O comando da Polícia Militar do Rio abriu processo interno contra 73 PMs apontados como "simpatizantes da greve" iniciada na quinta-feira e encerrada anteontem.
A medida pode resultar na expulsão dos policiais da corporação.
Ontem, o governo do Estado decidiu encaminhar à Justiça pedido para que os policiais militares e bombeiros presos em Bangu 1 sejam encaminhados para presídios militares.
Afirmou, em nota, que "diante do fim das ameaças à manutenção da ordem pública" decidiu pedir à Justiça a transferência dos detidos.
Dos 73 PMs que passarão pelo chamado conselho disciplinar, 71 emitiram em redes sociais ou blogs opiniões em favor da paralisação.Dois deles vão responder por terem estacionado o carro de polícia para tomar banho de mar no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, no primeiro dia da greve.
O comando da corporação entendeu que eles foram simpatizantes ao movimento.Dois casos serão conduzidos pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, pois envolvem dois tenentes-coronéis. Um deles postou numa rede social opinião favorável ao movimento.
"É AUTORITARISMO"
Apesar do fim do protesto, o setor de inteligência da Polícia Militar continua monitorando as redes sociais para acompanhar as opiniões dos policiais."Isso é autoritarismo.
Opinar é um direito legítimo e todos têm o direito de se manifestar de alguma forma. Eles não podem participar da greve, mas o comandante da PM ganhou carta branca para agir e punir", afirmou Vanderlei Ribeiro, da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio.
Todos os 73 policiais perdem a arma e a carteira de policial. A Polícia Militar emitirá uma carteira de identificação temporária para cada um deles.
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