
Boneco com a farda da BM foi encontrado na BR 287
Crédito: Divulgação PRF / CP
Boneco com a farda da BM foi encontrado na BR 287
Crédito: Divulgação PRF / CP

Depois da aceitação da proposta do governo do Estado pelos soldados da Brigada Militar (BM) e da recusa dos Sargentos e dos Oficiais, um protesto de policiais militares foi registrado na madrugada desta sexta-feira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pneus queimados e um boneco vestindo a farda da BM foram encontrados no km 275 da BR 287, entre as cidades de Santa Maria e São Pedro do Sul, na ponte sobre o rio Ibicuí, no Centro do Estado. Após a retirada da barreira por um policial rodoviário, a rodovia foi liberada.

Nessa quinta-feira, a Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (Abamf) aceitou a proposta de reajuste de 23,5% do governo do Estado. No entanto, a Associação de Sargentos, Subtenentes e Tenentes da BM rejeitou a oferta no Palácio Piratini. De acordo com o presidente da entidade, Aparício Santelano, por unanimidade, a categoria preferiu não receber aumento.

Santelano declarou que, se houve divisão na corporação, a mesma foi provocada pelo governo do Estado, que deve ser questionado sobre eventuais rachas internos. O secretário da Casa Civil, Carlos Pestana, afirmou que, diante da rejeição, os servidores insatisfeitos da Brigada Militar devem procurar os parlamentares para negociar.

Após a audiência que durou quase uma hora, Pestana anunciou que as negociações com a BM estão encerradas e que nesta sexta-feira será enviado ao Legislativo o projeto de 23,5% de reajuste salarial para soldados, 18% para sargentos e 11% para tenentes. Também nesta sexta-feira, o Executvio pretende retomar as negociações com a Polícia Civil, para poder dar atenção a demandas de outras categorias do serviço público.

Cabos e soldados da BM aceitam proposta do governo. Tenentes e sargentos rejeitam

A direção da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf), que representa os cabos e soldados da Brigada Militar, comunicou na tarde desta quinta-feira (22) que aceitou a proposta salarial do governo do Estado. Havia uma resistência da direção da associação que queria proposta igual também para os tenentes, sargentos e subtenentes, porque negociava em conjunto com a associação que representa estas categorias (Asstbm). Entretanto, a maioria das assembleias regionais da Abamf aceitou a proposta do governo. Também nesta quinta (22), à noite, o presidente da Asstbm, Aparecido Santellano, comunicou ao governo que a entidade rejeitou a proposta, que era de 18,5% para sargentos e de 10,5% para os primeiros tenentes. As categorias intermediárias receberiam reajustes proporcionais.

O presidente da Asstbm explicou que a categoria rejeitou, em assembleia geral, a proposta de reajuste apresentada pelo governo, porque só aceitaria reajuste linear para todas as categorias. ”Foi aprovado por unanimidade a rejeição da proposta. Só aceitaríamos se a proposta fosse linear, ou seja, índice igual para todos os servidores de nível médio. Assim, não sendo, preferimos não receber nada”, disse.

Abamf aceita por decisão da maioria dos servidores

“A decisão soberana da maioria dos servidores de nível médio da Brigada Militar, representados pela Abamf, foi pela aceitação da proposta salarial”, explicou o presidente da associação, Leonel Lucas. O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, comemorou o acordo. “O governo tem ciência de que os salários dos servidores gaúchos da segurança pública são baixos, mas é inegável o avanço que tivemos nesses oito meses de gestão. Jamais, governo algum ofereceu um percentual tão significativo de uma vez só como estamos fazendo”, afirmou.

Pestana informou que o projeto de lei para o reajuste da Brigada Militar será protocolado na Assembleia Legislativa em regime de urgência. Assim, o projeto terá, no máximo, trinta dias para tramitar. O reajuste sobre o vencimento básico dos soldados e cabos será dividido em duas parcelas. Em outubro deste ano e em abril do ano que vem. Pestana indicou que o governo não tem mais como negociar com a Asstbm. “Não é possível, em 2011, avançar na proposta. Estamos abertos à discussão salarial para os próximos anos”, afirmou.

Com informações do site do Governo do Estado e
sul 21

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Comandante não garante que até o final do governo salário dos soldados chegue a R$ 3 mil

22.09.11 - 11:33

Entre hoje e amanhã, entidades se reúnem com o governo

Os servidores da Brigada Militar, em especial de nível médio, dizem que o governador Tarso Genro, enquanto candidato, prometeu que nenhum soldado gaúcho receberia menos do que R$ 3 mil até o final de seu governo, em 2014. A cobrança, nas últimas semanas, está vindo através de protestos com a queima de pneus que o próprio governador chama de terrorismo e descarta que sejam feitos por policiais militares. O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, não é tão otimista.

“A gente não pode falar em valores. Não se pode falar em futuro. Mas, certamente, assim que o Estado recuperar a suas finanças, haverá a valorização”, disse. Nessa quarta-feira (21), a Associação de Sargentos, Subtenentes e Tenentes definiu por unanimidade não aceitar o reajuste diferenciado, ou seja, 18% para os Sargentos e 11% para Subtenentes e Tenentes. A associação quer reajuste linear para todas as patentes com base no que foi oferecido para os soldados, que é 23,5%.

O tenente Aparício Santelano, presidente da associação, disse que se o governo não atender as reivindicações vai ser difícil segurar os protestos. Já o presidente da Abamf, associação dos soldados, também esteve na assembleia dos Tenentes e ressaltou que os servidores de nível médio não sairão desunidos da negociação com o governo.

Está marcada para as 14h de hoje um novo encontro entre a Associação dos Soldados e a Casa Civil. Nesta sexta-feira (23), às 9h, os Sargentos e Subtenentes têm encontro com o Palácio Piratini.

Fonte: R7

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Governo iguala proposta salarial entre Brigada e Polícia Civil

Carlos Pestana (d) se reuniu nesta segunda com servidores da Brigada Miltiar
O governo estadual manteve nesta segunda-feira (19) a negociação com os servidores da segurança pública, para chegar a um acordo possível de ser cumprido ao atender as exigências de reajuste salarial. Aos nove meses de gestão, a atual administração estima um impacto de R$ 310 milhões para aumentar os vencimentos dos policiais militares e civis. Ainda sem acordo sobre os valores, o governo já tem pelo menos duas certezas: seguirá negociando a matriz salarial das polícias e terá que garantir a isonomia entre os salários das duas forças.

Na tarde desta segunda, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, recebeu os dirigentes do Sindicato dos Inspetores, Escrivães e Investigadores de Polícia (Ugeirm). A contraproposta oferecida pelo governo foi a mesma dada na última sexta à Brigada Militar. “Nós havíamos proposto reajuste linear de 10%. Nas negociações, eles reivindicaram o mesmo tratamento dado à Brigada. Reavaliamos e fizemos exatamente a mesma proposta. Terão o mesmo valor do básico”, argumentou Pestana.

À Brigada, o governo propôs reajustes de 23,5% para os soldados e de 10,5% para os primeiros tenentes, divididos em duas etapas. O governo também ofereceu a ampliação das promoções para 2,8 mil servidores e não mais 1,2 mil. Já na primeira rodada de negociação com a Polícia Civil, o governo havia oferecido 7% de reajuste em outubro de 2011 e 3% em abril de 2012. Nesta segunda, o governo ofereceu de R$ 91 sobre o salário básico dos policiais, o que corresponde a um reajuste entre 10,5% e 13,7%.

Na primeira avaliação do presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, ainda não é a melhor proposta. “Dá para avançar mais”, disse ao deixar a reunião com a Casa Civil. “A primeira classe ganha menos e precisa ter um aporte maior”, reivindicou. E defendeu a proposta dos policiais. “Fizemos o cálculo rápido e o que nos foi oferecido agora equivale, dependendo do salário, a um aumento de 10,5% a 13,7%. Nós pedimos 25%. Mas como o governo diz que não tem como, iremos trabalhar para avançar mais no que será proposto em cima do básico.”

Segundo o chefe da Casa Civil, o governo iniciou as negociações com a Polícia Civil propondo aumento na matriz salarial, com impacto de R$ 175 milhões, mas foi exigido reajuste linear. “Agora eles estão pedindo o mesmo que a BM e estamos praticamente dobrando este valor para chegar a um acordo. Só que estamos chegando ao nosso teto e não temos mais como avançar”, disse Pestana.

Isonomia

Pressionado, o governo garantiu tratar as forças policiais com o princípio da isonomia. “A única categoria da Brigada Militar que não tem equivalência na Policia Civil é o soldado. O restante ganhará a mesma coisa”, disse Pestana. “Comissários terão o mesmo tratamento que os capitães da Brigada Militar. Isto é uma garantia importante dada”, confirmou Isaac Ortiz.

Porém, a equiparação entre as forças policiais ainda é praticada no Rio Grande do Sul, como em todo o país, de acordo com o “bom senso” dos gestores. Tanto que a própria decisão do governo Tarso Genro ocorreu depois de instalado o desconforto das categorias nas ruas.

Desde o dia 4 de agosto manifestações estão sendo feitas por todo o estado associadas a reivindicação salarial da Brigada Militar. A mais grave foi o boneco-bomba colocado no centro de Porto Alegre na última sexta. Nesta segunda, novos protestos foram detectados pela Polícia Rodoviária Federal.

Tratamento igualitário

Para o pesquisador em Segurança Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Guaracy Mingardi, a gestão atual acerta ao conceder aumento esperado pelos policiais, mas erra ao não dialogar com as duas forças. “Tem que dar o mesmo aumento para não criar mais distanciamento entre as polícias e não acirrar ânimos que já são acirrados. Isto é uma das coisas que mais irritam os policiais”, salientou.

Segundo Mingardi, as negociações com as categorias devem ser feitas com os gestores da área. “A Secretaria de Segurança deve estar na linha de frente. Quem faz este tipo de coisa são burocratas que não entendem nada de segurança”, critica.

Como exemplo de situações problemáticas da falta de isonomia salarial na segurança pública, o pesquisador cita o Rio de Janeiro. Segundo ele, com a política das Unidades de Polícia Pacificadora adotada pelo governo carioca, a situação se agravou ainda mais. “Foi dada preferência para aumentar o salário de quem vai para as UPPs ou quem é do BOPE (Batalhão de Operações Especiais). Isto acaba sendo desestimulante para quem pensa em ser policial, ou abre brecha para corrupção nas corporações”, explica.

Apesar das funções distintas entre as duas polícias, os governos devem administrar tratando as duas com os mesmos critérios, argumenta o especialista. “Temos que contemplar as duas, se não o processo de investigação ou o policiamento para”, alerta.

Segundo o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, “existem especificidades próprias entre as polícias. Não tem como tratar na mesma mesa de negociação”. Pestana acredita nas investigações abertas pela Brigada Militar para identificar os autores do protestos, considerados “marginais” pelo governador Tarso Genro. O otimismo do chefe da Casa Civil também está na “trégua” das polícias. “Tenho expectativa de que eles aceitem a proposta, uma vez que o principal questionamento é o tratamento igual entre as duas forças e isto nós já avançamos”, destacou.

A resposta dos policiais civis deverá ser dada na próxima sexta, quando uma nova reunião com o executivo deve acontecer. Até haver o consenso, “a greve anunciada pelo sindicato para os dias 28 e 29 de setembro está mantida”, garante o presidente da Ugeirm.

Já a Associação dos Praças da Brigada Militar aguarda o resultado de 10 assembleias regionais que estão sendo realizadas para dizer ao governo se aceita ou não a proposta de 23,5%. Nesta segunda, a regional de Porto Alegre se posicionou contrária à nova oferta do executivo estadual. Já os sargentos, que receberam proposta de 18% de reajuste, e subtenentes e tenentes, que tiveram uma proposta de 11% da Casa Civil, se reúnem nesta quarta para decidirem se aceitam ou não.

sul21
http://sul21.com.br/jornal/2011/09/governo-iguala-proposta-salarial-entre-brigada-e-policia-civil/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Oficiais da Brigada tiram nota por isonomia

Oficiais da Brigada tiram nota por isonomia e avisam: "Não somos cordeiro. Acorda, Tarso!"

Em uma dura carta aberta dirigida ao governador Tarso Genro neste domingo, embora se proclamem "aliados do governador (de todos os governadores)", quando na verdade são seus subordinados, a Assocoiação dos Oficiais da Brigada Militrar avisou que não abrirá mão da isonomia salarial com as demais carreiras jurídicas do Estado, entre elas as de procuradores da Justiça e juízes. A nota avisa: "Há um tratamento discriminatório contra nós. Os oficiais ligados à AsofBM também advertem que não são "cordeiros", e avisam: "Acorda, Tarso".

postado
http://www.videversus.com.br/index.asp?SECAO=102&SUBSECAO=0&EDITORIA=37513

domingo, 18 de setembro de 2011

Pra não dizer que não falei de fogos

Oscar Bessi Filho

Há leitores da coluna preocupados. Têm medo do que pode acontecer se a onda de protestos por melhores salários aos PMs gaúchos continuar. Digo, fiquem calmos. Há muitos anos e governos que se fala em ter segurança pública, mas não se quer ter despesa com os profissionais que a promovem. Há muito se promete valorização, mas, na hora, se descobre que não se tem dinheiro para isso. Claro, para outros poderes sempre tem. Mas, para professor e policial, nunca. Mesmo com essa situação toda, mesmo com legislações que só tornam o cidadão cada vez mais refém e a autoridade cada vez mais frágil, ainda assim podem descansar.

Há quem lute pela sociedade. E são muitos. A imensa maioria. Pode haver quem queime pneus, quem grave vídeo ameaçador. Como pode haver quem faz pior: cobre pelo policiamento, se venda para quadrilhas ou cometa crimes com a farda. Sim. São humanos. E são diversos.

Mas, enquanto o caro leitor lê essas notícias, lá fora, anonimamente, milhares de policiais não param de correr atrás do lixo social que cai em suas mãos. Do descaso que joga multidões na vala fétida da miséria e da exclusão. Da tribo de drogados, bêbados e bandidos. Do descalabro, fruto de corrupções, desvios e imoralidades de toda ordem que lhe cai na frente para dar um jeito. Porque qualquer um, ao se apertar, chama a Brigada. Indivíduo ou órgão público. É 190. E quer atendimento. E nem pergunta se o policial está bem, está precisando de algo, se está disposto. Ele está ali para isso e pronto. E ele atende. Podem conferir. As cadeias não pararam de receber bandidos em nenhum momento. Todos os dias.

Agora, não peçam para que eles estejam felizes porque vão receber pouco mais de mil reais. Calculem. Um aluguel, simples, é em torno de R$ 600. Um rancho em torno de R$ 400. Bem simples. Água, luz, telefone. Gasolina, se tiver carro. E roupas. E o colégio dos filhos. Quanto se precisa mesmo para sustentar uma família e ter uma vida decente? Quanto se precisa, mais do que isso, para ter perspectiva? Sonho?

Mas fiquem calmos. Os policiais vivem sob tensão, todos os dias, nas suas horas de serviço. É sua profissão. Ir onde tiver conflito e resolver. Ir onde tiver armas em ação e ser o primeiro alvo quando assaltantes decidirem atacar um banco. Juntar pedaços de crianças acidentadas. Socorrer mulheres vítimas de violência. Em casa, contas o esperam. Pratos vazios. E crianças suas vendo crianças de bandido, ou de esperto, tendo o que elas não têm. É. Mas fique calmo. Natural que eles não estejam felizes. Mas a grande maioria, caro leitor, pode apostar, ainda está disposta a morrer por ti sem chiar. E nem te conhece.

Correio do Povo

Saúde: há solução onde há vontade política

Ante scriptum

Versa esta matéria primacialmente sobre o problema da SAÚDE no Brasil. Discorro sobre alguns dos principais sofrimentos do povo que, necessitado, busca auxílio nos hospitais públicos. Indico as soluções para solvê-lo: encontra-se nas mãos dos próprios representantes do povo.

Para os que não sonham com um Brasil melhor, pode parecer utópica esta minha asserção – mas não o é. Basta fazermos com que o Estado respeite nossos direitos todos.
Basta nos posicionemos como cidadãos e defendamos tais direitos.
Basta da filosofia comodista do ‘deixa prá lá’ quando alguns – ou um só mesmo – de nossos direitos for atingido

“Dos sonhos, aos pensamentos, destes às ações”


INTRODUÇÃO


“Retrocedo de época em época até a mais remota antigüidade, mas não percebo nada que se assemelhe ao que está sob meus olhos. Como o passado deixou de lançar sua luz sobre o futuro, a mente humana vagueia nas trevas”

Quando Alexis de Tocqueville assim se expressou, em 1835 ao publicar “A Democracia na América” , referia-se aos Estados Unidos da América do Norte.

No entanto, o trecho que transcrevi supra, além de atual, pode ser aplicado no que se refere à situação em que se encontra a República Federativa do Brasil.

Princípios e Valores parecem ter sido soterrados. A cada dia mais um escândalo espouca. A corrupção campeia livre, leve e solta. Crimes perpetrados por figuras públicas são, na maioria das vezes, perdoados…

Por outro lado, estamos a viver, em pleno século XXI, um revival do velho oeste: tiros, balas perdidas, assassinatos de pessoas dignas que vivem comumente ou que tem como mistér combater a corrupção… Nosso Direito de ir e vir, cerceado pela inércia ou/e ineficiência dos órgãos que deveriam garantir nossas vidas.
É triste constatar que estamos sim, a vaguear nas trevas.

Tudo o que vejo à minha volta, me mostra o descaso das autoridades competentes para com a Nação (leia-se POVO).

Não desconsidero as ’ políticas bolsistas’ . Todavia, deveriam elas ter balizamentos e esses serem respeitadas.
O que vivenciamos é ’assistencialismo’ e tem sido usado com fins- tudo leva a crer- principalmente ‘eleitoreiros.’

Quer-se trabalho. A Assistência Social só deveria ser prestada durante o tempo necessário para ajudar a quem dela precise, consoante se infere de seu próprio conceito.

O descalabro da Saúde

No dia 13 de agosto, um programa de televisão mostrou o despautério do Estado para com a Saúde.

O que assisti encheu-me mais ainda de indignação. Pessoas doentes, necessitadas de atendimento, de tratamento, de internação, sem tratamento algum… (ou mal-tratadas?)

Como aceitar tal desumanidade e manter-me silente? Como não registrar o que assisti: a falta de respeito frontal à dignidade do ser humano? Idosos, crianças, até recém-nascidos esperando para serem atendidos … e sofrendo?(*)

Se calada me mantivesse, seria conivente com as autoridades que só fazem é falar, prometer… e não cumprir.

Há um claro divisor de águas: antes das eleições e depois das mesmas. Antes, tudo prometem. Depois, o quadro muda para: não era bem assim, a conjuntura mundial alterou-se, os demais países estão pior, aqui é só marolinha, sou contra a CPMF, mas tem que haver dinheiro, etc.

Fazem-se de tontos. Tanto assim é que agora querem mais dinheiro para a Saúde. Tenham a Santa Paciência!

A própria presidenta tem-se manifestado contra a volta da CPMF (ou qualquer outro imposto que lhe venha a fazer as vezes (**). Mas, segundo suas palavras, precisa obter fontes de custeio da mesma.
Com todo o respeito que merece pelo cargo que ocupa, parece-me estar fazendo o papel de Pilatos: assim fica bem com o povo e com seus companheiros. Ora, soa-me falsa sua afirmação.

A fonte de custeio se encontra nas burras do Estado, cheias com os dinheiros recolhidos de impostos escorchantes que pagamos.

Há que o governo deixar de saquear (não ‘sacar’ ) as mesmas para pagar seus gastos desnecessários, como as contas secretas de seus cartões corporativos e outros.

CPMF ( ou outro imposto qualquer a ser criado ou majorado com o objetivo de custear a Saúde)

Nunca, na verdade, nos esclareceram sobre o real destino da vultosa soma recolhida durante os anos todos da CPMF. Nunca soubemos QUANTO foi recolhido, QUAIS as unidades da Federação e seus hospitais todos que foram beneficiados. NENHUM relatório pudemos ler elencando os hospitais e QUANTO cada um deles recebeu… tal informação não foi publicada em jornal algum de grande circulação. E que eu saiba, nem mesmo no Diário Oficial.

Repito: agora querem mais dinheiro. Pensam nos eventos desportivos que se avizinham -para esses há verba, pois favorecerá o turismo, etc.
Colocam o material: o ter, antes do Ser…
humano… Tanto assim é que, para a minorar os males ou mesmo salvar a vida de seus cidadãos e/ou os demais habitantes, inexiste verba.

“A Saúde é Dever do Estado e Direito do Cidadão”, determina a Constituição do Estado Brasileiro. Todavia, a maioria dos homens públicos transformaram-nas em meras palavras, sem consistência real qualquer que seja.

Cabe indagar:
Que garantia de altura constitucional é esta, na qual os representantes dos entes estatais coisa alguma garantem?

Pessoas de todas as idades, em filas intermináveis de hospitais, às quais chegam de madrugada ou mesmo na noite anterior para conseguir senhas- e muitas voltam para casa sem serem atendidas? Que garantia é esta, se muitas grávidas, após 9 meses de alegria, na expectativa da maternidade,
perdem seus filhos, pois não há leitos, médicos (tudo, enfim, que deveria haver) e são orientadas a deambular de um hospital para outro? Que garantia é esta, na qual velhinhos com as cabeças embranquecidas pelo tempo, cansados e doentes, muitas das vezes, não têm sequer onde sentar-se e ainda, ao final de exaustiva e desnecessária espera, voltam pelo mesmo caminho que vieram?
Que garantia é esta?

Princípio da Igualdade

Com todo o respeito que merece a senhora genitora de nossa presidenta, se ela, quando passou mal, tivesse que ser atendida em algum desses hospitais – sem que soubessem de quem se tratava: a mãe de Dona Dilma – o seria? Estaria tão bem como agora está (Graças a Deus!). Sabemos que a resposta é negativa.

Assim, há inegável preconceito – defeso (proibido) também pela Constituição. Não há como contestar a evidente existência de castas neste nosso país.

Mais um Princípio Constitucional posto por terra, como têm sido tantos.
Lembro, por oportuno, do Princípio que protege os aposentados e pensionistas do RGPS da defasagem de seus já parcos proventos; da garantia de vida; do salário-mínimo (que é mínimo mesmo – tão mínimo- que deixa a descoberto a maioria dos itens elencados na Lei Maior )

Solução

Como quem critica deve apresentar solução, apresento-lhes a minha. É simples (não simplista). Não precisam os responsáveis pelas áreas governamentais específicas quebrar suas cabeças em busca de soluções outras.

Todos têm, isto sim: que deixar a ganância de lado, pensar que não são elite alguma e passarem a viver como o faziam antes de ocuparem seus cargos.

Vejamos:

1- Diminuir drasticamente o número de ministérios desnecessários, secretarias com status de ministérios e similares.

2- Ministros, Secretários de Estado e demais autoridades, venham a perceber salários condizentes com a realidade brasileira (isso aliás, deveria partir deles mesmos, como prova de patriotismo).

3- Seja diminuído- e muito – o número de representantes do povo, bem como todas as supérfluas benesses (luxo mesmo), às quais não têm acesso o cidadão comum (não somos todos iguais?) (***)

Conclusão

Para tornar curto um longo elenco de vantagens inaceitáveis: todos os que trabalham para o Estado – em qualquer de suas esferas- em cargos representativos ou de chefia, deveriam ser tratados como os demais cidadãos o são.

A SAÚDE deveria ser totalmente estatizada(Acabando de vez com abusivo mercado dos planos de saúde) e os políticos todos deveriam ser tratados nos mesmos hospitais que o povo.

Desnecessário dizer que, em sendo assim, esses hospitais viriam a ser reformados, bem equipados, seus médicos teriam salários dignos, bem como os profissionais todos de saúde.

Quanto aos remédios, deveriam ser gratuitos.

UTOPIA? NÃO. SONHO QUE PODE VIR A SER REALIDADE SE OS POLÍTICOS ASSIM O QUISEREM.

SE NÃO QUISEREM, ESTÁ MAIS DO QUE NA HORA DE NÓS, O POVO, BUSCARMOS OUTRA FORMA DE GOVERNO, pois:

O poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido.

Mirna Cavalcanti de Albuquerque Niterói/RJ - Brasil

Promotor aconselha policial a melhorar mira para matar ladrão.

"Bandido que dá tiro para matar tem que tomar tiro para morrer. Lamento, todavia, que tenha sido apenas um dos rapinantes enviado para o inferno. Fica aqui o conselho para Marcos Antônio: melhore sua mira..."
O texto é do promotor Rogério Leão Zagallo, do 5° Tribunal do Júri de São Paulo.
Foi escrito numa manifestação na qual pediu, em março deste ano, o arquivamento do inquérito que investigava as circunstâncias em que o policial civil Marcos Antônio Teixeira Marins havia matado um homem que, ao lado de um comparsa, teria tentado roubar o carro que dirigia.
Na versão do policial civil, a dupla tentou atirar nele, motivo pelo qual reagiu.



Arte:Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress


Promotor Rogério Leão Zagallo pede arquivamento de inquérito que investiga morte de suspeito:
"O agente matou um fauno que objetivava cometer assalto contra ele, agindo absolutamente dentro da lei", escreveu o promotor em sua manifestação, comparando o suspeito morto no episódio ao ser da mitologia romana meio homem meio animal.

As polêmicas observações feitas por Zagallo são alvo agora da Corregedoria do Ministério Público. O procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira, não quis comentar o caso.
O pedido pelo arquivamento da apuração das circunstâncias da morte do suspeito foi aceito pela Justiça.
Dessa forma, o policial civil não foi processado por homicídio doloso --quando há intenção de matar.
Zagallo disse à Folha não ter interesse em falar publicamente sobre o texto:
"O que eu tinha para me manifestar sobre esse caso está escrito no documento. Não quero mais falar sobre isso", disse. (Folha de São Paulo)

sábado, 17 de setembro de 2011

STJ ANULA INVESTIGAÇÃO DA PF CONTRA FAMÍLIA SARNEY

STJ anula investigação da Polícia Federal contra a família Sarney. Para ministros, grampos que originaram quebras de sigilo foram ilegais - ZERO HORA ONLINE, 17/09/2011 08h43min


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou todas as provas obtidas em operação da Polícia Federal que investigou os negócios do empresário Fernando Sarney e outros familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O STJ entendeu que os grampos que originaram as quebras de sigilo foram ilegais, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste sábado.

A investigação que resultou na Operação Faktor começou em fevereiro de 2007, devido à movimentação atípica de R$ 2 milhões na conta de Fernando Sarney e de sua mulher, Teresa Murad Sarney.

A apuração, que se estendeu até agosto de 2008, apontou crimes de tráfico de influência em órgãos do governo federal, formação de quadrilha, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Fernando Sarney, que é filho do senador, nega as acusações.

No ano passado, a Justiça já havia invalidado parte das provas obtidas por interceptação de e-mails na operação da Polícia Federal, chamada de Boi Barrica e, mais tarde, rebatizada de Faktor. Com a nova decisão do STJ, segundo a Folha, as investigações voltam à estaca zero.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

PSICOLOGIA DOS POLICIAIS

Gostei deste texto por isso estou repassando.

Os brigadianos andam queimando pneus em busca de salário melhor. Meu pai era brigadiano. Eu sempre quis entender a psicologia dos policiais, militares ou não, brasileiros.

É uma profissão estranha. Se ganha muito pouco para correr risco de vida em defesa da sociedade. Policial só tem deveres. Não pode fazer greve. Não pode fazer manifestações fardado. Por qualquer coisa, cadeia. Deve morrer por nós tendo como recompensa um salário miserável. Mesmo ganhando muito pouco, deve ser ético, responsável, bem-educado, sereno, boa gente e heróico.

Nossa sociedade é hipócrita. Quer bons policiais, mas não quer gastar muito com eles. Policial é pago com impostos. A sociedade quer excelentes policiais e poucos impostos. Se eu fosse brigadiano, pegaria cana todo mês.

Faria greve e exigiria ganhar muito mais. Brigadianos só pagam o pato. Arriscam-se por nós e são vítimas de preconceito. Tem gente que sente medo de policial. Vê o policial como inimigo, o repressor. É assim com qualquer agente da lei.
O sujeito que dirige falando ao telefone fica indignado quando recebe multa. Brigadiano, até pouco tempo, era chamado de "pé de porco". Policial civil era "rato".

O machismo autorizava falar em "mulher de brigadiano", esposas que ficariam felizes em apanhar. Eu se fosse brigadiano, queimaria muito pneu por aí.
Exige-se que o policial não seja corrupto. Mas ninguém o recompensa por essa probidade posta à prova diariamente. Eu não me arriscaria a morrer por quem quer que seja por menos de R$ 1 mil mensais.
Minha vida custa um pouco mais. Uau! Vereadores, deputados, juízes, promotores públicos, médicos, todo mundo ganha mais do que policial e professor. Por quê? Mera questão de quantidade.
A sociedade precisa de mais professores e policiais. Logo, logicamente, eles devem ganhar menos. Eis o paradoxo que ninguém enfrenta. Sonhamos com uma tropa submissa e corajosa, que morra por nós sem pedir aumento.
Um vereador não pega sol ou chuva na rua, salvo quando esquece o guarda-chuva ou vai à praia faltando a uma sessão no parlamento. Policiais e professores funcionam como pilares sociais. Quem os valoriza por tudo o que fazem?
São obrigados a fazer cumprir leis esdrúxulas aprovadas por legisladores que ganham muito mais e ainda se corrompem. Morrem no campo de batalha do cotidiano. Ninguém dá bola. Faz parte da profissão. Problema deles. Policial é como poste.

Ninguém cumprimenta nem afaga. Todo vereador, deputado e senador deveriam ser obrigados a serem policial e professor por uma semana. Aí, eles veriam o que é bom para a tosse. Iam se urinar de medo. A maioria aceitaria um trocado para arredondar o final de mês. Uma parte daria no pé 1 hora depois. Ser policial é padecer no inferno e ainda bater continência.
Queimar pneu é pouco diante da péssima remuneração. Eu sempre me pergunto: por que alguém quer ser policial? Mais duro do que isso, só professor. O sujeito faz uma licenciatura, paga caro e vai ganhar R$ 400 reais para educar filho malcriado dos outros. É mole? É pura dureza.

Texto Recebido por E-Mail: jeanpierrels@hotmail.com

O PIOR SALÁRIO - A INSATISFAÇÃO E PROTESTOS CONTINUAM

Novos protestos com queima de pneus mostram insatisfação com negociações entre BM e governo. Manifestações foram registradas em rodovias do Noroeste, Centro, Litoral Norte e
Porto Alegre - zero hora, 14/09/2011 07h19min



Quatro novos protestos com queima de pneus — associados à insatisfação de cabos e soldados da Brigada Militar com as negociações salariais com o governo do Estado — foram registrados durante a madrugada desta quarta-feira no Estado. As manifestações ocorreram em Xangri-lá, Roque Gonzales, Agudo e Porto Alegre.

Segundo o Comando Rodoviário, em Xangri-lá, no Litoral Norte, cerca de 30 pneus foram incendiados na ERS-407, por volta das 5h, bloqueando a rodovia nos dois sentidos. Os bombeiros levaram cerca de meia hora para apagar o fogo e liberar a pista.

Na Capital, o Corpo de Bombeiros foi chamado para atender uma ocorrência com queima de pneus na esquina das ruas Gedeon Leite e Costa Gama, no bairro Aberta dos Morros, na Zona Sul. Segundo a corporação, as chamas foram controladas rapidamente, por volta das 3h, e faixas reivindicando melhores salários à BM foram deixadas no local.

Um protesto sem queima de pneus foi registrado na freeway, no acesso à Avenida Assis Brasil. Uma grande faixa pendurada na rodovia, questionava os motoristas: "Vale a pena arriscar a vida pelo menor salário do Brasil?".

Conforme informações da Polícia Rodoviária Federal, na BR-392, em Roque Gonzales, no Noroeste, a barricada começou por volta da meia-noite na altura do km 687. Ao lado dos pneus, foi colocado um cartaz que dizia: "Tarso, abono não".

No protesto na RSC-287, em Agudo, na região central, também havia uma faixa que criticava as negociações entre a BM e o governo, com os dizeres "Abono é esmola. Tarso Traidor". A barricada ocorreu no km 190, na localidade de Cerro Chato.

Em reunião na segunda-feira, decidiu-se que os servidores da corporação passariam a receber R$ 300 de abono. Uma parcela de R$ 160 a ser paga em outubro e a outra, de R$ 140, a partir de abril de 2012.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Líder do PMDB gaúcho avisa: "Abono não é salário. Brigadianos continuam os mais mal pagos do Brasil"

A proposta de um abono de R$ 300,00 para ser pago em duas parcelas e sem previsão de incorporação aos salários dos servidores da Brigada Militar surpreeendeu até o líder da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Para o deputado estadual Giovani Feltes, a saída que o governador Tarso Gero (PT) encontrou diante da reivindicação de 25% de reajuste "mantém os brigadianos com o pior salário da categoria em todo o País e afasta mais ainda o compromisso de campanha de adotar a PEC 300 como piso". A proposta prevê uma primeira parcela de R$ 140,00 nos salários do mês de outubro e outra, de R$ 160,00, somente a partir de abril de 2012. A falta de um índice para reajuste imediato do básico dos policiais militares também surpreendeu ao deputado. "Cansei de ver o PT dizendo que abono não é salário", recordou Giovani Feltes. Ele salienta que uma parcela autônoma não refletirá sobre outras vantatens, como o percentual de risco de vida e no pagamento de férias e 13º salário.

Mesmo que a categoria aceite a proposta de abono, reforçou o líder do PMDB, os brigadianos devem manter a mobilização para garantir a aplicação do piso de R$ 3.200,00 previsto na PEC 300, "pois a BM acreditou na promessa eleitoral do governador". Depois de semanas de protestos com a queima de pneus em rodovias do Rio Grande do Sul, os PMs buscavam 25% de aumento sobre o salário básico. Os servidores da BM recebem atualmente R$ 1.170,00, enquanto outros Estados com menor capacidade econômica reservam melhor tratamento aos agentes da segurança. Sergipe, que tem o 24º PIB do País, tem o salário inicial de R$ 2,4 mil.

fonte videversus
http://www.videversus.com.br/index.asp?SECAO=76&SUBSECAO=0&EDITORIA=37281

Governo apresenta abono de R$ 300 para a BM

Categoria deve se reunir nesta semana para decidir se aceita a proposta
O governo do Estado apresentou, na tarde desta segunda-feira, uma proposta de abono de R$ 300 para os servidores da Brigada Militar em duas parcelas – R$ 140 para outubro e R$ 160 para abril do ano que vem, além de 1,2 mil promoções. Para o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Leonel Lucas, o valor é considerado satisfatório e resta avaliar o calendário das incorporações e as promoções – a categoria entende que 5 mil policiais devem ser promovidos. Ambos os temas serão tratados em uma nova reunião nesta quinta-feira.

Em relação aos recentes protestos realizados por policiais militares, Lucas disse: "A gente quer que eles parem, mesmo porque está havendo avanços com o governo do Estado". O reajuste beneficiaria cerca de 35 mil soldados a tenentes da ativa e aposentados. A categoria deve se reunir nesta semana para decidir se aceita a proposta.

O secretário de Segurança Pública, Airton Michels, considerou que houve uma evolução importante nas negociações e que a oferta é “um avanço extraordinário” na valorização dos policiais militares. Já o Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, classificou o abono como um “ganho real significativo”.

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio de Abreu, disse que espera que o reajuste compense os policiais e que as medidas apontam para a recuperação da qualidade de vida da categoria. Ele acrescentou que os protestos estão sendo investigados e que os autores serão responsabilizados.

Fonte: Voltaire Porto / Rádio Guaíba

sábado, 10 de setembro de 2011

RESONSABILIDADES POLÍTICAS



Tenho percebido, claramente, um pequeno despertar da sociedade brasileira com as ocorrências políticas dos últimos anos. Convocações para marchas e manifestações começam a surgir sistematicamente, com algumas sendo realizadas, principalmente contra a corrupção.





Algumas propostas de desobediência civil também já aparecem, mas por ser radicalmente contra, sequer discuto o mérito da questão, pensando ser esse caminho, o daqueles que continuam com idéias baseadas em princípios ideológicos guerrilheiros, que já foram testados e fracassaram em diversas partes do mundo.

O país precisa, pelo contrário, de brasileiros que, legalmente, se candidatem e assumam todos os cargos públicos que estiverem aptos a executar e, com isso, realizar uma verdadeira faxina nesse país, pois entendo que a mudança precisa ser em todos os níveis, de todos os poderes, Executivo, Judiciário e Legislativo.

Não se pode mais conviver com a situação atualmente posta, quando José Sarney está em seu quarto mandato como presidente do Senado, sua família há décadas comanda politicamente o Maranhão, estado mais pobre e atrasado do país, mas, quando acusado, não poder ser tratado “como qualquer um”, como disse o ex-presidente Lula, por já haver sido Presidente da República.

Nos últimos dez anos a corrupção tomou proporções jamais vistas no país, tanto que atualmente já estamos vendo até ministros e senadores se dirigirem a um quarto de hotel para audiências com aquele que o Procurador Geral da República acusa de “Chefe da Quadrilha” do Mensalão do PT.

Alguns afirmam que a corrupção sempre existiu e que não se pode responsabilizar um determinado governo ou partido, mas o que facilmente se constata, até por notícias recentemente publicadas, é que nenhum ex-presidente do chamado “regime militar” saiu do governo com algum bem material a mais do que quando entrou. Todos eram e continuaram sendo homens de poucas posses e assim morreram. Literalmente, isso não é o que recentemente assiste a população brasileira.

Não estou defendendo o regime militar, simplesmente fazendo constatações e, sem dúvida, essa foi a época em que mais se investiu na infraestrutura brasileira, como pode ser facilmente comprovado pela época das construções de todas as nossas principais hidrelétricas, rodovias, ferrovias e hidrovias. Após décadas sem investimentos e com as manutenções insuficientes, o que vemos atualmente no país é um verdadeiro fracasso, quando se refere aos investimentos nessas áreas fundamentais para qualquer projeto de crescimento.

Enquanto os cidadãos conscientes da população brasileira não se rebelarem e, como verdadeiros donos do poder, remover de seus cargos essas pessoas, como estão fazendo nos países árabes com seus tiranos e aqui já fizemos com o Presidente Collor, essa situação não será alterada.

Porém, como não vejo cidadãos brasileiros dispostos a assumir os cargos públicos hoje dominados pelos corruptos, penso que a questão fundamental a ser tratada é a conscientização política da população e o incentivo à introdução dos homens de bem na vida pública.

Derrubar os corruptos sem que cidadãos patriotas e bem intencionados assumam seus postos, certamente provocará um caos ainda maior no país, com pessoas mais inescrupulosas assumindo esses cargos.

Precisamos mudar o quadro atual, colocando os corruptos em seu devido lugar, a cadeia, mas, além disso, precisamos de um projeto duradouro, de longo prazo, para que o país não volte a ter pessoas assim, com cargos em nenhum dos poderes constituídos.

Só exterminaremos definitivamente a corrupção nos cargos públicos, com a entrada, na vida pública, de homens de bem, com intenções exclusivamente patrióticas, como alguns que já governaram este país.


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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO





Este sete de setembro foi muito divulgado nas capitais, a marcha contra a corrupção organizada por redes sociais, Foi uma manifestação ampla de todos aqueles que resistem à banalização da corrupção e preservam a capacidade de indignação, durante o desfile cívico-militar em comemoração ao Dia da Pátria.
Os manifestantes apareceram com faixas, cartazes, vassouras representando a faxina na política, nariz de palhaço e roupa preta.
Me chamou atenção não vi como acontecia anos anteriores o grito dos excluídos lá estava CUT, UNE,MST.
..Este ano eu não vi estas siglas na marcha contra corrupção......

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

7 DE SETEMBRO?


7 DE SETEMBRO?
HÁ O QUE COMEORAR? EU ACHO QUE NÃO.
Congresso corrupção discara da mente todo momento.Nossos representantes na mídia envolvido em corrupção CPI tornam-se pizza basta não temos o que comemorar.
O 7 DE SETEMBRO SERA ISSO QUE VAMOS COMEMORAR
roubos ,insegurança, sem educação ,sem escola,sem comida, sem saúde,sem casa, sem pátria , assim que a maioria do povo Brasileiro se sente falta tudo para nos povão saúde trabalho segurança dignidade para isso precisemos de representantes com Carater para nos representar nos poderes constituídos salário digno para todos não só para políticos juizes etc.
Eu me sinto escravo desta pátria . Não temos o que comemorar.Somos esquecidos.

INDEPENDENCIA DO BRASIL O QUE E ISSO?

já saio de casa pagando tudo transporte.Sem condições apertado (ônibus metro etc). Tudo que pago e imposto e os político de carro ou avião pago com nossos impostos.
A independência do Brasil é da elite dos que comandam este pais com interesse próprio para si e seus partidos e seus amigos a minoria.
Nos a maioria, povão pagomos com os imposto essa elite de poucos.
Não tenho o que comemorar.

PAGAMOS IMPOSTOS E NÃO TEMOS RETORNO.

E não adianta reclamar nossos representantes não estão nem ai para população.
Deputados já falaram, ex Sérgio Moraes PTB-RS “Estou me lixando para a opinião pública”Na minha cidade reclamamos de buracos na rua Dom Pedro II a mais de mês foi publicado no jornal CORREIO DO PAMPA.

E nosso prefeito Wainer Machado(PSB) não esta nem ligando para nosso manifesto dos moradores do bairro wilsom ai eu pergunto temos que comemorar o 7 de setembro quando nossos impostos não temos retorno e vão não sei para onde? Somos esquecidos só lembrado nas eleições o sistema e assim política e a arte de enganar e mentir.


Fraudes, desvios de verbas públicas, uso de laranjas para destinar dinheiro de emendas parlamentares. O brasileiro já está acostumado a ver diariamente escândalos nos jornais.

Jaqueline Roriz (PMN –DF)Flagrada em vídeo recebendo dinheiro do delator do escândalo que ficou conhecido como Caixa de Pandora, no ano passado, a parlamentar se livrou da cassação com o aval de 265 deputados, que votaram por sua permanência na Casa. A absolvição de Jaqueline Roriz. Porém, como o voto foi secreto, não é possível saber quem a defendeu no plenário.

O que se viu na Câmara foi mais uma demonstração de como é diferente a ética da elite política brasileira. Desde a formação do Brasil, quando a colônia portuguesa foi loteada em capitanias hereditárias e cada pedaço foi dado a um integrante da elite política da época para que o explorasse o máximo que pudesse, ficou estabelecido que o mandatário no Brasil podia se valer da coisa pública como se fosse dele. O país não está mais loteado, mas é essa a lógica que persiste: os mandatários continuam agindo como se assim fosse.

É uma falácia o lugar comum usado por muitos políticos de que o Congresso é a representação do povo brasileiro. Em primeiro lugar, ela desconhece as distorções que há no sistema representativo do país. Mas, especialmente, ignora o principal: trata-se de um sistema político caro e excludente, que impede e desestimula as pessoas comuns de ingressarem na política.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Políticas destrutivas


5 de setembro de 2011 por João Bosco Leal

A grande maioria dos artistas, intelectuais e jornalistas brasileiros sempre se esforçou muito pelo crescimento do Partido dos Trabalhadores, PT, e, depois de várias tentativas fracassadas, festejou muito com a posse de Lula na Presidência da República.

A bandeira do partido sempre foi a da honestidade, do fim da corrupção a defesa dos interesses dos trabalhadores e a implantação do socialismo no país. As críticas ao capitalismo selvagem e às privatizações das empresas estatais eram também bandeiras do partido.

Na grande maioria dos estados brasileiros centenas de seus membros tomaram posse nos mais diversos cargos dos três poderes constituídos, alguns eleitos, mas a grande maioria indicado simplesmente por pertencer aos quadros do partido.

As diversas correntes internas desse partido passaram a querer impor ao país seus ideais socialistas, marxistas, leninistas, maoístas, comunistas, ou qualquer outro do gênero, mas demorou muito pouco para que a população começasse a perceber o fracasso da implantação de muitas idéias atualmente indefensáveis desses regimes políticos, como a reforma agrária, onde bilhões de reais foram gastos.

Nenhum resultado positivo, seja na independência econômica das famílias assentadas ou no aumento da produção agrícola brasileira foi alcançado, apesar de alguns dados governamentais mascararem dados, dizendo que a agricultura familiar produz hoje a grande maioria do leite, feijão, mandioca, hortaliças e das granjas de aves do país, quando na realidade esses produtos sempre foram produzidos pelos pequenos produtores rurais, o que é muito diferente de assentados pela reforma agrária.

Os pequenos agricultores, sitiantes, sempre existiram, e durante décadas foram, e continuam sendo, os responsáveis pela produção dos produtos não mecanizados como as hortaliças, principalmente pela não viabilidade econômica da mecanização de pequenas áreas. Diversos municípios brasileiros são famosos pela concentração de colônias de descendentes de imigrantes de países distintos, que se dedicavam a produções específicas, como aves e ovos, onde a família toda trabalha.

Outros produtos, de subsistência para as famílias assentadas, como a mandioca, que pode produzida com mão de obra totalmente desqualificada, normalmente só é produzida para consumo próprio, não gerando nenhum retorno econômico.

O desencanto com esses ideais também pode ser observado na idéia de estatizações, da contrariedade às privatizações, que levaram ao colapso praticamente total e generalizado da infraestrutura brasileira comandada pelo governo, como rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, além da geração de energia.

Declarações de ministros da própria área econômica do governo confirmam a impossibilidade do país crescer a taxas superiores a 5% ao ano, por falta de infraestrutura que suporte um crescimento dessa ordem, até pequeno em comparação aos outros países do grupo chamado BRIC.

Além de todos os fracassos apontados na tentativa de implantação de regimes políticos já abandonados em todos os países onde foram tentados, em nosso país os governos do Partido dos Trabalhadores estão se notabilizando pela grande quantidade de escândalos, quase sempre relacionados a incalculáveis desvios de recursos públicos.

Para se manter no poder depois de tantas acusações de corrupção, o partido político que sempre prometeu moralidade, associou-se aos tradicionais coronéis nordestinos, que continuam enriquecendo cada vez mais, às custas de uma população cada vez mais miserável.


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domingo, 4 de setembro de 2011

LEIAM POIS SOMOS FEITOS DE PALHAÇO.





Este texto foi publicado hoje, 28-06-2011 pelo site Yahoo.




Espero que leiam e pensem.




O Brasil tem o carro mais caro do mundo. Por quê?




Os principais argumentos das montadoras para justificar o alto preço do automóvel vendido no Brasil são a alta carga tributária e a baixa escala de produção. Outro vilão seria o alto valor da mão de obra, mas os fabricantes não revelam quanto os salários - e os benefícios sociais - representam no preço final do carro. Muito menos os custos de produção, um segredo protegido por lei. A explicação dos fabricantes para vender no Brasil o carro mais caro do mundo é o chamado Custo Brasil, isto é, a alta carga tributária somada ao custo do capital, que onera a produção. Mas as histórias que você verá a seguir vão mostrar que o grande vilão dos preços é, sim, o Lucro Brasil. Em nenhum país do mundo onde a indústria automobilística tem um peso importante no PIB, o carro custa tão caro para o consumidor. A indústria culpa também o que chama de Terceira Folha pelo aumento do custo de produção: os gastos com funcionários, que deveriam ser papel do estado, mas que as empresas acabam tendo que assumir como condução, assistência médica e outros benefícios trabalhistas. Com um mercado interno de um milhão de unidades em 1978, as fábricas argumentavam que seria impossível produzir um carro barato. Era preciso aumentar a escala de produção para, assim, baratear os custos dos fornecedores e chegar a um preço final no nível dos demais países produtores. Pois bem:


O Brasil fechou 2010 como o quinto maior produtor de veículos do mundo e como o quarto maior mercado consumidor, com 3,5 milhões de unidades vendidas no mercado interno e uma produção de 3,638 milhões de unidades. Três milhões e meio de carros não seria um volume suficiente para baratear o produto?


Quanto será preciso produzir para que o consumidor brasileiro possa comprar um carro com preço equivalente ao dos demais países? Segundo Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, é verdade que a produção aumentou, mas agora ela está distribuída em mais de 20 empresas, de modo que a escala continua baixa. Ele elegeu um novo patamar para que o volume possa propiciar uma redução do preço final: cinco milhões de carros. A carga tributária caiu. O imposto, o eterno vilão, caiu nos últimos anos. Em 1997, o carro 1.0 pagava 26,2% de impostos, o carro com motor até 100hp recolhia 34,8% (gasolina) e 32,5% (álcool). Para motores mais potentes o imposto era de 36,9% para gasolina e 34,8% a álcool. Hoje - com os critérios alterados - o carro 1.0 recolhe 27,1%, a faixa de 1.0 a 2.0 paga 30,4% para motor a gasolina e 29,2% para motor a álcool. E na faixa superior, acima de 2.0, o imposto é de 36,4% para carro a gasolina e 33,8% a álcool. Quer dizer: o carro popular teve um acréscimo de 0,9 ponto percentual na carga tributária, enquanto nas demais categorias o imposto diminuiu: o carro médio a gasolina paga 4,4 pontos percentuais a menos. O imposto da versão álcool/flex caiu de 32,5% para 29,2%. No segmento de luxo, o imposto também caiu: 0,5 ponto no carro e gasolina (de 36.9% para 36,4%) e 1 ponto percentual no álcool/flex. Enquanto a carga tributária total do País, conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, cresceu de 30,03% no ano 2000 para 35,04% em 2010, o imposto sobre veículo não acompanhou esse aumento. Isso sem contar as ações do governo, que baixou o IPI (retirou, no caso dos carros 1.0) durante a crise econômica. A política de incentivos durou de dezembro de 2008 a abril de 2010, reduzindo o preço do carro em mais de 5% sem que esse benefício fosse totalmente repassado para o consumidor. As montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, mostrou que algumas montadoras instaladas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes e que grande parte desse lucro vem da venda dos carros com aparência fora de estrada.


Derivados de carros de passeio comuns, esses carros ganham uma maquiagem e um estilo aventureiro. Alguns têm suspensão elevada, pneus de uso misto, estribos laterais e para choque saliente. Outros têm faróis de milha e, alguns, o estepe na traseira, o que confere uma aparência mais esportiva. A margem de lucro é três vezes maior que em outros países. O Banco Morgan concluiu que esses carros são altamente lucrativos, têm uma margem muito maior do que a dos carros dos quais são derivados. Os técnicos da instituição calcularam que o custo de produção desses carros, como o CrossFox, da Volks, e o Palio Adventure, da Fiat, é 5 a 7% acima do custo de produção dos modelos dos quais derivam: Fox e Palio Weekend. Mas são vendidos por 10% a 15% a mais. O Palio Adventure (que tem motor 1.8 e sistema locker), custa R$ 52,5 mil e a versão normal R$ 40,9 mil (motor 1.4), uma diferença de 28,5%. No caso do Doblò (que tem a mesma configuração), a versão Adventure custa 9,3% a mais.


O analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa, concluiu que, no geral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser três vezes maior que a de outros países.

O Honda City é um bom exemplo do que ocorre com o preço do carro no Brasil. Fabricado em Sumaré, no interior de São Paulo, ele é vendido no México por R$ 25,8 mil (versão LX).


Neste preço está incluído o frete, de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil. Restam, portanto R$ 20,3 mil. Adicionando os custos de impostos e distribuição aos R$ 20,3 mil, teremos R$ 16.413,32 de carga tributária (de 29,2%) e R$ 3.979,66 de margem de lucro das concessionárias (10%). A soma dá R$ 40.692,00. Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o México a montadora já tem a sua margem de lucro, o Lucro Brasil (adicional) é de R$ 15.518,00: R$ 56.210,00 (preço vendido no Brasil) menos R$ 40.692,00. Isso sem considerar que o carro que vai para o México tem mais equipamentos de série: freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, airbag duplo, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos. O motor é o mesmo: 1.5 de 116cv. Será possível que a montadora tem um lucro adicional de R$ 15,5 mil num carro desses? O que a Honda fala sobre isso?


Nada. Consultada, a montadora apenas diz que a empresa não fala sobre o assunto. Na Argentina, a versão básica, a LX com câmbio manual, airbag duplo e rodas de liga leve de 15 polegadas, custa a partir de US$ 20.100 (R$ 35.600), segundo o Auto Blog. Já o Hyundai ix35 é vendido na Argentina com o nome de Novo Tucson 2011 por R$ 56 mil, 37% a menos do que o consumidor brasileiro paga por ele: R$ 88 mil. Porque o mesmo carro é mais barato na Argentina e no Chile? A ACARA, Associacion de Concessionários de Automotores De La Republica Argentina, divulgou em fevereiro, no congresso dos distribuidores dos Estados Unidos (N.A.D.A), em São Francisco, os valores comercializados do Corolla nos três países. No Brasil o carro custa U$ 37.636,00, na Argentina U$ 21.658,00 e nos EUA U$ 15.450,00. O consumidor paraguaio paga pelo Kia Soul U$ 18 mil, metade do preço do mesmo carro vendido no Brasil. Ambos vêm da Coreia. Não há imposto que justifique tamanha diferença de preço. Outro exemplo de causar revolta: o Jetta é vendido no México por R$ 32,5 mil. No Brasil esse carro custa R$ 65,7 mil.


Quer mais? O Gol I-Motion com airbags e ABS fabricado no Brasil é vendido no Chile por R$ 29 mil. Aqui custa R$ 46 mil. A Volkswagen não explica a diferença de preço entre os dois países. Solicitada pela reportagem, enviou o seguinte comunicado: As principais razões para a diferença de preços do veículo no Chile e no Brasil podem ser atribuídas à diferença tributária e tarifária entre os dois países e também à variação cambial.


Questionada, a empresa enviou nova explicação: As condições relacionadas aos contratos de exportação são temas estratégicos e abordados exclusivamente entre as partes envolvidas. Nenhum dirigente contesta o fato de o carro brasileiro ser caro, mesmo considerando o preço FOB: o custo de produção, sem a carga tributária. Mas o assunto é tão evitado que até mesmo consultores independentes não arriscam falar, como o nosso entrevistado, um ex-executivo de uma grande montadora, hoje sócio de uma consultoria, e que pediu para não ser identificado. Ele explicou que no segmento B do mercado, onde estão os carros de entrada, Corsa, Palio, Fiesta, Gol, a margem de lucro não é tão grande, porque as fábricas ganham no volume de venda e na lealdade à marca. Mas nos segmentos superiores o lucro é bem maior.


O que faz a fábrica ter um lucro maior no Brasil do que no México, segundo consultor, é o fato do México ter um mercado mais competitivo. City é mais barato no México do que no Brasil por causa do drawback. Um dirigente da Honda, ouvido em off, responsabilizou o drawback, para explicar a diferença de preço do City vendido no Brasil e no México. O drawback é a devolução do imposto cobrado pelo Brasil na importação de peças e componentes importados para a produção do carro. Quando esse carro é exportado, o imposto que incidiu sobre esses componentes é devolvido, de forma que o valor base de exportação é menor do que o custo industrial, isto é: o City é exportado para o México por um valor menor do que os R$ 20,3 mil. Mas quanto é o valor dos impostos das peças importadas usadas no City feito em Sumaré? A fonte da Honda não responde, assim como outros dirigentes da indústria se negam a falar do assunto. Ora, quanto poderá ser o custo dos equipamentos importados no City? Com certeza é menor do que a diferença de preço entre o carro vendido no Brasil e no México (R$ 15 mil). A propósito, não se deve considerar que o dólar baixo em relação ao real barateou esses componentes?


A conta não bate e as montadoras não ajudam a resolver a equação. O que acontece com o Honda City é apenas um exemplo do que se passa na indústria automobilística. Apesar da grande concorrência, nenhuma das montadoras ousa baixar os preços dos seus produtos. Uma vez estabelecido, ninguém quer abrir mão do apetitoso Lucro Brasil. Ouvido pela AutoInforme, quando esteve em visita a Manaus, o presidente mundial da Honda, Takanobu Ito, respondeu que, retirando os impostos, o preço do carro do Brasil é mais caro que em outros países porque aqui se pratica um preço mais próximo da realidade. Lá fora é mais sacrificado vender automóveis. Ele disse que o fator câmbio pesa na composição do preço do carro Brasil, mas lembrou que o que conta é o valor percebido.


O que vale é o preço que o mercado paga. E por que o consumidor brasileiro paga mais do que os outros? Eu também queria entender - respondeu Takanobu Ito - a verdade é que o Brasil tem um custo de vida muito alto. Até o McDonald aqui é o mais caro do mundo. Se a moeda for o Big Mac - confirmou Sérgio Habib, que foi presidente da Citroën e hoje é importador da chinesa JAC - o custo de vida do brasileiro é o mais caro do mundo. O sanduíche custa U$ 3,60 lá e R$ 14,00 aqui. Sérgio Habib investigou o mercado chinês durante um ano e meio à procura por uma marca que pudesse representar no Brasil. E descobriu que o governo chinês não dá subsídio à indústria automobilística; que o salário dos engenheiros e dos operários chineses não é menor do que o dos brasileiros. Tem muita coisa torta no Brasil - concluiu o empresário, não é o carro. Um galpão na China custa R$ 400,00 o metro quadrado, no Brasil custa R$ 1,2 mil. O frete de Xangai e Pequim custa U$ 160,00 e de São Paulo a Salvador R$ 1,8 mil. Para o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e pela Volkswagen. As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes, donas dos maiores volumes de venda e referência do mercado, disse. Fazendo uma comparação grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez o que mais dita preço e o que mais distorce a relação custo e preço: Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços das suas bolsas?, questionou. Ele se refere ao valor percebido pelo cliente. É isso que vale.


O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil. Por que baixar o preço se o consumidor paga?, explicou o executivo. Em 2003, quando foi lançado, o EcoEsport, da Ford, não tinha concorrente. Era um carro diferente, inusitado. A Ford cobrou caro a exclusividade: segundo informações de uma fonte que tinha grande ligação com a empresa na época, e conhecia os custos do produto, o carro tinha uma margem líquida de US$ 5 mil. A montadora põe o preço lá em cima. Se colar, colou. Quando um carro não tem concorrente direto, a montadora joga o preço lá pra cima, disse um dirigente do setor. É usual, até, a fábrica lançar o carro a um preço acima do pretendido, para tentar posicionar o produto num patamar mais alto. Se colar, colou. Caso contrário, passa a dar bônus à concessionárias até reposicionar o modelo num preço que o consumidor está disposto a pagar. Um exemplo recente revela esse comportamento do mercado. A Kia fez um pedido à matriz coreana de dois mil Sportage por mês, um volume que, segundo seus dirigentes, o mercado brasileiro poderia absorver. E já tinha fixado o preço: R$ 75 mil. Às vésperas do lançamento soube que a cota para o Brasil tinha sido limitada a mil unidades. A importadora, então, reposicionou o carro num patamar superior, para R$ 86 mil. E, como já foi dito aqui: pra que vender por R$ 75 mil se tem fila de espera pra comprar por R$ 86 mil? A versão com câmbio automático, vendida a R$ 93 mil, tem fila de espera e seu preço sobe para R$ 100 mil no mercado paralelo. Cledorvino Belini, que também é presidente da Fiat Automóveis e membro do Conselho Mundial do Grupo Fiat, responsabiliza os custos dos insumos pelo alto preço do carro feito no Brasil.


Disse que o aço custa 50% mais caro no Brasil em relação a outros países e que a energia no País é uma das mais caras do mundo. A Anfavea está fazendo um Estudo de Competitividade para mostrar ao governo o que considera uma injusta concorrência da indústria instalada no Brasil em relação aos importadores. Os fabricantes consideram que o custo dos insumos encarece e prejudica a competitividade da indústria nacional.

O aço comprado no Brasil é 40% mais caro do que o importado da China, que usa minério de ferro brasileiro para a produção, revelou Belini. Ele apontou também os custos com a logística como um problema da indústria nacional e criticou a oneração do capital. É preciso que o governo desonere o capital nos três setores: cadeia produtiva, na infraestrutura e na exportação de tributos, disse. Com a crise, o setor mostrou que tem (muita) gordura pra queimar.


O preço de alguns carros baixou de R$ 100 mil para R$ 80 mil. Carros mais caros tiveram descontos ainda maiores. São comuns descontos de R$ 5 mil, 10 mil. Como isso é possível se não há uma margem tão elástica pra trabalhar? A GM vendeu um lote do Corsa Classic com desconto de 35% para uma locadora paulista, segundo um executivo da locadora em questão.


O preço unitário foi de R$ 19 mil! As montadoras tradicionais tentam evitar o óbvio, que é a perda de participação para as novas montadoras, disse José Carlos Gandini, presidente da Kia e da Abeiva, a associação dos importadores de veículos. O dólar é o mesmo pra todo mundo. As montadoras também compram componentes lá fora, e muito. Além disso, os importados já pagam uma alíquota de 35%, por isso não se trata de uma concorrência desleal, ao contrário, as grandes montadoras não querem é abrir mão da margem de lucro. Mini no tamanho, big no preço. Mini, Fiat 500, Smart são conceitos diferentes de um carro comum: embora menores do que os carros da categoria dos pequenos, eles proporcionam mais conforto, sem contar o cuidado e o requinte com que são construídos. São carros chiques, equipados, destinados a um público que quer se exibir, que quer estar na moda. Que paga R$ 60 mil por um carro menor do que o Celta que custa R$ 30 mil e já é caro. Onde estão os R$ 30 mil que o consumidor está pagando a mais pelo Smart e o Cinquecento e os R$ 70 mil a mais pelo Mini Cooper? A Mercedes-Benz, importadora do Smart, fez as contas a nosso pedido dos acessórios do minicarro.


Ele tem quatro airbags, ar-condicionado digital, freios ABS com EBD, controle de tração e controle de estabilidade. Segundo a empresa, o custo desse pacote seria em torno de R$ 20 mil, considerando os preços de equipamentos para a linha Mercedes, uma vez que o Smart já vem completo e não dispõe dos preços desses equipamentos separados. Mesmo considerando esses preços ainda não se justifica os R$ 62 mil para um carro que leva apenas duas pessoas. A Fiat vende o Cinquencento por R$ 62 mil, exatamente, e não por acaso, o mesmo preço do Smart. O carro tem sete airbags, banco de couro, ar-condicionado digital, teto solar, controle de tração, mas é menor que o Celta. Esse pacote custaria, somando os valores dos equipamentos, conforme preços divulgados pela Fiat, R$ 24 mil. Portanto, no preço cobrado, de R$ 62 mil, tem uma margem de lucro muito maior do que a de um carro comum. E quem comprar o minúsculo Mini Cooper vai pagar a pequena fortuna de R$ 105 mil. Claro que tamanho não é documento, especialmente quando se fala de carro.


Você poderia dizer que o Ferrari é do tamanho de uma Kombi. Mas o fato é que as montadoras posicionam seus produtos num determinado patamar sem levar em conta o tamanho, o tipo de uso ou o custo do produto, mas apenas o preço que o mercado paga, optando por vender mais caro em vez de priorizar o volume, ganhando na margem de lucro. Essa política pode ser válida para uma bolsa da Louis Vuitton, um produto supérfluo destinado a uma pequena parcela da elite da sociedade, ou mesmo para uma Ferrari, pra não sair do mundo do automóvel. Mas não deveria ser para um carro comum. Além disso, existem exemplos de carro muito bem equipado a preços bem mais baixos.


O chinês QQ, da Chery, vem a preço de popular mesmo recheado de equipamentos, alguns deles inexistentes mesmo em carros de categoria superior, como airbag duplo e ABS, além de CD Player, sensor de estacionamento. O carro custa R$ 22.990,00, isso porque o importador sofreu pressão das concessionárias para não baixar o preço ainda mais. A ideia original - disse o presidente da Chery no Brasil, Luiz Curi - era vender o QQ por R$ 19,9 mil. Segundo Curi, o preço do QQ poderá chegar a menos de R$ 20 mil na versão 1.0 flex, que chega no ano que vem. Hoje o carro tem motor 1.1 litro e por isso recolhe o dobro do IPI do 1000cc, ou 13%, isso além dos 35% de Imposto Importação.


As fábricas reduzem os custos com o aumento da produção, espremem os fornecedores, que reclamam das margens limitadas, o governo reduz imposto, como fez durante a crise, as vendas explodem e o Brasil se torna o quarto maior mercado do mundo. E o Lucro Brasil permanece inalterado, obrigando o consumidor a comprar o carro mais caro do mundo.
Lucro Brasil faz consumidor pagar o carro mais caro do mundo
Por que baixar o preço se o consumidor paga? pergunta um executivo de montadora.


Texto: Joel Leite/AutoInforme
Fonte: http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/yahooNoticiaConteudo.vxlpub?hnid=45643