Lixam-se todos - Editorial Folha de S.Paulo - 22/07/2009
Se parlamentares não consideram a opinião pública, também esta parece cada vez mais "se lixar" para a política
COMO NINGUÉM é de ferro, também o Congresso entra em férias, e o Executivo o acompanha. Ministros abreviam seus compromissos em Brasília, enquanto os membros do Legislativo -que fizeram menos do que nunca, neste ano, para justificar sua função- recolhem-se a um imerecido período de recesso.
Alguns analistas políticos consideram que, mesmo durante as férias parlamentares, não haverá esmorecimento nas denúncias que se abatem sobre o presidente do Senado, José Sarney, e sobre tantos outros políticos que com ele rivalizam em apadrinhamentos e abuso de prerrogativas.
Se for verdadeiro o prognóstico, será eloquente também. Pois o que se vê, na política brasileira, é um progressivo descolamento entre o ritmo dos escândalos e a lógica da disputa parlamentar.
Em outros tempos, uma bancada "de oposição" cerraria fileiras contra os protagonistas de cada escândalo. Hoje, não há legislador que não tenha seu telhado de vidro.
Como resultado, desaparecem os canais políticos capazes de dar vazão ao inconformismo dos cidadãos mais informados. Ainda que afrontosa, a frase do deputado que declarou "se lixar" para a opinião pública não deixa de fazer sentido.
É que o sistema eleitoral em vigor não corresponde ao desenvolvimento da consciência política da sociedade.
O mecanismo do voto obrigatório constitui, sem dúvida, um dos principais fatores a acentuar o hiato entre o comportamento do eleitor e as reações, frequentemente indignadas, dos cidadãos que tomam conhecimento dos abusos cometidos por seus representantes.
Não é este, contudo, o único motivo para a completa sem-cerimônia com que deputados e senadores transitam pela maré de escândalos que os cerca. Ao contrário do que ocorreu em alguns momentos marcantes da história do país -como a mobilização em torno das Diretas-Já ou do impeachment de Collor-, vê-se hoje uma apatia generalizada no seio da sociedade civil.
Apatia, bem entendido, não significa ausência de julgamento nem de opinião; precisamente, a "opinião pública" continua viva nestes dias. Reduz-se, entretanto, a ser apenas uma "opinião", sem forças para converter-se em real força política.
Poderão assim prosseguir, como é previsível, as revelações de mais e mais desmandos no Senado; o recesso parlamentar não conta, num ambiente em que inexistem bancadas partidárias comprometidas seriamente com a ética política.
Lixam-se todos, em resumo, para a opinião pública.
Não é este o pior aspecto da situação. O pior, e parece já acontecer, é o fenômeno inverso. Também a opinião pública se lixa para eles. Sabe de que matéria são feitos; desiste de corrigi-los; prevê que serão eleitos novamente; declina, em suma, de se ver representada do ponto de vista político, abandona a participação democrática em favor de uma suposta normalidade institucional: no mar de lama, navega-se sem susto.
A CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃ PÚBLICA AGORA É ORGANIZADA,QUASE PARTIDARIZADA.UMA BARBARIDADE INACEITÁVEL. OS POLÍTICOS NÃO CONHECEM NEM O ÓDIO, NEM O AMOR. SÃO CONDUZIDOS PELO INTERESSES E NÃO PELO SENTIMENTO.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
APARELHAMENTO DESAFIA O ESTADO
sábado, 28 de agosto de 2010
EDITORIAL O GLOBO - Aparelhamento desafia o Estado - 27/08/2010 às 19h10m
O que era um vazamento identificado na delegacia de Mauá, na Grande São Paulo, da Receita Federal se transforma num transbordamento de grandes proporções. Embora já seja inconcebível e grave crime um único desvio de informações privadas sob a guarda do Estado, o escândalo da invasão de arquivos da Receita para a captura de declarações de imposto de renda do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, ganha ainda maiores proporções com a descoberta de que outros tucanos também foram atingidos pelo aparelho instalado naquela delegacia.
A invasão dos arquivos de dados fiscais do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações de FH; Ricardo Sérgio, diretor do Banco do Brasil na mesma época em que Mendonça de Barros conduzia a privatização das telecomunicações; e de Gregório Marin Preciado, marido de uma prima do candidato José Serra, denuncia a intenção da empreitada: encontrar algo para fragilizar o PSDB. Os contornos da patranha ficam ainda mais claros ao se constatar que o roubo dos dados ocorreu no final do ano passado, às portas de uma campanha eleitoral, àquela altura já antecipada pelo presidente Lula, e tudo no mesmo dia, num espaço de quase 20 minutos. E sempre por meio do computador da servidora Adeilda Ferreira dos Santos, com a senha de Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, chefe daquela sucursal do Leão. Em maio, a "Veja" noticiou que assessores contratados para o comitê da candidata Dilma Rousseff tentavam montar uma usina de dossiês contra Serra, além de outros tucanos, Eduardo Jorge entre eles. No mês seguinte, a "Folha de S.Paulo" revelou que dados fiscais de Eduardo Jorge circularam nesse bunker dilmista. Fecha-se a degradante e perigosa história - perigosa para a sociedade. Em sua defesa, o PT lembra ter pedido, já no início do escândalo, que a Polícia Federal entrasse no caso. Tem razão, é mesmo acertada medida. Também está certo Eduardo Jorge em não confiar na lisura do trabalho de corregedoria da Receita. Aliás, o alcance da quebra de sigilo só foi conhecido porque o tucano conseguiu, por via judicial, que a Receita lhe entregasse os resultados da investigação. Foi possível, então, saber a dimensão do crime: mais de cem arquivos de contribuintes não residentes na jurisdição da delegacia de Mauá foram invadidos. Entre eles, alguns da família Klein, das Casas Bahia; e da apresentadora do programa da TV Globo "Mais você", Ana Maria Braga.
O assunto é muito sério, pois alerta para a fragilidade em que se encontram o estado de direito e a segurança institucional. Quando grupos utilizam postos na máquina burocrática para atacar adversários e ajudar aliados, a necessária impessoalidade do Estado é revogada. O Brasil se aproxima, em alguma medida, do modelo de Estado a serviço de interesses de esquemas, em voga no Leste da Europa até a queda do Muro de Berlim, na década de 80. Até hoje, a Rússia, por exemplo, padece do problema. É imprescindível, portanto, que defesas do Estado sejam acionadas para preservar o regime republicano, abalado devido à infiltração de aparelhos político-sindicais em áreas que têm de prestar serviços com estrita isenção ideológica.
A Justiça começa a fazer a sua parte. Falta a PF demonstrar o mesmo. Este caso é um divisor de águas; não pode haver impunidade.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - São sintomas totalitários tomando conta do Brasil. Começou nas várias emendas constitucionais que alteraram textos e o pensamento dos constituintes, centralizaram decisões nas cortes supremas e estabeleceram privilégios e direitos demasiados para membros do poder e litigantes. A cada ano, novos e constantes aumentos de impostos e tributos são estipulados para pagar as mais caras máquinas púlbicas do Planeta Terra. No Congresso, a casa dos "representantes do povo",vale apenas o voto de bancada proferido por "caciques" de partidos. A maioria dos partidos é aliciada por cargos e vantagens, proporcionando ao representante eleito se ausentar do plenário, trabalhar apenas 3 dias por semana, fazer turismo e farreiar às custas do dinheiro público. No Brasil as leis não existem, pois não aplicadas pela justiça; não há igualdade, mas privilégios; e proleferam medidas superficiais, imediatistas, assistenciais e midiáticas
esta postagem copie do blog http://votozero.blogspot.com/ achei que deveria passar adiante.
EDITORIAL O GLOBO - Aparelhamento desafia o Estado - 27/08/2010 às 19h10m
O que era um vazamento identificado na delegacia de Mauá, na Grande São Paulo, da Receita Federal se transforma num transbordamento de grandes proporções. Embora já seja inconcebível e grave crime um único desvio de informações privadas sob a guarda do Estado, o escândalo da invasão de arquivos da Receita para a captura de declarações de imposto de renda do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, ganha ainda maiores proporções com a descoberta de que outros tucanos também foram atingidos pelo aparelho instalado naquela delegacia.
A invasão dos arquivos de dados fiscais do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações de FH; Ricardo Sérgio, diretor do Banco do Brasil na mesma época em que Mendonça de Barros conduzia a privatização das telecomunicações; e de Gregório Marin Preciado, marido de uma prima do candidato José Serra, denuncia a intenção da empreitada: encontrar algo para fragilizar o PSDB. Os contornos da patranha ficam ainda mais claros ao se constatar que o roubo dos dados ocorreu no final do ano passado, às portas de uma campanha eleitoral, àquela altura já antecipada pelo presidente Lula, e tudo no mesmo dia, num espaço de quase 20 minutos. E sempre por meio do computador da servidora Adeilda Ferreira dos Santos, com a senha de Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, chefe daquela sucursal do Leão. Em maio, a "Veja" noticiou que assessores contratados para o comitê da candidata Dilma Rousseff tentavam montar uma usina de dossiês contra Serra, além de outros tucanos, Eduardo Jorge entre eles. No mês seguinte, a "Folha de S.Paulo" revelou que dados fiscais de Eduardo Jorge circularam nesse bunker dilmista. Fecha-se a degradante e perigosa história - perigosa para a sociedade. Em sua defesa, o PT lembra ter pedido, já no início do escândalo, que a Polícia Federal entrasse no caso. Tem razão, é mesmo acertada medida. Também está certo Eduardo Jorge em não confiar na lisura do trabalho de corregedoria da Receita. Aliás, o alcance da quebra de sigilo só foi conhecido porque o tucano conseguiu, por via judicial, que a Receita lhe entregasse os resultados da investigação. Foi possível, então, saber a dimensão do crime: mais de cem arquivos de contribuintes não residentes na jurisdição da delegacia de Mauá foram invadidos. Entre eles, alguns da família Klein, das Casas Bahia; e da apresentadora do programa da TV Globo "Mais você", Ana Maria Braga.
O assunto é muito sério, pois alerta para a fragilidade em que se encontram o estado de direito e a segurança institucional. Quando grupos utilizam postos na máquina burocrática para atacar adversários e ajudar aliados, a necessária impessoalidade do Estado é revogada. O Brasil se aproxima, em alguma medida, do modelo de Estado a serviço de interesses de esquemas, em voga no Leste da Europa até a queda do Muro de Berlim, na década de 80. Até hoje, a Rússia, por exemplo, padece do problema. É imprescindível, portanto, que defesas do Estado sejam acionadas para preservar o regime republicano, abalado devido à infiltração de aparelhos político-sindicais em áreas que têm de prestar serviços com estrita isenção ideológica.
A Justiça começa a fazer a sua parte. Falta a PF demonstrar o mesmo. Este caso é um divisor de águas; não pode haver impunidade.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - São sintomas totalitários tomando conta do Brasil. Começou nas várias emendas constitucionais que alteraram textos e o pensamento dos constituintes, centralizaram decisões nas cortes supremas e estabeleceram privilégios e direitos demasiados para membros do poder e litigantes. A cada ano, novos e constantes aumentos de impostos e tributos são estipulados para pagar as mais caras máquinas púlbicas do Planeta Terra. No Congresso, a casa dos "representantes do povo",vale apenas o voto de bancada proferido por "caciques" de partidos. A maioria dos partidos é aliciada por cargos e vantagens, proporcionando ao representante eleito se ausentar do plenário, trabalhar apenas 3 dias por semana, fazer turismo e farreiar às custas do dinheiro público. No Brasil as leis não existem, pois não aplicadas pela justiça; não há igualdade, mas privilégios; e proleferam medidas superficiais, imediatistas, assistenciais e midiáticas
esta postagem copie do blog http://votozero.blogspot.com/ achei que deveria passar adiante.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
RESPOSTA POSTAGE DAS ARVORES DE MINHA CIDADE
RESPOSTA POSTAGE DAS ARVORES DE MINHA CIDADE
Prezado Senhor
Segue abaixo resposta do DEMA referente a denúncia de uso de Arvores para pendurar placas de publicidade e propaganda.
Att
Robson cabral
Secretário Geral de Governo
Prefeitura Municipal de Santana do Livramento
Providências sobre uso de árvores com propagandas
Sexta-feira, 20 de Agosto de 2010 9:56
De:"Dept Meio Ambiente Prefeitura Municipal"
Para: "Robson Cabral" pmfale@yahoo.com.br
Em relação ao pedido de providências encaminhado a nós, sobre o uso de árvores com propagandas, temos a informar que a fiscalização deste Departamento tomou as devidas providências para corrigir o ocorrido mediante a retirada de todas as placas. Esclarecemos ainda que temos plena consciência de as árvores trazem benefício também à Zona Urbana, e que estamos aguardando o recebimento de 2.600 mudas de várias espécies florestais, com os seus protetores de tela,e tutores, para darmos início a arborização de 29 ruas e avenidas da cidade, totalizando 33.625 metros lineares. Agradecemos sua preocupação com as árvores da cidade, e fizemos votos de que seu posicionamento seja também o dos demais habitantes desta comunidade quando iniciarmos o plantio acima referido.
Fernando Bueno Simões Pires
Engenheiro Florestal
Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente-SEPLAMA
Departamento Municipal do Meio Ambiente-DEMA
--------------------------------------------------------------------------------
Att.
D E M A - DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE
Rua: Sete de Setembro, nº515 - Centro
CEP: 97573-471
Telefone: (55) - 3242-2174
Sant'Ana do Livramento - RS
demalivramento@yahoo.com.br
Prezado Senhor
Segue abaixo resposta do DEMA referente a denúncia de uso de Arvores para pendurar placas de publicidade e propaganda.
Att
Robson cabral
Secretário Geral de Governo
Prefeitura Municipal de Santana do Livramento
Providências sobre uso de árvores com propagandas
Sexta-feira, 20 de Agosto de 2010 9:56
De:"Dept Meio Ambiente Prefeitura Municipal"
Para: "Robson Cabral" pmfale@yahoo.com.br
Em relação ao pedido de providências encaminhado a nós, sobre o uso de árvores com propagandas, temos a informar que a fiscalização deste Departamento tomou as devidas providências para corrigir o ocorrido mediante a retirada de todas as placas. Esclarecemos ainda que temos plena consciência de as árvores trazem benefício também à Zona Urbana, e que estamos aguardando o recebimento de 2.600 mudas de várias espécies florestais, com os seus protetores de tela,e tutores, para darmos início a arborização de 29 ruas e avenidas da cidade, totalizando 33.625 metros lineares. Agradecemos sua preocupação com as árvores da cidade, e fizemos votos de que seu posicionamento seja também o dos demais habitantes desta comunidade quando iniciarmos o plantio acima referido.
Fernando Bueno Simões Pires
Engenheiro Florestal
Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente-SEPLAMA
Departamento Municipal do Meio Ambiente-DEMA
--------------------------------------------------------------------------------
Att.
D E M A - DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE
Rua: Sete de Setembro, nº515 - Centro
CEP: 97573-471
Telefone: (55) - 3242-2174
Sant'Ana do Livramento - RS
demalivramento@yahoo.com.br
sábado, 21 de agosto de 2010
os maiores assaltantes agente nem percebe
20/08/10
QUEM NÃO TEM OLHOS PARA VER, TEM QUE TÊ-LOS PARA CHORAR
Edson Oliveira
Outro dia, entrei num supermercado para comprar orégano e adquiri uma
embalagem (saquinho) do produto, contendo 3 g, ao preço de R$ 1,99.
Normalmente esse tipo de produto é vendido nos supermercados em
embalagens que variam de 3 g a 10 g .
Cheguei em casa e resolvi fazer os cálculos e constatei que estava pagando R$ 663,33 pelo kg do produto.
VEJAM OUTRO ABSURDO: Você sabe o que custa quase R$ 13.575,00 o litro ?
Resposta: TINTA DE IMPRESSORA! VOCÊ JÁ TINHA FEITO O CÁLCULO?
“Grande Sacada” dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e
mais caros.
Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora.
Olhe só o cúmulo: pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos.
VEJA ESTE EXEMPLO:
Uma HP DJ3845 é vendida, nas principais lojas, por aproximadamente R$170,00.. A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o
colorido), fica em torno de R$ 130,00.
Você vende a sua impressora semi-nova, sem os cartuchos, por uns R$ 90,00 (para vender rápido) junta mais R$ 80,00, e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica.
Os fabricantes fingem que nem é com eles; dizem que é caro por
ser “tecnologia de ponta”.
Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço).
Um cartucho HP, com míseros 10 ml de tinta, custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,59 por mililitro.
Só para comparação, a Espumante Veuve Clicquot City Travelle custa, por mililitro, R$ 1,29.
Só acrescentando: as impressoras HP 1410, HP J3680 e HP3920, que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de
tinta!
A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, o cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida, por R$75,00.
Fazendo as contas: R$ 75,00 / 5.5ml = R$ 13,63 o ml. > R$ 13,63 x 1000ml = R$ 13.636,00
Veja só: R$ 13.636,00 , por um litro de tinta colorida.
Com este valor, podemos comprar, aproximadamente:
- 300 gr de OURO;
- 3 TVs de Plasma de 42′;
- 1 UNO Mille 2003;
- 45 impressoras que utilizam este cartucho;
- 4 notebooks;
- 8 Micros Intel com 256 MB. Ou seja, um assalto !
Está indignado?
Então, repasse este postl adiante, pois os fabricantes alegam que o povo brasileiro não reclama de nada.
QUEM NÃO TEM OLHOS PARA VER, TEM QUE TÊ-LOS PARA CHORAR
Edson Oliveira
Outro dia, entrei num supermercado para comprar orégano e adquiri uma
embalagem (saquinho) do produto, contendo 3 g, ao preço de R$ 1,99.
Normalmente esse tipo de produto é vendido nos supermercados em
embalagens que variam de 3 g a 10 g .
Cheguei em casa e resolvi fazer os cálculos e constatei que estava pagando R$ 663,33 pelo kg do produto.
VEJAM OUTRO ABSURDO: Você sabe o que custa quase R$ 13.575,00 o litro ?
Resposta: TINTA DE IMPRESSORA! VOCÊ JÁ TINHA FEITO O CÁLCULO?
“Grande Sacada” dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e
mais caros.
Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora.
Olhe só o cúmulo: pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos.
VEJA ESTE EXEMPLO:
Uma HP DJ3845 é vendida, nas principais lojas, por aproximadamente R$170,00.. A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o
colorido), fica em torno de R$ 130,00.
Você vende a sua impressora semi-nova, sem os cartuchos, por uns R$ 90,00 (para vender rápido) junta mais R$ 80,00, e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica.
Os fabricantes fingem que nem é com eles; dizem que é caro por
ser “tecnologia de ponta”.
Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço).
Um cartucho HP, com míseros 10 ml de tinta, custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,59 por mililitro.
Só para comparação, a Espumante Veuve Clicquot City Travelle custa, por mililitro, R$ 1,29.
Só acrescentando: as impressoras HP 1410, HP J3680 e HP3920, que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de
tinta!
A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, o cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida, por R$75,00.
Fazendo as contas: R$ 75,00 / 5.5ml = R$ 13,63 o ml. > R$ 13,63 x 1000ml = R$ 13.636,00
Veja só: R$ 13.636,00 , por um litro de tinta colorida.
Com este valor, podemos comprar, aproximadamente:
- 300 gr de OURO;
- 3 TVs de Plasma de 42′;
- 1 UNO Mille 2003;
- 45 impressoras que utilizam este cartucho;
- 4 notebooks;
- 8 Micros Intel com 256 MB. Ou seja, um assalto !
Está indignado?
Então, repasse este postl adiante, pois os fabricantes alegam que o povo brasileiro não reclama de nada.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Os caras de pau
Os caras de pau por Aurio Oliveira -
Recentemente, a imprensa divulgou a farra do dinheiro público capitaneada por diversos vereadores de inúmeras casas legislativas gaúchas. A divulgação, por certo, deveria causar constrangimentos e indignação por parte dos cidadãos. Deveria! Todavia tal fato não causa mais estranheza e não gera o efeito esperado. E por quê?
Exatamente porque tal conduta da classe política já não se constitui em novidade ou, ainda, em sentido contrário, pela simples razão de que a gastança e o desperdício do dinheiro público praticados por esses senhores, investidos de mandato eletivo, vêm sendo uma prática corriqueira e atinente ao exercício do cargo público que ocupam. Os escândalos e a má utilização do dinheiro público são incontáveis por todo o país.
Os envolvidos são de diversos partidos políticos e ocupam cargos no Legislativo e no Executivo, passando, inclusive, por funcionários apadrinhados pelo velho e bom nepotismo, levando à conclusão de que a chaga da corrupção e da ladroagem está disseminada por todo o tecido do poder político, manifestando-se em todas as esferas do mesmo.
O que mais impressiona, todavia, nem é o fato de se apoderarem indevidamente do dinheiro público – vez que essa conduta tem sido uma constante –, mas sim a dissimulação e o escárnio com que negam os fatos mesmo após terem sidos filmados cometendo a roubalheira. Não há como não se indignar com a cara de pau dos meliantes negando com veemência os delitos que cometeram e que estão registrados pelas diversas reportagens.
Pior que isso, só as desculpas esfarrapadas com que tentam convencer a população da legalidade dos absurdos que cometeram com o dinheiro público, em evidente traição da confiança depositada pelos seus eleitores.
Certamente surgirá algum incauto defendendo a classe política – o bloco dos caras de pau é imenso – e erigindo em sua defesa que se trata de uma minoria e que a política e os bons políticos existem. Claro, também acreditamos em Papai Noel, duendes e no coelhinho da Páscoa... O certo mesmo é que o título desta pequena indignação também poderia ser “Ali Babá e os 40 vereadores”, e a casa do povo facilmente seria confundida com a “casa da mãe joana”.
*Aurio Oliveira é Advogado
nikyin.
Os políticos não estão nem ai para população só pensando nele e seus partidos
Todo os órgão do governo faz cumprir as leis, mas ele próprio não cumpre e se beneficio para si.
Nos somos palhaços deste circo acorda povo Brasileiro.
Recentemente, a imprensa divulgou a farra do dinheiro público capitaneada por diversos vereadores de inúmeras casas legislativas gaúchas. A divulgação, por certo, deveria causar constrangimentos e indignação por parte dos cidadãos. Deveria! Todavia tal fato não causa mais estranheza e não gera o efeito esperado. E por quê?
Exatamente porque tal conduta da classe política já não se constitui em novidade ou, ainda, em sentido contrário, pela simples razão de que a gastança e o desperdício do dinheiro público praticados por esses senhores, investidos de mandato eletivo, vêm sendo uma prática corriqueira e atinente ao exercício do cargo público que ocupam. Os escândalos e a má utilização do dinheiro público são incontáveis por todo o país.
Os envolvidos são de diversos partidos políticos e ocupam cargos no Legislativo e no Executivo, passando, inclusive, por funcionários apadrinhados pelo velho e bom nepotismo, levando à conclusão de que a chaga da corrupção e da ladroagem está disseminada por todo o tecido do poder político, manifestando-se em todas as esferas do mesmo.
O que mais impressiona, todavia, nem é o fato de se apoderarem indevidamente do dinheiro público – vez que essa conduta tem sido uma constante –, mas sim a dissimulação e o escárnio com que negam os fatos mesmo após terem sidos filmados cometendo a roubalheira. Não há como não se indignar com a cara de pau dos meliantes negando com veemência os delitos que cometeram e que estão registrados pelas diversas reportagens.
Pior que isso, só as desculpas esfarrapadas com que tentam convencer a população da legalidade dos absurdos que cometeram com o dinheiro público, em evidente traição da confiança depositada pelos seus eleitores.
Certamente surgirá algum incauto defendendo a classe política – o bloco dos caras de pau é imenso – e erigindo em sua defesa que se trata de uma minoria e que a política e os bons políticos existem. Claro, também acreditamos em Papai Noel, duendes e no coelhinho da Páscoa... O certo mesmo é que o título desta pequena indignação também poderia ser “Ali Babá e os 40 vereadores”, e a casa do povo facilmente seria confundida com a “casa da mãe joana”.
*Aurio Oliveira é Advogado
nikyin.
Os políticos não estão nem ai para população só pensando nele e seus partidos
Todo os órgão do governo faz cumprir as leis, mas ele próprio não cumpre e se beneficio para si.
Nos somos palhaços deste circo acorda povo Brasileiro.
sábado, 14 de agosto de 2010
Pena branda a jovens acusados de estupro indigna catarinenses. Menores acusados de estuprar menina terão de prestar serviços comunitários
Pena branda a jovens acusados de estupro indigna catarinenses. Menores acusados de estuprar menina terão de prestar serviços comunitários- Fonte: Álvaro Grohmann / Correio do Povo - 13/08/2010 21:54 - Atualizado em 13/08/2010 22:07
A pena branda aplicada pela Justiça de Santa Catarina aos dois adolescentes acusados de estuprarem uma menina de 13 anos, que devem prestar serviços comunitários, causou indignação na família da vítima. “Essa decisão atinge a dignidade da Justiça catarinense”, desabafou a mãe da menina, acrescentando que “um ato infracional dessa gravidade jamais poderia receber como resposta penal uma medida de liberdade assistida que, no caso, é a mais branda de todas”. A mãe da menor disse ainda que “isto (a decisão) ofende a sensibilidade e o bom senso daqueles que esperavam que a justiça fosse feita”.
Sobre a possibilidade de recorrer ou não da decisão judicial, o advogado da família da menina, Francisco Ferreira, esclareceu que precisa primeiro ter acesso aos autos do processo. “Preciso antes ver o teor da decisão da juíza”, observou. Ele lamentou, porém, que o seu pedido de vistas ao processo tenha sido negado até o momento por duas vezes, apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) facultar ao advogado o acesso. Na avaliação dele, as medidas deveriam ser, no mínimo, de regime de semiliberdade ou internação. Sobre a repercussão entre os catarinenses da aplicação de uma pena branda aos adolescente, Francisco Ferreira lembrou as diferenças de tratamento conforme a classe social. “Infelizmente é o Brasil”, afirmou,
Os dois adolescentes, ambos de 14 anos, filhos de famílias de classe alta, terão de prestar serviços comunitários por seis meses. A decisão judicial, tomada na quinta-feira passada durante a audiência de apresentação do processo, determinou também que os menores tenham acompanhamento psicológico neste período em que ficarão sob regime de liberdade assistida. O serviço comunitário deverá ser cumprido em uma instituição social durante aproximadamente oito horas por semana. Caso ocorra descumprimento, a decisão poderá ser revista. A decisão foi confirmada pela juíza da Infância e Juventude da Capital, Maria de Lourdes Simas Porto Vieira, que determinou o acompanhamento psicológico. Já o serviço comunitário e o regime de liberdade assistida foram sugestões da promotora da Infância e Juventude, Valkyria Danielski.
"As leis são como as teias de aranha; caem nelas os pequenos insetos; os grandes atravessam-nas." (Honoré de Balzac)
A pena branda aplicada pela Justiça de Santa Catarina aos dois adolescentes acusados de estuprarem uma menina de 13 anos, que devem prestar serviços comunitários, causou indignação na família da vítima. “Essa decisão atinge a dignidade da Justiça catarinense”, desabafou a mãe da menina, acrescentando que “um ato infracional dessa gravidade jamais poderia receber como resposta penal uma medida de liberdade assistida que, no caso, é a mais branda de todas”. A mãe da menor disse ainda que “isto (a decisão) ofende a sensibilidade e o bom senso daqueles que esperavam que a justiça fosse feita”.
Sobre a possibilidade de recorrer ou não da decisão judicial, o advogado da família da menina, Francisco Ferreira, esclareceu que precisa primeiro ter acesso aos autos do processo. “Preciso antes ver o teor da decisão da juíza”, observou. Ele lamentou, porém, que o seu pedido de vistas ao processo tenha sido negado até o momento por duas vezes, apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) facultar ao advogado o acesso. Na avaliação dele, as medidas deveriam ser, no mínimo, de regime de semiliberdade ou internação. Sobre a repercussão entre os catarinenses da aplicação de uma pena branda aos adolescente, Francisco Ferreira lembrou as diferenças de tratamento conforme a classe social. “Infelizmente é o Brasil”, afirmou,
Os dois adolescentes, ambos de 14 anos, filhos de famílias de classe alta, terão de prestar serviços comunitários por seis meses. A decisão judicial, tomada na quinta-feira passada durante a audiência de apresentação do processo, determinou também que os menores tenham acompanhamento psicológico neste período em que ficarão sob regime de liberdade assistida. O serviço comunitário deverá ser cumprido em uma instituição social durante aproximadamente oito horas por semana. Caso ocorra descumprimento, a decisão poderá ser revista. A decisão foi confirmada pela juíza da Infância e Juventude da Capital, Maria de Lourdes Simas Porto Vieira, que determinou o acompanhamento psicológico. Já o serviço comunitário e o regime de liberdade assistida foram sugestões da promotora da Infância e Juventude, Valkyria Danielski.
"As leis são como as teias de aranha; caem nelas os pequenos insetos; os grandes atravessam-nas." (Honoré de Balzac)
Eu quero ser punido
Eu quero ser punido
Baseado na Constituição venho solicitar que eu seja punido da mesma forma que foram punidos o ministro do Superior Tribunal de JustiçaHumberto Ruga
De acordo com a Constituição do Brasil, no seu artigo cinco, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Baseado na Constituição venho solicitar que eu seja punido da mesma forma que foram punidos o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina, e o desembargador federal e ex-vice-presidente do Tribunal Regional da 2ª Região, José Eduardo Carreira Alvim, aposentados por corrupção com vencimentos integrais. Infelizmente fui aposentado pelo INSS após 35 anos e alguns dias com base no recolhimento do teto e hoje recebopouco mais de cinco salários-mínimos. Como não sou egoísta e nem fui aposentado por corrupção, sugiro que o presidente de todos os brasileiros estenda a todos os aposentados pelo INSS, através de medida provisória, os mesmos direitos de aposentadoria das ilustres autoridades. Como estamos em período eleitoral, acredito que todos os candidatos à presidência do País saberão entender este gesto nobre que deverá ser aprovado pelos legisladores em regime de urgência. Afinal, os nobres legisladores federais, corajosamente, aprovam todas as medidas em benefício das corporações que privatizaram o serviço público em seu próprio benefício. Tenho certeza de que a parte do hino rio-grandense que diz “que sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra” deve ser incorporada ao Hino Nacional, pois, indiscutivelmente, estamos dando um exemplo para todo o mundo. Esta atitude, sem dúvida, nos dará o título mundial em matéria de seriedade.
Aposentado pelo INSS
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Aposentados com salários juízes corruptos
NO BRASIL QUEM PODE MAIS CHORA MENOS ISTO E BRASIL PAIS DA IMPUNIDADE PARA ELITE...
sábado, 7 de agosto de 2010
Árvore é sinónimo de vida
Árvore é sinónimo de vida. Uma árvore, por si só, pode nos trazer muitos benefícios. Desde a sombra aconchegante, até a folha de papel. As florestas plantadas (reflorestamentos) pelo homem devolvem a ele serviços e bens. Mas o equilíbrio tem que ser mantido com a preservação das matas nativas e a protecção dos mananciais, onde a flora e a fauna encontram ambientes diversificados.
Para que serve a árvores na cidade
Ë bom que a perfeita entenda de uma vez por todas que árvore no ambiente urbano significa melhoria da qualidade do ambiente; promove a purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através dos mecanismos fotos sintéticos; a melhoria do microclima da cidade, pela retenção de humidade do solo e do ar e pela geração de sombra, evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as pessoas; a redução na velocidade do vento; a influência no balanço hídrico, favorecendo infiltração da água no solo e provocando evapo-transpiração. Outra função importante da árvore é seu préstimo como corredor ecológico, interligando as áreas livres vegetadas da cidade, a exemplos das praças e parques. Além disso, em muitas ocasiões, a árvore em frente à residência confere a ela uma identidade particular e propicia o contado direto dos moradores com um elemento natural significativo, considerando todos os seus benefícios”.
As nossas árvore de Santana do livramento serve para colocar placas de sinalização e placas de propaganda Olha o desrespeito com as árvores isso não se faz de maneira alguma.Usar o património publico para fazer propaganda. E muita falta de educação dessas pessoas que só querem ganhar dinheiro e cedê nossos órgãos de fiscalização para multar, são coniventes.
parada de táxi de um mercado na rua 13 de maio
Exijo ser tratado como bandido
Exijo ser tratado como bandido - por Gilberto de Oliveira Kloeckner, Professor da UFRGS - Artigo em Zero Hora, 06/08/2010
Nos últimos meses, a minha família tem se dedicado a cumprir a profecia do Paulo Sant’Ana: aquela de que você ainda será assaltado. Entre um boletim de ocorrência e outro, corridas a bancos para cancelar os cartões de crédito, esperas em antessalas de delegacias e seguradoras, tenho tido algumas ideias como, por exemplo, distribuir senhas para os meus assaltantes ou instalar uma porta giratória lá em casa para facilitar a entrada e saída dos meliantes. Talvez estes procedimentos tragam um pouco de ordem e conseguirei algum progresso para sair deste caos. Ordem e progresso... já li isso em algum lugar? Bem, mas não vem ao caso. Vamos ao que interessa.
O que eu realmente quero é ser tratado como bandido neste país. Exijo os mesmos direitos constitucionais. Não deixo por menos. Quero isonomia de tratamento. Explico. Primeiramente, quero ter o direito de ir e vir livremente, a qualquer hora do dia ou da noite, caminhar pelas ruas e parques, sem preocupações, e não viver mais com medo, atrás de grades e barras de ferro. Igualzinho aos bandidos.
Exijo, também, ter o direito de defender a minha família e o meu patrimônio com armas apropriadas. Atualmente a legislação só permite que eu utilize em minha defesa uma faca de pão (com lâmina inferior a 10 centímetros) e um cabo de vassoura. Usados com muita moderação. Ai de mim se eu machucar o meliante! Aí sim eu vou sentir na pele o que é o rigor da lei brasileira. Quero ter uma arma de verdade, adquirida livremente no comércio local, sem necessidade de porte, exame de tiro, psicotécnico e pagamento de taxas. Quero também poder usá-la e não precisar estar ferido pelo arrombador, dentro da minha própria residência, para começar a defesa da minha vida. Enfim, tudo aquilo que não se aplica aos bandidos não deve ser aplicado a mim.
Tem mais. Não quero mais pagar imposto sobre o produto do meu trabalho (aquilo que os meus ex-alunos, hoje na Receita Federal, teimam em chamar de “renda”). Bandido não é tributado, não paga imposto sindical nem conselho regional. Exijo o mesmo tratamento fiscal. E, se por acaso eu ficar impedido de trabalhar, gostaria que meus filhos e esposa recebessem uma pensão do Estado, todo o santo mês, igualzinho aos filhos e esposas dos bandidos. Afinal, minha família também merece um tratamento assim, justo e diferenciado. E digo mais: cairia muito bem um acompanhamento de alguma ONG de direitos humanos para fiscalizar o processo e cuidar do nosso bem-estar.
E, se um dia eu vier a dar entrada no Pronto Socorro com algum ferimento grave, gostaria de ter a mesma prioridade no atendimento que os criminosos. Afinal, eu ainda pago imposto (o que eu espero seja extinto em breve) e faço, como professor, a minha contribuição para o desenvolvimento desta florescente economia. Mas, se algum dia, por um infortúnio eu vier a cometer algum ato ilícito e for preso, espero ter um apoio jurídico gratuito imediato e que a área judiciária tenha a mesma consideração comigo, liberando-me rapidamente. Afinal, eu tenho coisas mais importantes a fazer na vida como esta, a de buscar igualdade de tratamento perante a lei com os meus compatriotas contraventores
Afinal, é meu direito constitucional.
Nos últimos meses, a minha família tem se dedicado a cumprir a profecia do Paulo Sant’Ana: aquela de que você ainda será assaltado. Entre um boletim de ocorrência e outro, corridas a bancos para cancelar os cartões de crédito, esperas em antessalas de delegacias e seguradoras, tenho tido algumas ideias como, por exemplo, distribuir senhas para os meus assaltantes ou instalar uma porta giratória lá em casa para facilitar a entrada e saída dos meliantes. Talvez estes procedimentos tragam um pouco de ordem e conseguirei algum progresso para sair deste caos. Ordem e progresso... já li isso em algum lugar? Bem, mas não vem ao caso. Vamos ao que interessa.
O que eu realmente quero é ser tratado como bandido neste país. Exijo os mesmos direitos constitucionais. Não deixo por menos. Quero isonomia de tratamento. Explico. Primeiramente, quero ter o direito de ir e vir livremente, a qualquer hora do dia ou da noite, caminhar pelas ruas e parques, sem preocupações, e não viver mais com medo, atrás de grades e barras de ferro. Igualzinho aos bandidos.
Exijo, também, ter o direito de defender a minha família e o meu patrimônio com armas apropriadas. Atualmente a legislação só permite que eu utilize em minha defesa uma faca de pão (com lâmina inferior a 10 centímetros) e um cabo de vassoura. Usados com muita moderação. Ai de mim se eu machucar o meliante! Aí sim eu vou sentir na pele o que é o rigor da lei brasileira. Quero ter uma arma de verdade, adquirida livremente no comércio local, sem necessidade de porte, exame de tiro, psicotécnico e pagamento de taxas. Quero também poder usá-la e não precisar estar ferido pelo arrombador, dentro da minha própria residência, para começar a defesa da minha vida. Enfim, tudo aquilo que não se aplica aos bandidos não deve ser aplicado a mim.
Tem mais. Não quero mais pagar imposto sobre o produto do meu trabalho (aquilo que os meus ex-alunos, hoje na Receita Federal, teimam em chamar de “renda”). Bandido não é tributado, não paga imposto sindical nem conselho regional. Exijo o mesmo tratamento fiscal. E, se por acaso eu ficar impedido de trabalhar, gostaria que meus filhos e esposa recebessem uma pensão do Estado, todo o santo mês, igualzinho aos filhos e esposas dos bandidos. Afinal, minha família também merece um tratamento assim, justo e diferenciado. E digo mais: cairia muito bem um acompanhamento de alguma ONG de direitos humanos para fiscalizar o processo e cuidar do nosso bem-estar.
E, se um dia eu vier a dar entrada no Pronto Socorro com algum ferimento grave, gostaria de ter a mesma prioridade no atendimento que os criminosos. Afinal, eu ainda pago imposto (o que eu espero seja extinto em breve) e faço, como professor, a minha contribuição para o desenvolvimento desta florescente economia. Mas, se algum dia, por um infortúnio eu vier a cometer algum ato ilícito e for preso, espero ter um apoio jurídico gratuito imediato e que a área judiciária tenha a mesma consideração comigo, liberando-me rapidamente. Afinal, eu tenho coisas mais importantes a fazer na vida como esta, a de buscar igualdade de tratamento perante a lei com os meus compatriotas contraventores
Afinal, é meu direito constitucional.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
É PRECISO GRITAR BASTA
preciso gritar 'basta' em alto e bom som! - Artigo do leitor Arsenio Meneses - O Globo, 04/08/2010 às 20h04m
Com o descalabro da corrupção no Brasil e, consequentemente, todas as mazelas que dela decorrem, a sociedade brasileira precisa urgentemente de uma revolução em seus valores, o primeiro passo na solução desse problema. E a mudança que se faz necessária não virá enquanto não houver um grito de basta, em uma atitude drástica, global, de abrangência nacional, envolvendo todas as entidades que representem a sociedade, com um apoio total da mídia.
Enquanto estivermos vivendo baseados na premissa de que 'se cada um fizer um pouco...', o que vamos ter é que 'todos nós só teremos um pouco'.
O Brasil é hoje o maior paraíso para ações corruptas. Com uma economia que está entre as oito ou dez maiores do mundo, um PIB superior a 1 trilhão de dólares, gera um volume astronômico de dinheiro público, que, para ser usado, está a mercê de políticos e dezenas de outros órgãos públicos. Cria-se então uma relação em que algumas milhares de pessoas manipulam recursos que, no caso do Brasil, são de interesse de quase duzentos milhões de habitantes.
Muitos políticos e governantes de vários países são corruptos em algum nível e, prioritariamente, preocupados com seus próprios interesses.
O grau de corrupção vai depender dos valores da sociedade, da maior ou menor certeza de impunidade, da severidade e eficácia com que a lei efetivamente pune infratores, da agilidade da Justiça e, acima de tudo, do quanto a sociedade tolera ser usurpada por elementos inescrupulosos.
No caso do Brasil, muitos cidadãos de todas as camadas sociais são, predominantemente, egoístas e individualistas. A grande maioria dos brasileiros praticaria algum ato de corrupção se tivesse oportunidade e certeza de que ficaria impune. Os brasileiros ainda não acordaram para o fato de que o dia em que todos buscarem o bem comum, todos se beneficiarão.
Na verdade, a impunidade é, sem dúvida, o driver da corrupção no Brasil. Toda confusão que se tornaram as leis e mecanismos no Brasil para se julgar atos de corrupção, criam o cenário perfeito para a falta de punição. Casos de políticos e celebridades acusados de corrupção se arrastam na Justiça, sem nunca se chegar a nada conclusivo. Basta ter um time de advogados espertos, para que tudo acabe em pizza.
Embora se diga que as leis existem, só falta aplicá-las, a realidade no Brasil é bem diferente. As leis contra crimes de corrupção deveriam ser realmente duras e as penas, severas. Nenhum caso de corrupção, dentre os milhares que já apareceram no Brasil, terminou em real prisão dos envolvidos. Se terminou, foi sempre por pouco tempo. Na grande maioria das vezes os criminosos são apenas punidos administrativamente, perdem o seu cargo, e no caso recente dos juízes envolvidos com corrupção, são premiados com uma aposentadoria antecipada, recebendo salários vultuosos, pagos com o dinheiro do povo que foi roubado por eles. De certa forma, a falta de agilidade da Justiça é certamente alimentada por aqueles que são responsáveis por criar as leis, os mecanismos de apelação, e toda a parafernália de instâncias existentes, que certamente só interessam aos acusados.
É preciso perceber que corruptos são como crianças em uma escola, que avançam na bagunça e no desrespeito, até o limite que o professor permitir. Nossa sociedade está condicionada a só se interessar por futebol, caipirinha, novela, programa de auditório, carnaval, etc. E, enquanto os brasileiros vão se distraindo por aí, os corruptos vão passando ao largo, usurpando o dinheiro público. Todo mundo reclama da corrupção, mas, que eu saiba, nenhum movimento social colocou mais que algumas centenas nas ruas para protestar contra esse problema. Infelizmente, sou obrigado a fechar esse texto com aquela máxima: 'Cada povo tem o governo que merece', ou pelo menos 'que está merecendo'.
"A impunidade é, sem dúvida, o driver da corrupção no Brasil."
"Todo mundo reclama da corrupção, mas, que eu saiba, nenhum movimento social colocou mais que algumas centenas nas ruas para protestar contra esse problema."
Com o descalabro da corrupção no Brasil e, consequentemente, todas as mazelas que dela decorrem, a sociedade brasileira precisa urgentemente de uma revolução em seus valores, o primeiro passo na solução desse problema. E a mudança que se faz necessária não virá enquanto não houver um grito de basta, em uma atitude drástica, global, de abrangência nacional, envolvendo todas as entidades que representem a sociedade, com um apoio total da mídia.
Enquanto estivermos vivendo baseados na premissa de que 'se cada um fizer um pouco...', o que vamos ter é que 'todos nós só teremos um pouco'.
O Brasil é hoje o maior paraíso para ações corruptas. Com uma economia que está entre as oito ou dez maiores do mundo, um PIB superior a 1 trilhão de dólares, gera um volume astronômico de dinheiro público, que, para ser usado, está a mercê de políticos e dezenas de outros órgãos públicos. Cria-se então uma relação em que algumas milhares de pessoas manipulam recursos que, no caso do Brasil, são de interesse de quase duzentos milhões de habitantes.
Muitos políticos e governantes de vários países são corruptos em algum nível e, prioritariamente, preocupados com seus próprios interesses.
O grau de corrupção vai depender dos valores da sociedade, da maior ou menor certeza de impunidade, da severidade e eficácia com que a lei efetivamente pune infratores, da agilidade da Justiça e, acima de tudo, do quanto a sociedade tolera ser usurpada por elementos inescrupulosos.
No caso do Brasil, muitos cidadãos de todas as camadas sociais são, predominantemente, egoístas e individualistas. A grande maioria dos brasileiros praticaria algum ato de corrupção se tivesse oportunidade e certeza de que ficaria impune. Os brasileiros ainda não acordaram para o fato de que o dia em que todos buscarem o bem comum, todos se beneficiarão.
Na verdade, a impunidade é, sem dúvida, o driver da corrupção no Brasil. Toda confusão que se tornaram as leis e mecanismos no Brasil para se julgar atos de corrupção, criam o cenário perfeito para a falta de punição. Casos de políticos e celebridades acusados de corrupção se arrastam na Justiça, sem nunca se chegar a nada conclusivo. Basta ter um time de advogados espertos, para que tudo acabe em pizza.
Embora se diga que as leis existem, só falta aplicá-las, a realidade no Brasil é bem diferente. As leis contra crimes de corrupção deveriam ser realmente duras e as penas, severas. Nenhum caso de corrupção, dentre os milhares que já apareceram no Brasil, terminou em real prisão dos envolvidos. Se terminou, foi sempre por pouco tempo. Na grande maioria das vezes os criminosos são apenas punidos administrativamente, perdem o seu cargo, e no caso recente dos juízes envolvidos com corrupção, são premiados com uma aposentadoria antecipada, recebendo salários vultuosos, pagos com o dinheiro do povo que foi roubado por eles. De certa forma, a falta de agilidade da Justiça é certamente alimentada por aqueles que são responsáveis por criar as leis, os mecanismos de apelação, e toda a parafernália de instâncias existentes, que certamente só interessam aos acusados.
É preciso perceber que corruptos são como crianças em uma escola, que avançam na bagunça e no desrespeito, até o limite que o professor permitir. Nossa sociedade está condicionada a só se interessar por futebol, caipirinha, novela, programa de auditório, carnaval, etc. E, enquanto os brasileiros vão se distraindo por aí, os corruptos vão passando ao largo, usurpando o dinheiro público. Todo mundo reclama da corrupção, mas, que eu saiba, nenhum movimento social colocou mais que algumas centenas nas ruas para protestar contra esse problema. Infelizmente, sou obrigado a fechar esse texto com aquela máxima: 'Cada povo tem o governo que merece', ou pelo menos 'que está merecendo'.
"A impunidade é, sem dúvida, o driver da corrupção no Brasil."
"Todo mundo reclama da corrupção, mas, que eu saiba, nenhum movimento social colocou mais que algumas centenas nas ruas para protestar contra esse problema."
VOTO FACULTATIVO JÁ
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