quarta-feira, 26 de outubro de 2011

QUANTO VOCÊ COBRARIA PARA SER POLICIAL?

Em: Curiosidades, Tutoriais ___foto ilustrativa de internet
Autor: Danillo Ferreira

Quem não é policial muitas vezes ignora quais são os reais motivos pelos quais os profissionais de segurança pública reivindicam atenção e reconhecimento. Neste texto, pretendemos mostrar um pouco das agruras por que passam os policiais, além de algumas de suas funções que parecem ser dignas de observação quando estamos falando de valorização profissional. Ao final, o leitor poderá responder à pergunta: “Quanto você cobraria para ser policial?”:


Passar noites sem dormir
A maioria das pessoas só vê a polícia quando ocasionalmente passa por uma viatura ou guarnição durante seu cotidiano diurno, ou na parte inicial da noite. Para quem não sabe, porém, a polícia trabalha ininterruptamente todos os dias, inclusive no momento em que os cidadãos “normais” se encontram no aconchego dos seus lares, aquecidos e descansados, dormindo para enfrentar a rotina do dia posterior. Às vezes, esta jornada noturna se estende, em virtude de ocorrências mais demoradas e problemáticas. Durante o serviço policial, dormir, e todos os benefícios que o ato traz ao corpo, são exceção.

Faltar a eventos familiares/afetivos
Natal? Revellion? Carnaval? Dia dos pais? Dia das mães? Aniversário? O policial não tem direito a qualquer destas comemorações, caso esteja escalado de serviço. Também não pode deixar de trabalhar, se for o caso, para ir à apresentação de teatro do filho na escola, tampouco para fazer uma viagem romântica com o(a) cônjuge. Na polícia, o ditado popular se faz valer: “primeiro a obrigação, depois a diversão”.

Correr risco de morte
Certamente este é o mais óbvio dos ônus de se tornar policial, mas também o mais preocupante: ser policial é trabalhar com a possibilidade de morte a qualquer momento do serviço. Não são poucos os casos de policiais mortos em confronto, ou mesmo em acidentes e incidentes possíveis no desenrolar da atividade: colisão de viaturas em perseguições, manuseio equivocado de arma de fogo etc.

Ser reconhecido fora de serviço
Um desdobramento do aspecto acima mencionado está presente também quando o policial não está mais em serviço. Caso seja reconhecido no momento de um assalto, por exemplo, dificilmente os suspeitos serão benevolentes com o policial, pelo receio da represália imediata e posterior. Assim, admitir-se policial em qualquer ambiente é quase se oferecer aos riscos inerentes a esta condição.

Salvar vidas de vítimas do crime
Cotidianamente a polícia põe fim a seqüestros, assaltos com reféns, tentativas de homicídio, roubos, furtos etc. Cotidianamente a polícia salva vidas, tal como o médico o faz, com uma diferença: expondo sua própria vida.

Ser generoso, polido e negociador
Embora a imagem que as polícias tenham entre a população brasileira seja a de uma instituição rústica, truculenta e abrupta, o fato é que a maioria dos policiais lidam com os problemas que se lhe apresentam no dia a dia de modo muito mais brando. Isto porque seria praticamente impossível resolver a gama de problemas nas ocorrências caso agisse sempre arbitrariamente. Sem o talento da mediação, o policial estará fadado ao fracasso.

***
Frente ao contexto apresentado de modo resumido e superficial ao leitor, repetimos a pergunta título deste texto: “Quanto você cobraria para ser policial?”. Como dizem por aí, “perguntar não ofende” (bom seria que os governadores dos estados brasileiros respondessem a indagação

http://abordagempolicial.com/2011/10/quanto-voce-cobraria-para-ser-policial/#more-9927

6 comentários:

  1. é a mais pura realidade do nosso pais, mais so quem esta na pele e que sabe.

    ResponderExcluir
  2. .....NÃO TEM PREÇO....

    ResponderExcluir
  3. Poderia ganhar alguns centavos a menos que um professor...

    ResponderExcluir
  4. Os delegados, os coroneis e graduados da brigada ganham bem, isso é uma realidade. Mas pergunto: um brigadiano deve ganhar mais que um professor?
    Desculpa eu me manter no anonimato, é que sou professora e já recebi os bons tratos de um brigadiano. Ele queria levantar a sua autoestima em cima de mím.

    ResponderExcluir
  5. Já imaginou se os professores começassem queimar pneus em protestos contra o governo, qual seria a atitude dos brigadianos que também ganham pouco. Tem muita polícia militar por este Brasil afora que baixa o cacete nos professores. No tempo da ditadura eram acostumados a baixar o pau em qualquer trabalhador que reivindicasse qualquer coisa. Hoje estão aí que dá pena, mas se bobear lá estarão eles baixando o pau nos professores.

    ResponderExcluir
  6. Vivemos no Pais das contradições e da inversão de valores, concordo que os Professores não são reconhecidos por seu trabalho e que seus salários não são condizentes com a responsabilidade que tem em formar cidadãos. Os professores queiram ou não, são formadores de opinião e é por isso que a colega que se manifestou no dia 30 de Outubro as 22:50 foi infeliz em seu comentário e talvez seja por este tipo de opinião que o Magistério não tenha atenção que lhe é devida pelos Governantes, creio que ao invés de criticar salários de outros servidores, aqui não entro no mérito se ganham bem ou não, deveriam se unir e buscar alternativas de melhorar sua situação salarial e não é criticando os outros que este tipo de problema irá se resolver. Antes fazer este tipo de colocação éla deveria ter o discernimento de saber que as Profissões de Professor e Policial são totalmente diferentes e querer fazer comparação é no mínimo desinteligente, será por isso esteja ganhando salário menor? Quanto a situação de ter “recebido bons tratos” do Policial Militar, talvez ele tenha refletido a educação que recebeu em casa e também o que aprendeu na escola por algum Professor mal pago.

    ResponderExcluir

Obrigado pela visita e deixe sua postagem