A CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃ PÚBLICA AGORA É ORGANIZADA,QUASE PARTIDARIZADA.UMA BARBARIDADE INACEITÁVEL. OS POLÍTICOS NÃO CONHECEM NEM O ÓDIO, NEM O AMOR. SÃO CONDUZIDOS PELO INTERESSES E NÃO PELO SENTIMENTO.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Supremo deve voltar a julgar hoje Lei da Ficha Limpa
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Responda me: que Brasil é este?
Prefeitos e vereadores [alguns] por este país afora, envolvidos com casos de pedofilia, corrupção…
Dizem que a inflação esta sob controle, mas o coitado do trabalhador assalariado, quase sofre um ataque cardíaco quando entra no supermercado, na farmácia…
Num país, onde a orientação do ‘MEC’ é de aceitar alunos falando errado, pois é necessário respeitar a forma popular e regional de se comunicarem. Onde, livros ensinando crianças a fazerem sexo são distribuídos nas escolas públicas. Para passar de ano, não mais se faz necessário saber, pois independente de se aprender ou não, o aluno não pode ser reprovado…
Onde a política de segurança pública é soltar presos, desvalorizando o policial e ignorando a população…
País onde o trabalhador ao final de 30 dias trabalhados recebe R$ 545,00 de salário mínimo, e o bandido, que matou, traficou, estuprou e por aí vai, é premiado pelo governo, pois recebe, enquanto preso, um famigerado auxílio-reclusão de mais de R$ 862,60 por mês [http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22], além de serem agraciados com saídas temporárias em datas comemorativas [muitos não retornam e vários aproveitam para cometer novos crimes], e os que ficam recebem festas patrocinadas com dinheiro público…
Onde governantes [a toque de caixa] aumentam os próprios salários, mas, ao mesmo tempo, descumprem leis e não repõem as perdas salariais dos funcionários públicos, promovendo assim, um verdadeiro estelionato governamental…
Onde a Saúde se encontra na UTI, e a população morrendo nas filas esperando pelo atendimento…
Lei Seca que só vale para pobres, pois os afortunados sempre escapam, deixando para trás, um rastro de destruição e dor. Onde os próprios legisladores, quando flagrados ‘bêbados’ ao volante, se negam a fazer o teste e invocam o ‘direito’ constitucional de não serem obrigados a produzir provas contra si mesmo…
Onde alguns ‘estudantes’ promovem uma verdadeira baderna e sitiam uma faculdade [USP] inteira, só para poderem usar ‘maconha’ livremente, exigindo a retirada do Estado de Direito na figura da Polícia Militar de suas dependências…
Onde nossa Corte Maior, o STF, na ausência total do Congresso Nacional [que na sua maioria, estão mais preocupados com seus salários], em nome de uma ‘liberdade de expressão’, legaliza a marcha da maconha, sendo que é sabido por todos, que por trás da venda e consumo de drogas, estão verdadeiras facções criminosas que ao longo de décadas, estão dia a dia, aniquilando nossas famílias…
Bom, poderia passar o resto dos meus dias, escrevendo e demonstrando neste espaço, vários outros fatos de desrespeito coletivo patrocinados por nossos governantes, que se esquecem da maioria em nome de uma minoria…
Em respeito ao povo de bem deste país, e me valendo do verdadeiro sentido do texto constitucional, onde nos assegura o ‘Direito a Liberdade de Expressão’, digo: nossa ‘Democracia está à beira da Anarquia geral!’
Com a palavra, você.
Washington Luiz de Sousa Nogueira é jornalista, instrutor de auto, policial civil do Estado de Goiás
http://routenews.com.br/index/?p=9572
Prejuízo com corrupção pode chegar a R$ 85 bi anuais
O efeito nocivo da corrupção sobre a competitividade brasileira vai muito além de uma questão moral e pode ser traduzido em números. Estudos realizados por instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) revelam que os desvios de recursos públicos custam ao país perdas de bilhões de reais a cada ano. A Fiesp estima que o prejuízo pode chegar a até R$ 85 bilhões anuais.
As duas instituições utilizaram metodologias diversas para os cálculos e análises, mas a conclusão comum é que o uso ilegal do dinheiro público reduz significativamente o nível de investimento na economia e tem impactos negativos sobre educação e saúde, ou seja, alguns dos principais itens que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
As contas do economista Marcos Fernandes, da FGV, foram feitas com base em dados da Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal e Tribunal de Contas da União (TCU) e apontam que, entre 2002 e 2008, houve desvios de R$ 40 bilhões de “contratos em geral” do governo. “Mas o custo da corrupção é bem maior se medido em termos do que não se fez com esses recursos, em termos investimentos em infraestrutura, saúde pública e desenvolvimento social em geral.”
José Ricardo Roriz Coelho, diretor titular de competitividade e tecnologia da Fiesp, lamenta que o custo médio anual da corrupção no Brasil esteja em torno de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, entre R$ 50 bilhões (um cenário considerado mais realista) e R$ 84,5 bilhões, segundo os dados da economia brasileira relativos a 2010. “A corrupção torna um país mais caro de produzir e menos atraente para investimentos, mantém a nossa Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em patamar reduzido”, afirma.
A Fiesp fez os cálculos comparando o Brasil com uma cesta de países selecionados, como Coreia do Sul, Costa Rica, Japão, Chile, Espanha, Irlanda, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Canadá, Cingapura, e Finlândia. Levando-se em conta as perdas de R$ 50 bilhões estimadas a cada ano, seria possível construir 918 mil casas populares na segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida. O valor seria suficiente também para pagar R$209,9 milhões de bolsas família ou para comprar 160 milhões de cestas básicas.
As contas de Marcos Fernandes também geram uma lista de possibilidades de investimentos abortadas pela corrupção. Se os recursos perdidos entre 2002 e 2008 tivessem sido deslocados para a infraestrutura de transporte, por exemplo, o crescimento do PIB desse setor seria 0,8% maior a cada ano. As pistas para sair do labirinto de irregularidades estão na transparência, segundo acredita o economista da FGV. Ele defende a “transparência total das contas públicas”, com dados mais abertos e detalhados.
Fernandes ressalta que o país já dispõe de leis que regem a transparência no acompanhamento da execução orçamentária e nas licitações, ou seja, garantem todo um aparato institucional para tornar a contabilidade pública transparente para o cidadão comum. O importante é que a sociedade fiscalize. Outra sugestão do economista da FGV é a redução do número de ministérios e cargos de confiança e a utilização do leilão eletrônico para todas as esferas de poder, inclusive o Judiciário.
Marcos Fernandes alerta que, ainda que a corrupção seja um problema grave para a competitividade, o Brasil não está, comparativamente ao resto do mundo, no fundo do poço. Segundo ele, estudos de percepção de corrupção mostram o Brasil numa posição intermediária, “não tão ruim, algo como uma nota cinco em uma escala de zero a 10″. Roriz, da Fiesp, acredita que a corrupção zero é uma meta utópica em todo o mundo e que, por isso, a instituição coloca, em seus estudos, o Brasil frente a nações “com um nível de corrupção não aceitável, mas um pouco menos grave”.
28/11/2011 12:22, Por Redação, com vermelho.com
http://correiodobrasil.com.br/prejuizo-com-corrupcao-pode-chegar-a-r-85-bi-anuais-2/334140/
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Muitos políticos, pouca vergonha
Fernando Bandeira
É nosso dever como cidadãos não só nos preocupar com os excluídos deste País, mas principalmente, cobrarmos daqueles que foram eleitos e são regiamente pagos (pagos talvez não seja o termo adequado...) para solucionar os nossos problemas sociais. A maioria, além do salário, tem gratificação extra-polpuda mais conhecida na política e na polícia como falcatrua. Além do mais, o lado podre da política brasileira é o maior responsável pela miséria e pelo aumento significativo de mendigos que povoam esta Pátria Mãe e que há muitos anos nos envergonha através dos maus filhos políticos que mamam em berço esplêndido em suas tetas. Será que somos um povo pacífico ou nos aproximamos da perigosa fronteira da covardia, ou não temos dignidade de tanto baixarmos a cabeça e aceitarmos durante anos a fio desculpas esfarrapadas dos nossos presidentes, dos governadores, senadores, deputados, prefeitos, enfim, de todos que foram eleitos para mudarem a face sofredora, triste, incrédula, estupefata e sem esperança dos filhos envergonhados desta nação chamada Brasil? Os veículos de comunicação noticiam o "Pedro" como desonesto, o filho do "Pedro" também, a mulher do filho do "Pedro" idem, e o Brasil elege novamente figuras como Paulo Maluf, Collor de Melo e muitos outros menos votados; a lista é imensa. Quem votou nessa gente certamente perdeu a memória, ou ganhou muito "volume" nos bolsos, ou não sabe votar. Não há outra explicação! Quando você, caro leitor, vota num senador, deputado, governador ou vereador, todos despreparados, mal intencionados e/ou corruptos comprovados, você com certeza poderá votar também (o que é pior) num candidato a presidente totalmente despreparado para o cargo. Neste caso não poderá reclamar da infelicidade que será sua vida e da sua família: você ajudou a eleger a nata da porcaria brasileira. A solução para os nossos principais problemas: corrupção, desemprego/renda, moradia, saúde, educação e segurança, está no saber votar. Apesar de estarmos um pouco distante das próximas eleições, nunca é cedo para falarmos de um assunto tão importante para todos. Uma nação torna-se grande pelo trabalho e através do exemplo explícito, honesto e correto dos seus filhos.
postado em recanto das letras por Bandeira Costa
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3347325
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Pensamentos e sonhos sobre o Brasil
-------------------Detalhe da tela "Operários", de Tarsila do Amral, de 1933
1. O povo brasileiro se habituou a “enfrentar a vida” e a conseguir tudo “na luta”, quer dizer, superando dificuldades e com muito trabalho. Por que não iria “enfrentar” também o derradeiro desafio de fazer as mudanças necessárias, para criar relações mais igualitárias e acabar com a corrupção?
2. O povo brasileiro ainda não acabou de nascer. O que herdamos foi a Empresa-Brasil com uma elite escravagista e uma massa de destituídos. Mas do seio desta massa, nasceram lideranças e movimentos sociais com consciência e organização. Seu sonho? Reinventar o Brasil. O processo começou a partir de baixo e não há mais como detê-lo.
3. Apesar da pobreza e da marginalização, os pobres sabiamente inventaram caminhos de sobrevivência. Para superar esta anti-realidade, o Estado e os políticos precisam escutar e valorizar o que o povo já sabe e inventou. Só então teremos superado a divisão elites-povo e seremos uma nação una e complexa.
4. O brasileiro tem um compromisso com a esperança. É a última que morre. Por isso,tem a certeza de que Deus escreve direito por linhas tortas. A esperança é o segredo de seu otimismo, que lhe permite relativizar os dramas, dançar seu carnaval, torcer por seu time de futebol e manter acesa a utopia de que a vida é bela e que amanhã pode ser melhor.
5. O medo é inerente à vida porque “viver é perigoso” e sempre comporta riscos. Estes nos obrigam a mudar e reforçam a esperança. O que o povo mais quer, não as elites, é mudar para que a felicidade e o amor não sejam tão difíceis.
6. O oposto ao medo não é a coragem. É a fé de que as coisas podem ser diferentes e que, organizados, podemos avançar. O Brasil mostrou que não é apenas bom no carnaval e no futebol. Mas também bom na agricultura, na arquitetura, na música e na sua inesgotável alegria de viver.
7. O povo brasileiro é religioso e místico. Mais que pensar em Deus, ele sente Deus em seu cotidiano que se revela nas expressões: “graças a Deus”, “Deus lhe pague”, “fique com Deus”. Deus para ele não é um problema, mas a solução de seus problemas. Sente-se amparado por santos e santas e por bons espíritos e orixás que ancoram sua vida no meio do sofrimento.
8. Uma das características da cultura brasileira é a alegria e o sentido de humor, que ajudam aliviar as contradições sociais. Essa alegria nasce da convicção de que a vida vale mais do que qualquer coisa. Por isso deve ser celebrada com festa e diante do fracasso, manter o humor. O efeito é a leveza e o entusiasmo que tantos admiram em nós.
9. Há um casamento que ainda não foi feito no Brasil: entre o saber acadêmico e o saber popular. O saber popular nasce da experiência sofrida, dos mil jeitos de sobreviver com poucos recursos. O saber acadêmico nasce do estudo, bebendo de muitas fontes. Quando esses dois saberes se unirem, seremos invencíveis.
10. O cuidado pertence à essência de toda a vida. Sem o cuidado ela adoece e morre. Com cuidado, é protegida e dura mais. O desafio hoje é entender a política como cuidado do Brasil, de sua gente, da natureza, da educação, da saúde, da justiça. Esse cuidado é a prova de que amamos o nosso pais.
11. Uma das marcas do povo brasileiro é sua capacidade de se relacionar com todo mundo, de somar, juntar, sincretizar e sintetizar. Por isso, ele não é intolerante nem dogmático. Gosta e acolhe bem os estrangeiros. Ora, esses valores são fundamentais para uma globalização de rosto humano. Estamos mostrando que ela é possível e a estamos construindo.
12. O Brasil é a maior nação neolatina do mundo. Temos tudo para sermos também a maior civilização dos trópicos, não imperial, mas solidária com todas as nações, porque incorporou em si representantes de 60 povos que para aqui vieram. Nosso desafio é mostrar que o Brasil pode ser, de fato, um pedaço do paraíso que não se perdeu.
Leonardo Boff é teólogo e escritor.
http://correiodobrasil.com.br/pensamentos-e-sonhos-sobre-o-brasil/330981/
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Que tal não roubar?
“O que transformou a Esplanada dos Ministérios numa máquina de moer ministros não foi uma mudança no padrão de comportamento da imprensa”
Rudolfo Lago.
http://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunistas/que-tal-nao-roubar/
Para todos os governos brasileiros a partir da redemocratização do país, há um escândalo de corrupção cuja origem foi uma denúncia feita pela imprensa. Um somente, não. Seguramente, mais de um, para não dizer vários. Nenhum governo foi poupado. Esta é a verdade.
Para que não vire um aborrecido compêndio das mazelas públicas recentes de nosso país, vamos relembrar aqui um caso apenas de cada governo. Vamos a eles:
Governo Sarney: A troca de concessões de rádio pelos votos que derrubaram no segundo turno da Constituinte o parlamentarismo e concederam a José Sarney mais um ano de mandato, na criação do Centrão, o grupo parlamentar fisiológico cuja máxima, criada pelo falecido Roberto Cardoso Alves, era “é dando que se recebe”.
Governo Collor: O caso PC Farias, que resultou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor, e que dispensa maiores apresentações. Para quem deseja detalhes do importantíssimo papel da imprensa nesse episódio da nossa história, sugere-se a leitura de Notícias do Planalto, de Mário Sérgio Conti.
Governo Itamar: O escândalo dos anões do Orçamento, sobre o qual eu, modestamente, tive participação importante na denúncia como jornalista, junto com minha parceirinha Denise Rothenburg. Regina Echeverria, na sua biografia de José Sarney, atribui a mim a invenção da expressão “anões do orçamento”. Por dever de honestidade, explico que não a inventei – o apelido já era usado por alguns no Congresso. Mas, talvez, tenha sido o primeiro a publicá-la.
Primeiro governo Fernando Henrique: O escândalo da compra de votos para aprovar a reeleição de Fernando Henrique, denunciado por Fernando Rodrigues na Folha de S. Paulo.
Segundo governo Fernando Henrique: O caso dos precatórios do DNER. O caso levou à extinção da autarquia e à criação da Controladoria Geral da União (CGU), que pode até ter defeitos, mas é, sem dúvida, um importante avanço no controle interno do Executivo. Também tive uma participação importante nessa história, com meus parceiros Olímpio Cruz Neto e a mesma Denise Rothenburg.
Primeiro governo Lula: O mensalão. Outro caso que dispensa maiores apresentações, que resultou na transformação em réus de figurões da República e do PT, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, e que está para ser julgado pelo STF.
Segundo governo Lula: O caso Erenice Guerra. Braço direito de Dilma Rousseff, sua substituta na Casa Civil quando ela saiu para disputar a Presidência, Erenice praticou tráfico de influência para beneficiar a contratação de empresas.
O que se quer demonstrar aqui é que a construção por alguns do discurso de que a imprensa resolveu agora adotar um padrão denuncista para colecionar demissões de ministros e manter em crise permanente o governo Dilma Rousseff é uma aposta arriscada na falta de memória. Uma aposta que não cola neste colunista e naqueles que vierem a ler as suas linhas. O que transformou a Esplanada dos Ministérios numa máquina de moer ministros não foi uma mudança no padrão de comportamento da imprensa. Quem mudou de padrão de comportamento gerando tal situação foi o governo.
Há duas situações que correm em paralelo. Por seu lado, a elite política brasileira tem, de um modo geral, o vício de se apropriar sem cerimônia do que é público. Isso vem desde a colonização, quando os portugueses resolveram lotear o Brasil, concedendo a cada capitão hereditário um latifúndio – isso já se disse aqui. Na sua faceta mais inocente, usa-se carro oficial para levar a madame ao supermercado. Na faceta mais danosa, superfaturam-se obras, fraudam-se convênios com ONGs, embolsa-se sempre uma parte do dinheiro público. Quando os políticos não enriquecem individualmente com isso, seus partidos utilizam-se de tais esquemas para se financiarem. Isso, infelizmente, virou a regra.
E a imprensa brasileira, por seu lado, estabeleceu há muito tempo como padrão não considerar isso normal. A pauta que se centra na denúncia dos casos de corrupção não é absolutamente nenhuma novidade nos jornais brasileiros. Imaginá-la golpista é ignorar todos os outros aspectos da consolidação democrática brasileira. Nenhuma das denúncias de corrupção desestabilizaram governos por meio de golpe. E nada indica que as próximas provocarão isso. Em apenas um caso, um governo foi deposto, mas pelos meios democráticos previstos na Constituição. Se alguém, por conta de suas conveniências mais recentes, passou a julgar o impeachment de Collor um acidente de percurso, é algo que só se pode lamentar.
É meio difícil enxergar também algo de negativo no fato de a imprensa brasileira ocupar-se de denunciar casos de corrupção. Os casos – ou, pelo menos, a imensa maioria deles – não são inventados. Pelo menos, nenhum dos recentes denunciados no governo Dilma. A opção seria saber dos casos e nada publicar? Além disso, há diversos avanços na fiscalização pública brasileira que podem ser atribuídos ao trabalho da imprensa.
Aí acima, mencionou-se um: a criação da CGU após a denúncia do escândalo dos precatórios do DNER. Mas há outros. A farra de distribuição de emissoras de rádio por Sarney tornou mais rigoroso o critério de concessão. A utilização pelos jornalistas das informações do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) levou à criação pelo governo do Portal da Transparência. O governo agora está suspendendo os convênios com ONGs para estudar critérios mais rígidos de acompanhamento (e já tinha tomado desde o ano passado algumas medidas nesse sentido). E se Dilma está substituindo ministros envolvidos em corrupção em vez de passar a mão nas suas cabeças, isso também é um avanço.
Isso gera problemas e dores de cabeça para o governo? Certamente que gera. Mas a melhor forma de reparar isso é pedir à imprensa que pare de denunciar? Não seria mais lógico pedir àqueles que lidam com o dinheiro público que parem de roubar?
A CORRUPÇÃO NO BRASIL
Considero louvável a atitude destes nossos irmãos e patrióticos brasileiros, preocupados com os danos impostos ao nosso povo.
Ainda muito jovem participei de centenas de Movimentos dessa natureza, escrevi centenas de poemas e matérias combatendo, criticando corruptos e estive em mais de 40 cidades brasileiras participando de Atos cívicos contra a corrupção e em defesa da liberdade de expressão e democracia.
Participei e até liderei greves na ferrovia brasileira nos anos 80 e 90, contra um dos processos de privatização mais viciados e vergonhosos de nossa moderna história, é claro, paguei um preço um tanto alto pela minha ousadia em criticar a ditadura militar e mesmo os governos civis de Collor, Itamar, Sarney, Lula etc... Estive preso, fui submetido a injeções "sossega leão", fui desligado de curso militar, perdi carreira militar de fuzileiro devido a prisão e outras punições, mais tarde fui compelido, ou seja, obrigado a pedir exoneração de emprego público federal obtido através de concurso público e por fim demitido por ‘justa causa’ da RFFSA e tive o mandato sindical cassado pelo governo brasileiro que controlava a ferrovia. Por ter me desfiliado do PT e ter criticado duramente Lula e outros "companheiros" enfrento resistencia no governo brasileiro para concessão de minha Anistia Politica e reastauração de danos materiais e profissionais sofridos.
Apesar de todo o drama, todas as dificuldades materiais, de saúde, familiares e financeiras, jamais me arrependi dos meus atos de resistência, embora nos dias atuais, receba críticas de amigos e familiares que acreditam que eu teria uma vida muito melhor e teria condições de dar maior assistência aos meus filhos se não tivesse me
metido nessas lutas., dizem "inglórias".
O que digo é o seguinte: “...Quem vai a uma guerra sabe que pode ser ferido e até morto...” , muitos amigos e defensores dos interesses mais legítimos da cidadania acabaram em situação pior, foram esquecidos e muitos até perderam a própria vida.
Aos jovens lutadores e a resistência brasileira que luta por uma nação justa e digna, tenho a dizer que devem estudar bastante e procurar entender como se processa a corrupção no Brasil, aprendam a observar melhor e conhecer de fato quem são e como agem os corruptos, o povo deve saber quem é de fato corrupto e entender que existe a criminalização “armada” para tirar pessoas do caminho de bandidos que apesar de tudo, mantem a peso de ouro a “ficha limpa”, ocupam cargos de relevância por anos a fio e ainda são homenageados publicamente por outros de seus iguais. É necessário que se ensine o povo pobre e humilde a não vender o seu voto a troco de “ merda “, pois essa é a principal via dos corruptos rumo aos parlamentos: municipais, estaduais e a Camara e Senado e mesmo aos executivos do país , lembrem-se do que falou a Ministra Calmon do Conselho Nacional de Justiça, há bandidos escondidos atrás de togas de juízes. Sem conhecer o inimigo jamais se vence uma guerra!. Com um estudo e investigação séria sobre enrtiquecimento ilícito no Brasil, chegaríamos a mais de 95% dos politicos e empresários corruptos do Brasil.
A vitória contra a corrupção será a vitória da Nação.
Manoel Vitorio
Campo Grande/MS - Brasil, 54 anos
email:mano.do@zipmail.com.br
Perfil do corrupto
Manifestações públicas em várias cidades exigem o fim do voto secreto no Congresso; o direito de o CNJ investigar e punir juízes; a vigência da Ficha Limpa nas eleições de 2012; e o combate à corrupção na política.
foto ilustrativadas das manifestações pelo Brasil contra corrupção
Por que há tanta corrupção no Brasil? Temos leis, sistema judiciário, polícias e mídia atenta. Prevalece, entretanto, a impunidade – a mãe dos corruptos. Você conhece um notório corrupto brasileiro? Foi processado e está na cadeia?
O corrupto não se admite como tal. Esperto, age movido pela ambição de dinheiro. Não é propriamente um ladrão. Antes, trata-se de um requintado chantagista, desses de conversa frouxa, sorriso amável, salamaleques gentis. Anzol sem isca peixe não belisca.
O corrupto não se expõe; extorque. Considera a comissão um direito; a porcentagem, pagamento por serviços; o desvio, forma de apropriar-se do que lhe pertence; o caixa dois, investimento eleitoral. Bobos aqueles que fazem tráfico de influência sem tirar proveito.
foto ilustrativa das manifestações pelo Brasil contra corrupção
Há vários tipos de corruptos. O corrupto oficial se vale da função pública para extrair vantagens a si, à família e aos amigos. Troca a placa do carro, embarca a mulher com passagem custeada pelo erário, usa cartão de crédito debitável no orçamento do Estado, faz gastos e obriga o contribuinte a pagar. Considera natural o superfaturamento, a ausência de licitação, a concorrência com cartas marcadas.
Sua lógica é corrupta: “Se não aproveito, outro sai no lucro em meu lugar”. Seu único temor é ser apanhado em flagrante. Não se envergonha de se olhar no espelho, apenas teme ver o nome estampado nos jornais e a cara na TV.
O corrupto não tem escrúpulo em dar ou receber caixas de uísque no Natal, presentes caros de fornecedores ou patrocinar férias de juízes. Afrouxam-no com agrados e, assim, ele relaxa a burocracia que retém as verbas públicas.
Há o corrupto privado. Jamais menciona quantias, tão somente insinua. É o rei da metáfora. Nunca é direto. Fala em circunlóquios, seguro de que o interlocutor sabe ler nas entrelinhas.
O corrupto “franciscano” pratica o toma lá, dá cá. Seu lema: “quem não chora, não mama”. Não ostenta riquezas, não viaja ao exterior, faz-se de pobretão para melhor encobrir a maracutaia. É o primeiro a indignar-se quando o assunto é a corrupção.
O corrupto exibido gasta o que não ganha, constrói mansões, enche o pasto de bois, convencido de que puxa-saquismo é amizade e sorriso cúmplice, cegueira.
O corrupto cúmplice assiste ao vídeo da deputada embolsando propina escusa e ainda finge não acreditar no que vê. E a absolve para, mais tarde, ser também absolvido.
O corrupto previdente fica de olho na Copa do Mundo, em 2014, e nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Sabe que os jogos Pan-americanos no Rio, em 2007, orçados em R$ 800 milhões, consumiram R$ 4 bilhões.
fotos das manifestaçoes pelo Brasil a fora contra corrupção
O corrupto não sorri, agrada; não cumprimenta, estende a mão; não elogia, incensa; não possui valores, apenas saldo bancário. De tal modo se corrompe que nem mais percebe que é um corrupto. Julga-se um negocista bem-sucedido.
O corrupto é cheio de dedos, encosta-se nos honestos para se lhe aproveitar a sombra, trata os subalternos com uma dureza que o faz parecer o mais íntegro dos seres humanos.
Enquanto os corruptos brasileiros não vão para a cadeia, ao menos nós, eleitores, ano que vem podemos impedi-los de serem eleitos para funções públicas.
Frei Betto é escritor e assessor de movimentos sociais, autor do romance “Minas do Ouro” (Rocco), entre outros livros. twitter: @freibetto
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
CORPORATIVISMO - DEPUTADOS FEDERAIS PREPARAM NOVO AUMENTO PARA SEUS SERVIDORES
Um ano e meio depois de obterem um aumento de até 40%, os 15.068 servidores da Câmara podem conseguir outro, desta vez de até 39%. A negociação não está fechada, porque os deputados acertam detalhes com o sindicato da categoria, que inclui o pagamento de uma dívida de gratificações pendentes desde janeiro deste ano. Só o novo plano de carreira custará R$ 207 milhões por ano, cerca de 7% a mais na folha de pagamento da Casa. Além disso, a diferença nas gratificações de representação (GR) soma um débito de aproximadamente R$ 300 milhões. A justificativa para um novo aumento é que o anterior não deu certo e que, ainda assim, a atual proposta não equipara os rendimentos na Câmara aos do Senado.
Segundo o relator do Projeto de Lei 2167/11, Paulinho da Força (PDT-SP), o aumento mínimo será de 20% e o máximo, de 39%. Ele informa que os maiores salários terão os menores reajustes. O plano aprovado no ano passado elevou os rendimentos de nível superior para até R$ 17 mil. Com os 20% anunciados por Paulinho, esse salários devem chegar a R$ 20.400 por mês.
FORÇA DE TRABALHO - Quantidade de funcionários da Câmara (Tipo- Quantidade)
- Secretários parlamentares* (CCs sem concurso público) - 10.227
- CNEs* (CCs sem concurso público) - 1.291
- Efetivos - 3.550
- TOTAL - 15.068
Isso não significa que a Câmara não pague salários acima do teto constitucional, hoje fixados em R$ 26.723. Quando a Justiça Federal ordenou o corte no pagamento de rendimentos extras, em julho, dois funcionários da Casa, um deles aposentado, recorreram reclamando do salário a menor. Depois o Tribunal Regional Federal da 1ª Região acabou suspendendo a primeira decisão, o que ainda será julgada. Assim como o Senado, a Câmara sustenta que cumpre a lei porque os cargos comissionados, que integram os vários “penduricalhos” nos contracheques, não deveriam entrar na conta do teto constitucional.
O projeto de lei eleva os salários dos servidores efetivos e dos ocupantes de cargos de natureza especial (CNE). Agora, os secretários parlamentares, que são cargos comissionados assim como os CNEs, poderão ter reajustes. Em 2010, ficaram sem nada. Porém, o reajuste deles depende de acerto pessoal com o deputado para o qual trabalham e deve ficar dentro da verba de R$ 60 mil disponível para cada gabinete. Pelo menos por enquanto, o projeto não fala em aumentar essa verba, que, no passado, foi reajustada por decisão da Mesa. Sem reajuste da verba, não há impacto orçamentário com mudanças para os secretários parlamentares.
O QUE DIZ O PROJETO
Vinculação
A proposta também acaba com a vinculação entre os salários dos deputados e dos servidores. A Gratificação de Representação (GR) pode dar ao funcionário até 30% do rendimento do deputado. Este ano, o salário dos parlamentares subiu de R$ 16 mil para R$ 26.723, mas os servidores da Câmara não ganharam a diferença. No Senado, também não, mas porque o plano de carreira aprovado em 2010 já tinha quebrado esse vínculo.
De acordo com Paulinho, o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis) aceita acabar com a GR atrelada à remuneração dos políticos, desde que a Câmara pague o “esqueleto” dos R$ 300 milhões acumulados este ano. Caso não haja o pagamento da dívida e o plano seja aprovado, os funcionários ameaçam recorrer à Justiça para endurecer com a direção da Câmara.
O presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), concorda com o pagamento do “esqueleto”, mas, assim como dirigentes de recursos humanos ouvidos pelo Congresso em Foco, entende que não existe dinheiro para fazer isso agora. “Isso a Câmara vai ter que pagar um dia. É lei. Tem de ser pago”, afirmou ele ao site na semana passada.
O projeto foi feito pela Mesa Diretora, meio a contragosto do sindicato dos servidores, que queria ser ouvido antes de ser apresentado. Mas Paulinho aguarda receber deles um substitutivo com uma proposta ainda mais vantajosa. Os funcionários querem reduzir de dez para oito o número de padrões para se ascender na carreira. Hoje, são 15 padrões para analistas e 29 para técnicos. O projeto reduz para dez. Com o substitutivo dos servidores, Paulinho deve fazer um relatório acatando algumas modificações no texto mais favoráveis aos funcionários.
De acordo com Paulinho, se houver o pagamento do esqueleto, além de não haver ação na Justiça contra a Câmara, é possível negociar um aumento ligeiramente menor. De qualquer forma, os deputados aguardam um novo texto escrito pelos funcionários. “Esse movimento agora é capitaneado pelo Sindilegis”, explicou o diretor-geral da Câmara, Rogério Ventura, em entrevista à TV do sindicato publicada na internet em outubro.
Passada essa fase, a negociação vai voltar à Mesa. Paulinho já procurou Marco Maia e o primeiro secretário, Eduardo Gomes (PSDB-TO), e apresentou todos os problemas. O presidente da Câmara disse que ainda não sabe como equacionar o problema do esqueleto. Gomes acha que a chance de a matéria ser aprovada este ano é remota.
Procurados desde 26 de outubro, os dirigentes do Sindilegis não se manifestaram para confirmar ou negar as posições atribuídas à entidade.
Plano anterior falhou, dizem deputados. Parlamentares atribuem necessidade de aprovar no plano de carreira a falhas no projeto aprovado em 2010. Segundo eles, mesmo com mudanças, salários na Câmara não acompanham os do Senado - POR EDUARDO MILITÃO - CONGRESSO EM FOCO, 16/11/2011 07:02
Em sua justificativa, os deputados da Mesa da Câmara dizem que o novo aumento para os funcionários, um ano e meio após a aprovação do último, se deve a falhas no plano de carreira de 2010. “Muitos candidatos aprovados em concursos desta Casa (…) continuam desistindo de tomar posse no cargo”, afirmam os deputados. A Lei 12.256/10 não conseguiu acabar com esse desinteresse.
Mesmo assim, a proposta não vai aumentar os salários nos níveis do Senado. Existem restrições financeiras, segundo os deputados que assinam a justificativa, como o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e o primeiro secretário, Eduardo Gomes (PSDB-TO).
O Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis) fala em “distorções” no plano passado. Como mostrou o Congresso em Foco, os técnicos legislativos pressionaram os sindicalistas e a Mesa porque alguns tiveram redução salarial ao perderem elevações de padrão de remuneração quando obtinham cargos em comissão. Outra medida para corrigir isso foi um projeto de resolução apresentado pela Mesa, que muda os padrões dos servidores técnicos.
Se for aprovado, seu efeito prático será conceder aumentos de aproximadamente 70% para esta categoria, informou o diretor de recursos humanos da Câmara, Milton Pereira Filho. Por outro lado, a aprovação dessa futura resolução obrigaria a mudar o projeto de lei do plano de carreira.
Especialização
Outra distorção apontada pelos deputados na justificativa do projeto foi o adicional de especialização. Incluída no projeto do ano passado, a medida foi parcialmente vetada depois que reportagem do Congresso em Foco mostrou que os funcionários seriam beneficiados mesmo se só cumprissem o que lhes era exigido no concurso público. O projeto procura restabelecer a lógica do adicional, mas sem premiar o funcionário apenas por ter diploma de curso superior, se isso lhe foi exigido ao entrar na carreira, por exemplo.
Eduardo Gomes disse ao Congresso em Foco que as resistências orçamentárias da presidente Dilma Rousseff a aumentos ao funcionalismo não devem atrapalhar o andamento da matéria. “A Comissão de Constituição e Justiça aprovou a criação de 1.800 cargos. Existe muito mais discurso do que prática”, avaliou. Entretanto, Gomes acha remota a possibilidade de a matéria ser aprovada este ano.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
PMDB, PSD e PR são os partidos que reúnem os parlamentares com maior patrimônio declarado. Veja a distribuição patrimonial entre as legendas no Congresso - POR EDSON SARDINHA, CONGRESSO EM FOCO, 14/11/2011 07:00
Quando trocou há um mês o PR pelo PMDB, de olho nas eleições municipais, o deputado Sandro Mabel (GO) não alterou apenas a composição de duas bancadas. Provocou a inversão de posições no ranking dos partidos que reúnem os congressistas mais ricos da atual legislatura: o PMDB tomou a liderança do PR, que caiu para a terceira colocação, antes ocupada pelos peemedebistas. Entre eles, aparece o estreante PSD, dono da segunda representação mais endinheirada no Congresso.
O PMDB, agora de Mabel, é também o partido que reúne o maior número de parlamentares com mais de R$ 1 milhão. Dos 110 peemedebistas que passaram pelo Congresso nesta legislatura, 49 acumulam bens avaliados em mais de seis dígitos. Os representantes do partido concentram R$ 408 milhões. O mais rico deles é o mineiro Newton Cardoso, com fortuna declarada de R$ 77,9 milhões. Os valores se referem aos bens declarados pelos parlamentares à Justiça eleitoral no momento de registrar suas respectivas candidaturas.
O PSD, criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acumula R$ 367,2 milhões, distribuídos entre seus 58 deputados e senadores. Boa parte dessa fortuna, R$ 240 milhões, está nas mãos de um único deputado, o usineiro João Lyra (PSD-AL), dono da maior fortuna na atual legislatura. O Grupo João Lyra é formado por dez empresas dos ramos da agroindústria sucroalcooleira e de fertilizantes e adubos. Possui também concessionária de automóvel, empresa de táxi aéreo e um hospital. A mais valiosa de suas empresas é a Laginha Agroindustrial, avaliada em R$ 196 milhões. Ao todo, 34 parlamentares do PSD têm mais de R$ 1 milhão em bens móveis ou imóveis, conforme mostrou o Congresso em Foco.
PSD: o partido onde os ricos se encontram
Os 46 deputados e senadores do Partido da República que exerceram mandato na atual legislatura acumulam R$ 383,5 milhões em patrimônio. O PR abriga o segundo parlamentar mais rico, o senador Blairo Maggi (PR-MT). Um dos maiores produtores de soja do mundo, Blairo informou possuir uma fortuna avaliada em R$ 152 milhões, menos apenas que João Lyra. Dos 46 parlamentares do PR, 25 dizem ter mais de R$ 1 milhão.
Os oposicionistas do PSDB compõem o segundo maior grupo de “milionários”. Dos 74 tucanos que pousaram no Parlamento entre fevereiro e outubro, 38 declararam possuir mais de R$ 1 milhão em patrimônio. É a quarta bancada mais rica, com bens estimados em R$ 275,4 milhões. É do PSDB o terceiro parlamentar mais rico: o deputado paranaense e industrial Alfredo Kaefer.
Quinta bancada mais endinheirada, o PP é a quarta em número de parlamentares com patrimônio superior a seis dígitos: 29 de seus 46 representantes nas duas Casas. O ex-prefeito paulistano Paulo Maluf (SP) é o mais rico deles. Maluf informou possuir R$ 39,5 milhões.
Desidratado com a criação do PSD, o Democratas acumula R$ 131 milhões. De seus 36 nomes, 22 têm mais de R$ 1 milhão. Esse valor é alcançado por 14 dos 111 petistas, que constituem a sétima representação mais rica. No DEM, a maior fortuna está nas mãos do senador Jayme Campos (MT), dono de R$ 14,1 milhões. Entre os petistas, o destaque é a senadora Marta Suplicy (PT), com R$ 11,9 milhões em bens declarados.
Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Congresso em Foco com base nas declarações prestadas à Justiça eleitoral pelos 667 deputados e senadores que exerceram mandato na atual legislatura, entre titulares, suplentes e licenciados. A lista inclui ainda parlamentares que renunciaram ao mandato, como Marisa Serrano (PSDB-MS) e Ana Arraes (PSB-PE), e que faleceram, como Itamar Franco (PPS-MG) e Luciano Moreira (PMDB-MA). No caso dos senadores em meio de mandato, foram levados em conta os valores declarados por eles em 2006, no momento do registro da candidatura.
Veja a distribuição do patrimônio declarado pelos parlamentares à Justiça eleitoral, por partido:
Partido - Nº de parlamentares; % de parlamentares; Patrimônio declarado (R$); % do patrimônio total
PMDB - 110; 16,5; 408,3 milhões; 21
PSD - 58; 8,8; 367,2 milhões; 19
PR - 45; 6,9; 312,4 milhões; 16,1
PSDB - 74; 11; 275,4 milhões; 14,2
PP - 46; 6,9; 159 milhões; 8,2
DEM - 36; 5,4; 131 milhões; 6,8
PT - 111; 16,7; 71,2 milhões; 3,7
PTB - 28; 4,2; 68,3 milhões; 3,6
PDT - 31; 4,6; 43,2 milhões; 2,2
PSC - 18; 2,7; 33,3 milhões; 1,7
PSB - 40; 6; 31 milhões; 1,6
PPS - 12; 1,8; 10,2 milhões; 0,5
PRB - 13; 2; 8,4 milhões; 0,4
PV - 12; 1,8; 7,6 milhões; 0,4
PMN - 2; 0,3; 5 milhões; 0,2
PCdoB - 16; 2,4; 4,5 milhões; 0,2
Psol - 5; 0,7; 1,3 milhão; 0,06
PTdoB - 4; 0,6; 1,1 milhão; 0,06
PRP - 2; 0,3; 1 milhão; 0,05
PTC - 1; 0,1; 142 mil; 0,01
PHS - 1; 0,1; 112 mil; 0,01
PRTB - 1; 0,1; 0; 0
PSL - 1; 0,1; 0; 0
Total - 667; 100; 1,94 bilhão; 100
*Fonte: Congresso em Foco, com base em informações prestadas pelos 667 parlamentares que exerceram mandato na atual legislatura até o dia 15 de outubro
Vereadores: pra quê?
O Legislativo, como um dos três poderes, ao qual compete elaborar leis, necessita urgentemente ser revisto em suas formas de composição. Se a sociedade não pode abdicar do Legislativo, também ela não necessita de vereadores, deputados (estaduais ou federais) e senadores.
Não apenas pela recusa à mediocridade ou aos projetos estapafúrdios, salários exorbitantes, corrupção e assistencialismo praticados em gabinetes e, tampouco, por onerarem os cofres públicos. "Voluntários" poderiam ser mais perigosos em suas "voluntades". O país seria muito melhor sem a presença desses senhores, porque à população não interessa mais essa democracia de falsos "representantes". A democracia deve ser direta, com espaços para que os cidadãos possam atuar efetivamente e não apenas na hora de votar na condição de rês no rebanho dos currais eleitorais.
Quando vejo um botton no peito onde se lê: "Emagreça - pergunte-me como", imagino o povo na rua com bottons: "Viva sem vereador - pergunte-me como" e, outros, sem deputado etc. A resposta não é um produto para vender, como pretendem os propagandistas do emagrecimento, mas podemos começar a pensar em limpar a gordura do Legislativo. E, já que o caminho começa com o primeiro passo, vamos viver sem vereadores. Como?
É uma reflexão para todos. Moradores, estudantes, profissionais de diversas categorias (nos campos e nas cidades), aposentados, desempregados e segmentos organizados da sociedade civil têm muito mais competência de legislar para que o Executivo se comprometa com a realidade dos municípios. E fiquemos atentos aos políticos que propõem mudar o "perfil" do vereador para "voluntário", "distrital", etc. Não passa de paliativo ou escamoteio da realidade, como o caso da pessoa que, tendo apanhado o parceiro (ou parceira) com outro no sofá, vende o sofá e continua com a figura.
O mundo não nasceu pronto e leis foram criadas a partir das necessidades. Muitas conquistas, mas algumas foram traídas ao longo da história e outras estão obsoletas. O mundo carece de transformação e não parece muito honesto que estejamos conformados em deixá-lo como está aos que virão depois de nós.
Wilson Coêlho é dramaturgo e escritor
sábado, 12 de novembro de 2011
Eleições circenses:validar ficha limpa fica pra depois; Os corruptos e fins agradecem
Brasília/DF – Um pedido de vista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa adiou nesta quarta-feira (09) uma decisão sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2012. Não há data para que seja retomado o julgamento.
Em ‘vigor’ desde junho de 2010, a Ficha Limpa gerou incertezas sobre o resultado da disputa do ano passado. Em março deste ano, os próprios ministros decidiram que ela não deveria ter sido adotada no ano passado.
Antes de ser encerrada a sessão, apenas o relator do caso, ministro Luiz Fux, votou a favor dos pontos da lei que garantem sua aplicação em 2012. Segundo o ministro, a Ficha Limpa não fere princípios básicos da Constituição Federal. Luiz Fux defende que a lei pode atingir condenações anteriores a sua vigência, porque os efeitos dessas decisões persistem nos anos seguintes.
Na saída do plenário, Barbosa disse que pediu vista para evitar um novo empate, como o que ocorreu nesta quarta quando o STF analisou recurso de Jader Barbalho (PMDB-PA) contra decisão que o manteve inelegível nas eleições de 2010.
Depois do resultado de 5 a 5, os ministros decidiram aguardar a posse da nova integrante da Corte. Rosa Maria Weber foi indicada pela presidente Dilma Rousseff para compor o STF. Ela ainda precisa ser sabatinada pelo Senado.
“Pedi vista para evitar esse impasse que houve aqui”, disse Barbosa. O ministro também afirmou que só vai liberar o processo para julgamento quando o plenário estiver completo. Não há data marcada para a posse da nova ministra. “Se demorar, não será problema meu. Não escolho ministro, não nomeio, nem sabatino”, disse Barbosa.
GOVERNO AFRONTA O STF NO CASO DE CARROS IMPORTADOS
Para impedir uma enxurrada de carros importados no país neste fim de ano, o governo vai usar um instrumento chamado de licença não automática para conter a entrada de veículos até que passe a vigorar o aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciado em setembro.
Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a alta do IPI só poderá valer a partir de 16 de dezembro, pois nenhum tributo pode vigorar antes de 90 dias da data de sua criação, como queria o governo quando elevou a alíquota. A meta é barrar, principalmente, carros vindos da China e da Coreia do Sul.
Como não pode desobedecer o STF, o Ministério da Fazenda recorreu à licença não automática, instrumento previsto em lei. Assim, poderá levar até 60 dias para autorizar ou não a importação de veículos. A contar de hoje, esse prazo praticamente coincidirá com a entrada em vigor do aumento do IPI.
Em entrevista hoje, o secretário-adjunto executivo da Fazenda, Dyogo Oliveira, admitiu que o governo não permitirá um "surto" de importação de carros até que entre em vigor o aumento do IPI. Segundo ele, o governo não concederá licenças se identificar exageros para fugir do aumento da tributação. "É regra", afirmou.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Proposta do governo prevê troca de armas por ingressos da Copa do Mundo
Publicação: 11/11/2011 07:43 no Correio Braziliense:
O desarmamento pode fazer parte dos temas sociais a serem explorados na Copa do Mundo de 2014, iniciativa tradicional do campeonato. Uma das propostas do governo brasileiro feita à Fifa é que ingressos dos jogos sejam trocados por armas. Relator da Lei Geral da Copa na Câmara dos Deputados, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) diz que as ideias serão incluídas na lei em discussão no Congresso.
Também foi proposto que os artefatos de fogo sejam trocados por bolas oficiais da competição e por camisas autografadas, e que as armas destruídas sejam usadas na confecção das traves a serem usadas nos estádios onde ocorrerão os jogos. As sugestões contaram com a participação de organizações não governamentais.
Durante audiência no Congresso nessa semana, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, foi questionado sobre as propostas e acabou fazendo uma declaração polêmica sobre a segurança no país. “Acho que tem tanta arma no Brasil que a gente não vai ter a quantidade de ingressos necessária”, disse. Em seguida, indicou que outras atividades relacionadas ao desarmamento devem ser feitas no Mundial. “A gente pode organizar eventos especiais à Copa do Mundo, especialmente quando temos os dias de pausa.”
A proposta de incluir o desarmamento na Copa vem também do Ministério da Justiça, que, há sete anos, realiza campanhas nesse sentido no país. A última, lançada em maio deste ano, recolheu, até 4 de novembro, 21.760 armas. No Mundial na África do Sul, as ações sociais foram focadas em educação e no combate à Aids.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
O país das carroças
que fabrica carro 1.0;
que fabrica carro com roda 14, sem direção hidráulica;
que fabrica carro sem ar condicionado;
que fabrica carro sem Airbag;
que fabrica carro sem freios ABS;
que tem investimento ZERO em carros movidos a energia elétrica;
que tem como padrão o câmbio manual;
que acha que câmbio automático é coisa de rico:
que um Celta custa o mesmo que um Honda City nos EUA ou México;
que um Gol G5 custa o mesmo que um Civic nos EUA ou na Europa;
que as montadoras têm o maior lucro do planeta;
que o maior lucro da VW, Ford, Fiat e GM está no Brasil;
que os carros têm a mais baixa qualidade;
que o povo, mesmo sabendo que o preço é exorbitante, continua comprando;
que o povo, face ao aumento "nefasto" do IPI, não reage...
Agora, se o povo quiser reagir, aqui vai uma ideia:
Não compre carro 0Km até ter padrão internacional e preço justo !
Isso pode fazer o país mudar !
A GM que tente vender um Celta 1.0 nos EUA, Japão ou Alemanha, sem direção hidráulica e ar condicionado... Seria o fim da marca !
Aproveitando esse aumento de 30% no IPI, que é um descalabro,você não acha que esta é a hora do basta?
Será que estou errado? O imposto era de 7% passou para 37% e todo mundo fala que o aumento foi de 30%.
Se era cobrado 7% e hoje é cobrado 37% eu entendo que o aumento do imposto foi de 528,57%.
Se você também acha e quiser reagir, boicote o ZERO Km por 1 ano e repasse esta mensagem !
1 ano e nós acabamos com essa farra !
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Livro revela envolvimento de Dilma no maior assalto da ditatura
Foto: Reprodução/Terra
Diferentemente do que se imagina, Dilma Rousseff não participou do maior roubo praticado por organizações de esquerda para financiar a luta armada contra a ditadura no Brasil na década de 60. Sua atuação se deu na partilha e na troca dos US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 25 milhões em valores atuais) levados do cofre da amante do ex-governador paulista Adhemar de Barros, um político populista definido como uma mistura de Paulo Maluf e Silvio Berlusconi, que recebeu de seus inimigos políticos a expressão "rouba, mas faz", da qual tinha até certo orgulho.
Todas essas revelações estão no livro O Cofre do Dr. Rui, lançado neste mês pela editora Civilização Brasileira, escrito pelo jornalista Tom Cardoso. A obra elucida como ocorreu o planejamento e o roubo do cofre. Por meio do depoimento do ex-marido de Dilma, Carlos Araújo, que era um dos chefes da organização Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), responsável pela ação, a participação da hoje presidente da República é esclarecida.
O cofre roubado era alimentado com dinheiro desviado por Adhemar de Barros, conhecido pelas grandes obras e acusações de corrupção. "Na época, não havia desvio de dinheiro como hoje para paraísos fiscais, então o dinheiro era guardado em diversos cofres espalhados pelo Brasil", afirma o autor. Após a morte do político, o cofre ficou com sua amante, a socialite viúva Ana Capriglione, a quem ele chamava de Dr. Rui, nome de seu dentista, "para não levantar suspeitas da família e dos jornalistas, apesar de todo mundo saber do que se tratava".
Ana ou Dr. Rui guardou o dinheiro em uma mansão localizada no bairro de Santa Teresa, no rio de Janeiro, onde vivia seu irmão e outra família. Na casa, morava o estudante secundarista esquerdista Gustavo Schiller que ficou sabendo sobre a existência do cofre e passou a informação para integrantes da VAR-Palmares.
"Eles (a organização) acabam conseguindo roubar esse cofre, mas descobrem que tem muito mais dinheiro do que imaginavam, cerca de US$ 2,5 milhões, que hoje equivalem a cerca de R$ 25 milhões", conta Cardoso. "Em depoimento à polícia, Ana disse que não havia nada dentro do cofre, já que o dinheiro era fruto de corrupção. Tudo mundo sabia que não, mas a versão oficial é de que estava vazio".
O valor era tão alto que os guerrilheiros tiveram dificuldade para administrar a fortuna. Cerca de US$ 1 milhão foi enviado para a Argélia, onde a organização tinha contatos, parte foi apreendida pela repressão nas invasões aos aparelhos (esconderijos), parte foi torrada por aproveitadores, parte foi enterrada e nunca encontrada em algum lugar do ABC paulista e cerca de US$ 300 mil foram trocados por Cruzeiros Novos, com participação direta de Dilma.
"No exterior, vários personagens entram na história, entre eles um francês que usaria o dinheiro para abrir uma livraria esquerdista, mas que na verdade fugiu com o dinheiro, tem o Expedito Pereira, que é um cara que se envolve com o Carlos Chacal (terrorista venezuelano), que começa a esbanjar viajando de primeira classe. Era um guerrilheiro que, na verdade, era um playboy", diz Cardoso.
Dilma se passa por gringa
Segundo o autor, o envolvimento de Dilma acabou sendo maior do que o esperado na troca do dinheiro. Ela se disfarçou de gringa para trocar US$ 1 mil em uma casa de câmbio localizada no Hotel Copacabana Palace, uma das poucas existiam na época, e também participou da troca de outros US$ 300 mil negociados com o banco Bradesco. O funcionário do banco propôs trocar todo o dinheiro, mas os guerrilheiros ficaram desconfiados e resolveram trocar uma parte que hoje equivaleria a mais de R$ 1 milhão.
"Naquela época, os grandes bancos não tinham acesso à dólares. A moeda era comprada apenas pelo governo, então era interessante para o Bradesco comprar dólares e era interessante para militantes vender os dólares com um bom preço", diz.
Ao iniciar a investigação para o livro, Cardoso conta que existia muita especulação sobre o destino do dinheiro, mas pouca coisa ficou provada. Quando foi presa em São Paulo, Dilma estava com parte do dinheiro que seria distribuído para a organização naquele Estado. "Existe muita lenda. Quando dizem que ela ficou rica com o dinheiro do cofre, é muita bobagem", afirma.
Cinema
O maior roubo da luta armada contra a ditadura brasileira, e talvez maior até do que ações realizadas por guerrilheiros em outros países latino americanos, pode chegar ao cinema. Segundo Tom Cardoso, os direitos foram vendidos para Rodrigo Teixeira, responsável por filmes como O Cheiro do Ralo, e O Casamento de Romeu e Julieta.
O livro:
Nome: O Cofre do Dr. Rui
Editora: Civilização Brasileira
Autor: Tom Cardoso
Páginas: 176
Valor: R$ 29,90
No dia 2 de novembro é o Dia de Finados.
A origem da Celebração de Finados foi em 998 dC, quando Santo Odilon do mosteiro beneditino de Cluny na França, determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos.
Quatro séculos depois, o Papa adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica. Esse costume de rezar pelos mortos foi trazido para o Brasil pelos portugueses.
Os brasileiros homenageiam seus mortos ,visitando seus entes queridos, no feriado de finados. As igrejas e os cemitérios são visitados, os túmulos são decorados com flores, e milhares de velas são acesas.
O dia dos mortos é um dia de respeito, dedicado para que as famílias celebrem a vida eterna dos seus entes falecidos, tendo esperança de que tenham sido recebidos pelo reino de Deus.
As missas em memória às pessoas falecidas tiveram sua origem no século IV, mas foi no século seguinte que a igreja passou a consagrar um dia para essa celebração.
A escolha da data se deu em virtude do dia de todos os santos, primeiro de novembro, pois os religiosos acreditavam que todas as pessoas, ao morrerem, entram em estado de graça, mesmo não sendo canonizados.
A cultura de dedicar um dia para homenagear os mortos varia muito de localização ou religião, mas segue os princípios do catolicismo, pois a partir do século XI, os papas Silvestre II, João XVII e Leão IX passaram a exigir tal celebração.
No dia de finados, as pessoas enfeitam os túmulos com flores, acendem velas e muitas mandam rezar missas pelos parentes que perderam. É um dia muito triste, pois através das homenagens feitas, as pessoas voltam a sofrer a dor da perda, entristecendo-se e até chorando por saudade.
Esses sentimentos devem ser respeitados, pois não é fácil aprender a viver sentindo a falta de alguém que antes fazia parte de sua vida, que estava presente em tudo, que oferecia amor, dedicação e carinho. Com certeza, todas as pessoas sentem muito a ausência das pessoas que amam.Dia de reflexão