terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Estamento Burocrático Sindical e Partidário

A relação política entre os peso do Estado e sua sociedade criou uma enorme vala de interesses, infelizmente para ambos os lados criou-se as centrais sindicais que hoje jogam entre o Estado e a sociedade em beneficio próprio.

Raymundo Faoro em seu livro Os Donos do Poder, nos da uma enorme contribuição ao entendimento da real característica do poder no Brasil.

Ele prega que no Brasil, como em Portugal, antes mesmo do descobrimento, existiu um sistema que ele denomina estamento burocrático, ou seja, um grupo (estamento) se uni em torno de práticas e conceitos de perpetuação própria no poder.

Assim com o passar dos anos este grupo teve mais poder que seu superior e controle total sobre sua população que com o passar dos anos se manteve no poder, foi exportada para o Brasil, passou por todo o processo de libertação, mas em nenhum momento se retirou do poder, ficou adaptando-se, apregoando e coibindo reais intenções audaciosas em beneficio próprio.

Lógico que acima cito apenas uma breve simplificação de suas explicações, mas sendo este livro escrito em 1958 creio estar diante não apenas de uma obra literária genial e sim de uma obra de enorme visão de futuro.

Este conceito se torna atual ao observarmos uma serie dessas unidades que foram se tornando parte integrante de todo o processo político nacional.

Podemos verificar pelo menos duas instituições que se acoplam muito bem as explicações deste autor.

O partido político, com certeza, já existia nesta época, mas nunca diante do que estamos vendo em nosso período.

No atual governo o PT (Partido dos Trabalhadores) tomou para si todo o processo burocrático, e assim iniciou um controle maior sobre os acontecimentos em nossas salas de poder.

Seu único objetivo, como aliás eles mesmos dizem obter um projeto de 20 anos no poder pelo menos, é a sua perpetuação no poder, não tendo nenhum tipo de poder acima deles e controlando a sociedade abaixo.

Outro enorme exemplo que se enquadra no conceito é o sindicato, aliás este é o exemplo perfeito do que pregava Faoro.

Os sindicatos recebem verbas federais, estaduais e etc, sem nenhum tipo de controle da sociedade ou do governo, nenhum governo consegue pressionar o setor, pois este já tem maior poder que seu ´´superior´´ e controla fielmente sua sociedade.

Vejamos o exemplo greves e mais greves dos sindicatos que abrangem milhares de pessoas, aliás senhores vejam o nosso presidente, que somente através do sindicato conseguiu eleger-se.

Estas duas instituições buscam apenas o recrudecimento do estado para perpetuar-se ali.

O que mais me assusta neste aspecto é a enorme vinculação ou podemos fizer união entre o partido, no caso o PT, e as centrais sindicais, este caótico sistema que temos tornou realidade o maior de todos os monstros, uniram-se partido e sindicatos para perpetuar-se no poder e assim conseguiram ficar agora por 12 anos (levando em consideração que Dilma se mantida no poder até o fim de seu mandato).

Este monstro burocrático com certeza também assustaria nosso autor, pois isso é como um filme de ficção científica onde dois monstros, dos quais a sociedade ja não consegue controlar, de unem em um ser apenas, se tornando maior ainda e muito mais poderoso.

Junto com a maquina econômica do Estado a perpetuação no poder é quase certa.

Vejamos o exemplo de uma reportagem que podemos ver hoje em todos os jornais.

Lula beneficia mais de 8000 instituições de mídia com propaganda estatal.

O que é isso se não compra sistemática da mídia para controle da população?

Cowsky nos alerta muito sobre este exemplo de democracia, que na verdade é uma enorme falácia.

Os governos através dessas verbas de propaganda, no caso brasileiro quase 1,2 bilhões por anos de governo Lula, controlam da mídia em beneficio próprio.

Seguimos em uma direção equivocada de sociedade, pois estamos apenas visando os benefícios econômicos enquanto estamos sofrendo ataques sociais e éticos.

Existe apenas um equivoco no qual Faoro caiu, é que ninguém conseguirá retirar do poder este estamento, mas a realidade mostrou que há sim um meio eficaz para isso, quebrando um estamento com outros dois unidos.

Portanto ao terminarmos por nos separar do estado, financiado pelos americanos, criamos um monstro não mais poderoso, mas de igualdade de interesses para beneficio próprio.

Ficamos entre a cruz e a espada, entre a guerra e o dragão, infelizmente agora o dragão declara guerra contra nós mesmos, seus criadores.

MARCUSFREITAS

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